Então vamos lá, boa noite a todos, sejam bem-vindos. Eu queria continuar mais ou menos com este tema das ideologias, mas observando desde logo o seguinte, o chamado debate político brasileiro, ele se dá dentro de um círculo fechado, um ambiente muito restrito, que ignora tudo da circulação das ideias no mundo, mas tudo quer dizer absolutamente tudo. Inclusive os termos que são usados no nosso debate político, são termos que no Brasil tem uma significação local, muito restrita, que não tem nada a ver com o uso desses termos no resto do mundo. Por exemplo, quando você fala de facismo no Brasil, existe um imenso debate sobre facismo no mundo, o facismo é um assunto que tem produzido uma bibliografia imensamente rica nas últimas décadas, mas quando se fala de facismo no Brasil, o uso que se dá ao termo não tem nada a ver com isso. Ao contrário, o uso expressa, antes a total ignorância do que se diz a respeito no resto do mundo. É uma coisa muito impressionante. A ignorância brasileira é um negócio que chegou ao ponto indescritivo, eu não consigo descrever lá mais, porque já... está no nível abaixo do humano, está no sub-humano já. Isso quer dizer assim, todo o debate que se dá nas nossas universidades, no nosso congresso, na nossa mídia, está no nível sub-humano. Por quê? Porque não alcança o nível da conversação e se trava a respeito no resto do mundo. Estamos acompanhando a humanidade, vocês estão entendendo? Existe um mundo no qual vive o seres humanos, tem um outro mundo especial, que é o mundo brasileiro. Quando eu criei o título daquela minha coleção, na Carta de um Terraque ao planeta Brasil, foi mais ou menos isso que eu quis dizer. Existe um planeta da Terra, onde está todo mundo, onde estou eu inclusive. Existe um outro planeta chamado Brasil, onde só tem as pessoas que estão lá dentro, que enhoram tudo o que se passa em volta. É uma coisa muito impressionante. Por exemplo, você vê que no Brasil surgiu uma corrente du guinista. Então, os caras acham que são du guinistas. Eu digo muito bem. Para você saber o que é o pensamento do du guin, você precisa estar informado das seguintes coisas. Primeiro, você tem que ter lido, pelo menos um livro de um sujeito chamado Ralford MacKinder, que é o cara que concebeu a teoria da guerra entre potências terrestres e potências marítimas. Lá e por volta de 1910, uma coisa assim. É um homem de uma inteligência extraordinária, um geopolítico, primeiríssima hora. Eu não sei se a teoria está certa ou errada, se me parece que está errada, mas de qualquer modo é sugestível. Esta é a primeira coisa que você precisa ler. Segundo, você precisa ler todos os teóricos do nacionalismo russo, do patriotismo russo, do fim do século XIX e começo do 20, inclusive, o Vladimiro Solovio. Tudo isso, o du guin se alimentou de tudo isso. Em terceiro lugar, você precisa ler a obra inteira do Reneguinon e do Júlio Zévola, porque já é um problema por si mesmo. E quarto, você precisa ler as obras do Rahaidager. E, fim, você precisa ler toda a bibliografia chamada novela du rat, nova direita francesa. Aí você tem o universo do du guin. Existe alguém no Brasil, existe alguém na universidade brasileira, existe alguém na autooficialidade das Forças Armadas, existe alguém no Congresso Nacional que domina essa bibliografia? Não. Tem um sujeito no Brasil que domina essa bibliografia, sou eu, porque eu estou lendo esta merda, vai fazer 40 anos. Então, ao longo de 40 anos, eu fui adquirindo o repertório suficiente, por mais ou menos, entender o que o du guin está falando. Claro que, depois do meu debate com o du guin, ele aprendeu muita coisa, tem mais novidades. E sobretudo, o diálogo dele com a nova direita francesa saiu de novas ideias que estão sendo tratadas. E, vamos dizer, em dois livros que eu vou mostrar aqui para vocês. Epa! Primeiro é esse aqui. Du Guin, du guin. Charles Upton. Charles Upton é um representante do pensamento tradicionalista genonianos, shounianos assim, estricto senso. E ele examina e critica o pensamento do du guin sobre este aspecto. E tem este outro livro, The American Empire Should Be Destroyed, do James Heiser, que é um bispo da Igreja Luterana, que examina então o du guin do Ponto de Vista Cristão, mas ele conhece o pensamento do du guin para caramba. Todas as sutilezas que os demais críticos do du guin não pegam, ele pegou tudo, tudo, tudo. Inclusive, defendendo du guin de acusações erradas, feitas por pessoas que não conhecem o obra dele, suficientemente, tem algumas coisas que hoje no debate eu corrigiria se eu tivesse lido esse livro, mas eu não podia, porque? Porque na época do debate que foi em 2011, ele ainda não havia publicado a sua quarta teoria política, que é o que talvez mais importante dele, o pensamento dele estava em formação, então eu critiquei até o que existia naquele momento, não podia deviar o que viria depois. Mas se fosse hoje eu corrigiria vários pontos. Então isso aí, eu estou falando só de um elemento que existe no debate político internacional, que é o pensamento do guiniano e o erasiano. Eu estou falando só disso. E este conjunto é totalmente desconhecido no Brasil. Não tem uma pessoa que entenda, pelo menos, o trabalho que ele teria que ter para adquirir conhecimento dele. Quer dizer, não é uma pessoa que possua o mapa da ignorância do du guinismo. Ou seja, o mapa da ignorância é aquilo que você precisaria saber para entender melhor aquilo que você já sabe. Então o mapa da ignorância, deixa eu ver os itens do du guinismo que eu precisaria conhecer para entender alguma coisa do que eu já sei a respeito. Eu não conheço uma pessoa que tenha esse mapa da ignorância do du guinismo. Todos os ministros, todos os autos oficiais das Forças Armadas, todos os pessoal da Escola de Peroi de Guerra, todos os pessoal da BIM, todos os pessoal da Universidade inteira, todos os pessoal da Míriam de Intência, são um bando de analfabetos. Eu não estou brincando, gente, eu não estou exagerando. Isso não é força de expressão, isso é uma afirmação material. E hoje eu vou lhes dar um exemplo de até onde poderia a ignorância dos assuntos nas altas esferas das pessoas que eu opinam a respeito. É um negócio assim assombroso, né? Eu não estou exagerando, não estou falando mal de ninguém, estou apenas descrevendo um estado de coisas. Então, como exemplo disto, eu peguei uma entrevista dada em 2018 pelo general Sérgio Etigoyen, que era então o chefe do Gabinete da Segurança Institucional, mesmo o cargo que veio depois do general Helena, e ele... Então, estava se pronunciando sobre os efeitos da eleição do Bolsonaro, etc., etc. E ele diz aqui algumas coisas que param o homem da posição dele, mostram uma ignorância que chega a ser criminosa. O homem dessa posição não pode ignorar essas coisas a esse ponto. E se ele ignora isso, ele não pode dar entrevistas, ele não pode falar em público, ele pode, no máximo, se fechar no banheiro e pensar sozinho, aquelas besteiras que ele está pensando. Se ele não contar para ninguém, dá tudo bem, pensa sozinho, não conta para ninguém. Isso é o máximo de direito que ele tem. Agora, ele falar em público, ele falar isso para a família desde a ser absurdo. Agora, falar na rua pior ainda, agora falar para um órgão de mídia, é um escândalo monstruoso. Eu vou ler aqui para vocês. Ele diz que, desde 1979, desde a revogação dos últimos atos institucionais de exceção, o Brasil está absolutamente livre para o exercício de todas as tendências do espectro político. Ou seja, antes havia uma limitação, certas tomadas de posição ideológica eram proibidas, eram reprimidas, eram perseguidas e a partir daí liberou geral, está todo mundo em igualdade de condições. Então, a frase tem dois pedaços, uma diante e outra depois. As duas são falsas. As duas são absolutamente falsas. Se você pegar o regime militar, o que é que o regime militar com todos os seus atos de exceção fez contra ideologia comunista? Resposta, nada. Absolutamente nada. O período do governo militar foi, conforme demonstrou uma pesquisa feita na Câmara Brasileira do Livro, pelo falecido embaixador, a maior pena, foi a época de maior progresso da indústria do livro esquerdista no Brasil. Mó progresso e mó sucesso. Você encontrava esses livros comunistas até livros sobre técnica de guerrilha, você encontrava em tudo quanto ele iria fazer um sucesso graçado e eram livros de eleitor obrigatório de todas as universidades. Quem que o governo fez contra isso? Absolutamente nada. Ele publicou algum livro contra isso? Nada. Nada, nada, nada. Quem publicou alguma coisa? Eu lembro que foi o... Durante o governo Geisel visitou o Brasil pastor Richard Wumbrand, que era um pastor luterano romano, que esteve 16 anos numa cadeia comunista, sofreu toda a sua detortura, o corpo dele foi examinado por uma junta médica na ONU e se comprovou a existência de torturas, que ele sofreu durante anos, e ele fez um discurso lá no Rio Grande do Sul, e isso foi toda a propaganda anticomunista que foi feita ao longo de 20 anos de ditadura militar. Isso foi tudo. Eles não fizeram uma porra de um filminho anticomunista, não fizeram uma novelinha anticomunista, não imprimiram um livrinho anticomunista. Mas eles perseguiram a guerrilha? Porque a guerrilha ameaçava o quê? A guerrilha ameaçava implantar o comuninho do Brasil? Nenhum país do mundo o comuninho foi implantado por uma guerrilha. Guerrilha é um instrumento dentro de uma estratégia política maior. Então reprimiram a guerrilha, mas não a estratégia política maior. Então reprimiram o uso de um instrumento, porque esse instrumento punha em risco a autoridade das próprias forças armadas. Então as forças armadas não defenderam o Brasil contra o comunismo, defenderam elas mesmas contra um poder armado que disputava a sua autoridade. Isso elas fizeram. Cuidar muito bem de si mesmas e entregar o país dos comunistas, fazer o que quiser. Isso eles fizeram, eu já mostrei, já contei aqui para vocês a história do Enes Silver, e na semana de morrer, se falou para mim para Estela, está aqui, ela me atiste muito, ele disse a minha editora durante o governo militar sobreviveu graças à ajuda do governo. Então às vezes quando chamava o Enes Silver, deixava dois dias na cana, saía da cana, ele ia para a Brasília pedir dinheiro por General Goberi, o General Goberi dava. Então a maior editora comunista do país sobreviveu com a ajuda do governo. Cinema comunista sobreviveu e progrediu naqueles anos. As universidades foram totalmente dominadas pelos comunistas. A medida inteira foi dominada por comunista, não tinha um único jornal dirigido por um sujeito de direita, nenhum único. Muito menos os canais de TV, TV cultural estatal, todos sob a direção de comunistas. Então eles dominaram tudo sob os olhos complacentes dos militares. Agora tem algo que os militares fizeram na guerra ideológica. Por exemplo, a revista Convível, que era a revista Móorra intelectual da direita, a Convível foi totalmente excluída do rol de publicações acadêmicas que entram, cujas trabalhas podem entrar nos currículos acadêmicas. Ou seja, trabalhas publicais na Convível até hoje não valem como currículo universitar no Brasil. Foi a única revista acadêmica que foi discriminada, a revista direita. Agora, a revista Teoria de Debate, que era a revista comunista da Última, aí isso vale. A revista Brasileira, que era a revista de ditura comunista do Caio Prado, isso vale. A revista Civilização Brasileira, que era do comunista Enos Silveira, aí isso vale. Agora, a revista Convível, aí isso não vale. Então, isso significa o seguinte, que os militares não permitiam que houvessem nenhuma política, nenhuma luta ideológica de direita, em hipótese alguma. Porque, dizer, nós somos de direita, nós somos pragmáticos. A palavra pragmatismo, das palavras mais abusadas nesse país, porque você pega qualquer um desses imbecis, economistas, generais, etc., que dizem, nós somos pragmáticos. Ah, me conta um pouco da história do pragmatismo. Quem são os grandes autores pragmáticos que você se inspirou? Eles não sabem nada, absolutamente nada. Quem escreveu um belo livro a respeito do pragmatismo foi o Colacovsky, o Filóso Polonês. Ele diz, um resumido, e lá você vai entender a complexidade do pensamento pragmático, que não tem merda nenhuma com o que esses caras chamam de pragmático. Ele diz, o pragmático é você sobrepor os interesses econômicos mais óbvios e evidentes, e mais imediatistas a qualquer outra consideração. Isso não tem nada a ver com o pragmatismo, absolutamente nada. Eles estão usando um termo que eles desconhecem, assim como o Positivismo também desconhece. Então, e o significante de 1979, não houve perseguição nenhuma à luta ideológica comunista, nada, zero. E depois de saídos de vigência, os atos institucionais de exceção houve menos ainda. Não perseguiu comunistas antes, muito menos perseguiu depois. E, por outro lado, vimos que havia perseguição antes e continuava vendo depois até hoje. Você vê aqui, diz o Etchegoyen. Ah, o Bolsonaro, elegemos um presidente que tem a posição diferente do governo que estava anteriormente. Ele é legítimo, é democrático, muito bem. E ele vai governar. Ah, se ele é um fascista, um pervertido, se for isso a sociedade tira ele no dia seguinte. O Brasil não tem lugar para isso. Ou seja, ele é um fascista, em qual sentido a palavra fascina? No sentido elástico, totalmente impreciso e deformado que tem na milha. Se chamar ele de fascista nesse sentido ele será retirado do povo. E se ele for comunista, ele será retirado? Você quer uma prova de que o Lula é comunista? O Lula foi, se não apenas comunista, como foi o fundador e dirigente máximo da maior organização comunista que já existiu no continente. Se provarem que o Bolsonaro é fascista nesse sentido elástico e imbecil, tiramos ele no dia seguinte, é justo que tire. Ele está subentendendo que as forças armadas apoiariam a retirada. E o Lula fica comprovado que ele é o chefe da maior organização comunista do continente e ninguém mexe com ele. Agora, depois de 1969 o Brasil está absolutamente livre para o exercício de todas as tendências do espectro político. Absolutamente livre? Peraí. Para ver a liberdade do exercício de uma certa posição política, basta que não haja uma entrava ilegal para isso? Ou é preciso algo mais? Ou é preciso que haja o domínio dos instrumentos, dos canais de difusão? Então vamos ver o canais de difusão. Mostre-me, Sr. Ategoiém, uma tese anti-comunista que tem assim. Não digo aprovada, mas aceita para exame em qualquer universidade brasileira, nesses anos depois de 1979, não tem nenhuma. O anti-comunismo foi 100% proibido em todas as universidades brasileiras. O anti-comunismo foi proibido em toda a mídia brasileira. Você pode, o máximo que se permita é você não ser muito comunista. Você é um tucano, por exemplo. Então a nós não aceitamos desrespeitos dos direitos humanos na China. E pronto, você fala um pouco de direitos humanos. Anti-comunismo? Não, de jeito nenhum, e hipótese alguma. Então não há anti-comunismo nas universidades, não há anti-comunismo na mídia. Existe anti-comunismo no sistema judicial também não? Então o que história é isso? O Brasil está livre para o exercício de todos os tendentes do aspecto político? Não, ele está livre para o exercício daquelas correntes políticas que o governo militar também não perseguiu. E quem continuou não perseguindo até hoje? Agora será que esse homem não sabe do que eu estou dizendo? Ele é burro ou ele é desonesto? Ele é burro ou é mentiroso? Eu não sei, talvez uma mistura dessas duas coisas. Eu não posso acusar nem de uma coisa nem de outra, mas eu também não posso absorver totalmente essas duas acusações. Ele nos der uma explicação, ele não vai dar explicação, nunca, porque... Você sabe como é que o general faz? Quando você pega ele assim, ele causa na mão, ele se faz de superior. Eu sou um general do exército de Caxias, não vou me rebaixar a discutir com esse astrólogo que fala palavrões. É assim, gente, é só pose. E nós estamos permitindo que gente que é feita só de pose, governa este país, meu Deus do céu. Como é possível? Por exemplo, as pessoas que estão fazendo um CPI contra fake news, você diz quem é o maior fake news no Brasil? Eu lhes digo o alto comando das forças armadas. Que é um fake news contra mim. Um fake news, a mais brutal que já houve, onde fizeram manifestações de desagravo ao general Vila Buas, que teria sido brutalmente ofendido por mim. Numa resposta que eu jamais escrevia aí. Ele escreveu umas coisas mal criadas contra mim, eu respondi nada, absolutamente nada. Eu reclamei apenas que esses mesmos generais, em vez de lutar como homens, se escondessem por trás de um comandante que naquele momento estava doente, preso numa cadeira de roda sem poder mover nem as mãos. E eles usaram como escudo, eu achei isso um desrespeito. Eles os desrespeitaram e daí fizeram uma manifestação de desagravo, defendendo o general contra o malvado Olavo de Carvalho. Isso foi uma farsa. Quem criou isso, auto comandas forças armadas, junto com a mídia inteira. Isso foi uma operação de fake news da história do Brasil. Nada se compara a isso. Alguém foi chamado na tal da CPMI para... Quem foi que inventou aquela história de desagravo? Quem foi que inventou de defender o general contra uma ofensa que ninguém lhe havia feito? Quem inventou isso? Foi o Santos Cruz, foi o general CQ, foi o jornal Globo, foi quem? Essa CPMI não quer saber disso aí. Ela quer esconder isso aí. Por quê? Ela passou vergonha. Todo mundo percebeu que era uma farsa, então não se fala mais disso. Então entende? Se alguém no Brasil pode falar de fake news, sou eu. Porque eu fumo o objeto de fake news. Agora mesmo acaba de sair pelo diário do cu do mundo. Uma história de que o jornal que nós estamos para lançar, o Brasil sem medo, está registrado em nome do Carlos Nadalim, que é o funcionário público. Carlos Nadalim não tem nada a ver com a história. Absolutamente nada. Isso é totalmente 100% falso. Mas já publicaram e já está circulando diário do cu do mundo. Tem muita gente levando isso a sério. Tem bem saí, outro dia, a foto da Leila, do lado de um cara que dizia que essa moça aqui é uma prostituta que eu conhecia aqui no Reino Unido. É assim que os caras combate ao lado de Carvalho. É assim que a esquerda e os venerais e os isentôs, os portavozes da mamilosfera, discutem comigo. Porque eles não podem acompanhar a minha argumentação. Eles não sabem do que que eu estou falando. Nenhum deles. Gente, não é um professor universitário, esquerdista no Brasil, capaz de acompanhar o que eu estou dizendo. O que os caras falam já mostra a estupidez, a burrice, a incapacidade total. E a sensação de inferioridade intelectual, eles não suportam. Não dão para se vingar alguém se fazendo espanho fofoca, espanha mentirinha. Quer dizer, combate no mais baixo nível assim que deixaria uma fofoqueira de bordel com vergonha. Vocês todos, vocês estão abatos no nível de fofoqueira de bordel, porra. Inventar a história como essa do desagravo, ou a história como essa do Brasil sem medo. É muito baixo, é muito feio. Vocês todos, não interessem você da esquerda deles, são todos assim, meu Deus do céu. O problema brasileiro não é uma disputa ideológica, bicho. O problema é ser num país inteiro que desistiu de acompanhar o curso das coisas na realidade e preferiu viver de mentirinha, mentirinhas altos lesonjeiras. Quando o cara chega e diz, não, a esquerda está liquidada, o Lula cabota, isso é mentirinha. Como a esquerda está liquidada, a esquerda está tomando condo do continente inteiro? Ela não tem força eleitoral, mas, pera aí, ela não tem força física. Você verá, o pessoal da direita, o pessoal conservador, não é capaz de fazer uma manifestação popular para invadir um órgão público e dar umas bofetadas nos cartões lá de mais a esquerda tem. A esquerda tem uma bravura física que a direita não tem. Elas têm iniciativa física que a direita não tem. Então, a guerra não está ganha de jeito nenhum. A guerra está em perigo, gente. Então, veja, a força que o pessoal tem no Supremo Tribunal Federal, dentro do Supremo Federal, existe algum juízo que a população respeite? Não tem nenhum. A população brasileira inteira despreza essas camaradas. Só não cospe na cara deles porque eles não mostram a cara em público, vive escondidinhos e fazem muito bem. Então, eles não têm o respeito da população, mas eles ainda têm os cargos para os quais foram nomeados, que têm as canetinhas que dão para assinar as sentenças. O pessoal do Congresso, você acha que esses mamilocratas que estão lá, inventando a história de gabinete do ódio, quando eles mesmo são gabinete do ódio e a invasão do Brasil para a Léu prova isso, eles são os milicianos, eles mesmos, esses mesmos deputados e senadores que estão lá, cada um deles é um miliciano. Cada um deles está ligado a uma operação de controle da internet, com muito dinheiro público que foi gasto para isso. Eles sabem disso e por isso, meu, eles têm que fazer de conta que são os outros que estão fazendo. E quem está recebendo dinheiro, o sonho, é o Bernardo Kister, é o Alberto Silva, quando não estão recebendo dinheiro nenhum, que é a Bárbara, que é a Paula Marisa, não estão recebendo dinheiro nenhum de ninguém pôra. Nós estamos dando a nossa opinião. Eu pago do meu bolso tudo o que eu ponho aqui na internet. Preste atenção, meus vídeos não estão sequer monetizados. Eu faço questão de não monetizar. Isso não serve o público que eu presto, degraça, custeando do meu bolso. Quando eu dou o meu curso, eu dou o curso de filosofia mais barato do universo. E assim tomou de gente lá com bolsa de estudo, ou não tem. Então, que dinheiro o público que eu estou levando? Agora vem essa mulher, essa... A pepa. O que você sabe? Está inventando coisa. Bota lá um post falso que ela achou em... Não acessou do Facebook, não é minha, que eu nem sei de quem é. E atribui a mim, como fez o outro, outra pepa. O pepa fruta. E por que eu tenho que me rebaixar para discutir com esse tipo de gente? Gente, as quais? Eu dei uma ajudinha por caridade. Mas no Brasil, a gente presta favor a um cara, se adquirir uma dívida para com ele. Daí veio fruta, se era um lado de cara, vai me pedir três vídeos por no. Eu não pedi, primeiro não pedi vídeo nenhum, foi você que mandou porque quis. Segundo, no vídeo você aparece vestido de homem falando bem de mim. Isso é pornográfico? Eu acho que é. Então nesse ponto tem razão, os seus vídeos são pornográficos. Ainda que você apareça vestido de homem falando grosso. Sem mostrar esse pinto artificial que você pendurou. Não mostrou nada. Só falou, mostrou a cara e estava até falando bem de mim. Pode ter uma coisa mais pornográfica, eu acho que não. Então, aparece esse o verdevaldo, inventando a história de que eu sou anti-semita. Digo a meu filho, tá aqui a placa da associação sionista. Me cumprimentando por o apoio dado ao movimento do daico sionista internacional. Isso é o que eles acham, mas daí vem o verdevaldo. De certo o verdevaldo de judeu, não tem a menor ideia, nem sabia disso. E na verdade, pouco me interessa. Mentira é mentira, pouco importa da onde saiu. Viu esse verdevaldo inventando essa história, idiota que daí já veio uma associação sionista. Graças a Deus, me defenderam outros autores de judeus também me defendendo. Claro, ele sabe que eu estou a favor de ele, vai fazer 20 anos. Agora, ele defendeu a inquisição, eu defendi não meu filho. O que eu fiz foi divulgar as atas de um congresso, uma inquisição realizada em Roma no tempo do João Paulo II, onde foram convocados historiadores de todas as áreas e de todas as religiões. Católico, protestante, ateu, judeu, muçulmã, os maiores especialistas no assunto. E ali vão mostrar várias coisas que o pessoal não sabe. Primeiras, tais máquinas de tortura da inquisição jamais existiram. Segundo, a inquisição matou milhões de pessoas, não, não, não, total de pessoas condenadas pela inquisição. Em 20 países ao longo de 400 anos, foi 20 mil. Divido, e você vai ver que qualquer democracia moderna condenou mais gente à morte do que a inquisição. Néis? E... Quarto, perseguição às bruxas. Bom, a partir de 1200 e pouca, a inquisição não aceitava mais processo de bruxaria. Quem se notabilizou no Congresso, perseguição às bruxas, as bruxas foi a igreja protestante na Alemanha e nos Estados Unidos. Perseguir sua bruxa foi aqui. Não foi na Itária, não foi em Roma. Em Roma nenhuma bruxa foi perseguida jamais. Então, essas coisas... Bom, isso é resultado de pesquisa histórica. São fatos históricos. Então, isso quer dizer que você... Quando você diz que a inquisição não fez esses crimes, eles entendem assim que você está defendendo os crimes da inquisição. É a mesma truque que usaram contra o Bolsonaro. Quando ele diz que o amigo dele não foi culpado de crimes de tortura, dizem que ele está defendendo a tortura. Ou seja, o exercício do direito de defesa torna você cumprido do crime. Isso faz parte, vamos dizer, da retórica comunista, vai fazer um século que eles usam isso. E quem usa isso? Toda a mídia brasileira. A mídia brasileira é 100% cúmplice do comunismo. 100% cúmplice do genocídio. 100% cúmplice de todas as campanhas de assassinato e reputação que houve nesse país. 100% cúmplice da robalhera petista. Agora, deixaram que essas empresas e essas entidades adquirissem um poder extraordinário. Daí sobe o governo Bolsonaro. O que ele faz? Ele faz a senhora na cadeia na primeira semana, como eu aconselhava. Olha, tudo isso que eles estão fazendo é contra lei. Você não precisa fazer um AI-5, você não precisa plantar uma ditadura, é só você cumprir a lei existente. Por exemplo, partidos filiados, organismos internacionais e partidos que têm milície armada não podem funcionar no Brasil. Então, vai lá fechar esses partidos e caçar os direitos policiales dos seus dirigentes. Isso tinha que ter sido feito da primeira semana. Daí vem algum sabereta, provavelmente algum general, não, não, não vamos radicalizar, vamos ser pragmáticos, vamos cuidar da economia. Enquanto isso o poder se comunica aumentando, aumentando, aumentando, aumentando. A maioria depois de ele desfuzir o mesmo general. Ele falou que em gratidão você desfuz de lá o general que os protegeu. Mas é sempre assim, gente. Então, vejam, o ponto de inconsciência que o Sambra que o debate nacional chegou, é uma coisa que chegou, já passou do nível do descritivo, eu não tenho mais como descrever isso aí. Eu descrevia isso no tempo do imbecil coletivo, mas agora já passou. Porque o imbecil coletivo naquela época era assim, era uma coletividade de pessoas de inteligência normal até superior e se reúne para imbecilizar-se umas das outras. Isso naquele tempo, 20 anos atrás. Agora já estão imbecilizadas. Agora é uma coletividade de imbeciles individuais e incuráveis. Todos eles. Se você pegar o Congresso Nacional, talvez tem dois ou três que não são. Pegar a autoficialidade das forças armadas, talvez tem dois ou três que não são. Mas em geral, está num nível desse homem aqui. E eu vou discutir com essa gente e falar, não, não pode discutir. Eles inventam as minhas ideias de acordo com a baxeza da sua mente. Me atribui as ideias idiotas que eles têm na cabeça. E com elas eles discutem. É isso que os caras estão fazendo. É isso que todo mundo está fazendo. Então eu digo, olha, meus filhos, vocês não merecem. Uma resposta, o mais que eu posso fazer é contar para os outros que vocês estão fazendo. É o que eu estou fazendo agora, nesse momento. Não estou discutindo com o general nenhum, não estou discutindo com o professor nenhum, não estou discutindo com o parlamentar nenhum, estou só contando o que vocês fazem. Contando para pessoas que não são nem generais, nem políticos, nem professores, nem coisineiros e que estão inocentes dessa desgraça de todos que vocês estão fazendo. Vamos fazer uma pausa para que eu puquem na sua rotão com as perguntas. Alô, por favor, se estão ouvindo, avisem pelo chat. Então vamos lá. Aqui tem a primeira pergunta, Marcos Herkenhoff. Mesmo que vá ao seu sadeiro, ao final que não possam ideologia, o conservador também é uma ideologia, sem sombra de dúvida, mas como tudo, como acontece em tudo quando se trata da palavra ideologia, você tem uma ambiguidade e uma confusão a esse respeito. Em princípio, uma ideologia é sempre um modelo inteiro de sociedade, de modo que aquele que se apresenta como porta-voz de uma ideologia, ou porta-voz de uma política decorrente de uma ideologia, ele tem que mostrar uma coerência, uma imagem integral. O que você quer, por exemplo? Queremos uma sociedade cristã, quer dizer, uma sociedade regida pela moral cristã, ou queremos uma sociedade liberal, movida pelos princípios da sociedade americana, ou do princípio de John Locke, coisa assim, ou queremos uma sociedade socialista, assim e assim. Então você tem uma imagem integral da sociedade que reflete, então, uma visão integral, e que de certo modo se personifica numa determinada política. Só nesse sentido você pode falar de uma ideologia. A simples defesa de pontos específicos testes daquela política não basta para formar um discurso ideológico, esse me parece o óbvio. Quer dizer, você pode, sem aderir a uma ideologia, apoiar alguns pontos específicos, que sejam por coincidência de defender por ela também. Então, por exemplo, você pode ser a favor, digamos, de uma legislação trabalhista, que é uma ideia que surge com a ideologia fascista, sem você aderir ao conjunto da ideologia fascista. Isso é perfeitamente possível, e você vai ver que no Brasil, muitos políticos que disseram que a legislação não tinha nada foram favoráveis à legislação trabalhista. Outros podem ser contra essa ideologia, sem se referir à origem fascista dela. Também, lembra que esses pontos específicos de política não bastam para compor uma ideologia. Então, também fica claro por isso que você só pode classificar, um autor dentro de uma certa ideologia, se o conjunto que ele diz ter uma coerência profunda com aquele modelo ideológico. O que me parece, por exemplo, no meu caso, me parece impossível me classificar dentro de uma ideologia. Eu já defendi vários pontos que tiro da ideologia conservadora, da liberal, cristã, até da fascista, até da comunista, e no pedaço daqui o pedaço está ali conforme me pareça certo no momento. Quer dizer, eu não tenho uma proposta de sociedade, isso é muito importante. Se não há uma proposta de sociedade, não há uma ideologia. Você está participando do debate político, sem personificar uma ideologia específica. Ou até ideologia nenhuma. É evidente que aqueles que estão 100% comprometidos com uma luta ideológica, por exemplo, o pessoal do PT, do pessoal, etc. Claro que a vida deles é a luta por uma ideologia. Esses vão, naturalmente, tentar ver naqueles que eles consideram seus adversários, ou ideologia oposta. É só o que eles podem fazer. E como eles desconhecem de fato as outras ideologias, o único que eles conseguem imaginar é uma coisa que eles chamam de fascismo, que não tem absolutamente nada a ver com o fascismo italiano, nem com o alemão, nem com o alemão, que é um fascismo de invenção deles. Então, evidentemente, o inimigo só pode ser fascista. Então, no Brasil criou-se uma situação muito estranha, por exemplo, se você, na guerra do Iraque, você é favor do Estados Unidos, é prova de que você é fascista. Embora o regime iraquiano se parecesse muito mais fascismo do que qualquer outra coisa. E assim por diante. Também, você ver, o Lula se dizia um herdeiro ideológico do Getúlio Vargas, que era evidentemente fascista, e nunca ninguém o chamou de fascista por causa disso. Mas isso são características do debate nacional, onde as palavras são usadas apenas como, vamos dizer, posturas teatrais de momento. Não tem nada a ver com o debate ideológico, político, substantivo, internacional, nada, absolutamente nada. Eu dei o exemplo para você, do negócio do Duguin. Você pega, por exemplo, o que eu escrevi naquele artigo, estudar antes de falar. O roteiro que você precisa estudar para você falar de marxismo. Quantas pessoas seguiram aquele roteiro? Nenhum os chamados intelectuais de esquerda fizeram isso. Eu tenho certeza que eu li muito mais teóricos marxistas do que o Frédéric Missafat, ou a Manilina Chauy, para não falar do Lula e do Ciro Gomes e desses outros meninos. Isso quer dizer que quando eles falam de marxismo, uma coisa é insubstantiva. É apenas uma aparência momentânea. É um conjunto de sentimentos que a palavra evoca, sem interrelação com o objeto que se refere. Então eu que eu chamei a palavra gatilha. A palavra gatilha provoca imediatamente um sentimento para que não tem nada a ver com o objeto, que a palavra significa. Quer dizer, não tem um referente externo. De evidentemente, significava-me. Significava-me de puramente verbal. Então, a palavra ideologia é usada no Brasil, especialmente com uma ferramenta de debate ideológico. A palavra mesmo ideologia nos dizia que nós somos pragmáticos e não ideológicos. Claro que isso é uma postura ideológica em favor de uma determinada política que quer aparecer como se fosse uma coisa científica. Portanto, superior à debate ideológica. Isso é uma palhaçada, é ridículo, grotesco. Mesmo porque se você pegar, por exemplo, todo o pragmatismo, leiam o livro do Colacóvac sobre o pragmatismo e depois leiam como os marxistas analisam o pragmatismo. O marxista sempre souber que o pragmatismo é ideologia. Não tem a menor possibilidade de discussão, é uma ideologia burguesa, uma ideologia procapitalista. Então, por exemplo, a obra inteira do Weber não é pragmatista, é positivista. Mas os marxistas sempre souberam e acharam que isso é uma ideologia burguesa. O Gramsci recomendava leitura dos pragmatistas. Sim, o Gramsci recomendava leitura dos pragmatistas como protótipo, modelo do pensamento de burguesa. Agora, no Brasil, o cara que usa a palavra pragmatista ou positivista não tem a menor ideia do que ele está dizendo. Então, ele usa como um emblema do que fosse puramente científico. Então, a ideia mesmo de existir uma ciência sem contaminação ideológica é para um marxista totalmente absurdo. Até a ciência física e biologia, segundo o marxista, estão contaminados de alimentos ideológicos. E, na verdade, estão. Não quer dizer que o conteúdo dessa ciência, o conteúdo tético, afirmativo dessa ciência, seja apenas um discurso diológico. Claro que não é, mas que tem uma ramificação e tem uma raiz ideológica. Tudo, tudo no mundo tem. Que qualquer ideia pode ser usada em favor de qualquer movimento político que você queira. Então, ela adquire um sentido ideológico naquele momento. Então, essa é uma das questões, mas se você dedicar alguns anos ao estudo dessa questão, você vai entender muita coisa. Então, as formas de análise que o Grammouge faz, dos componentes, por exemplo, componentes positivistas, que ele analisa. Ele analisa a ideologia fordista, que é a ideologia da indústria, da linha de produção. Ele analisa isso. Se ele está lá estudando engenharia de produção, ele dá a ustrizar tudo que você está fazendo da ideologia. Ele vai pensar, não, ele vai me ver alguma, mas apenas a otimização do processo de produção. Mas tudo, tudo tem uma implicação com a ideologia. A ideologia é dessas coisas que você está presente em tudo. Porque a padaria frega ela. Claro, claro, claro, o auto-serre. A padaria é um órgão da ideologia burguesa. E assim por exemplo. Tudo pode ser visto, tudo nessa questão, tem uma significação dupla. O negócio tem que aprender a lidar com essa dualidade. O negócio é ideológico sobre certo aspecto, não é sobre outro aspecto. Olha, a essência da razão se reúne na palavra distinguir. Distingir é tudo na vida. Distingir e não misturar. Como diz o Mário Ferradossan, tudo começa com uma síntese inicial confusa, que depois você analisa, desdobra sua cabeça e cria depois uma síntese distinta. Com as suas partes devidamente distinguidas. Isso é tudo. Samuel Costa Santos. Gostaria que o senhor me ajudasse. O Brasil já nasce como inveja mórbida ou adquire com o tempo. Não, esse tem um problema. Sério. Eu acho que nascer invejoso é difícil. Pode haver. A astrologia do invejoso é possível. Mas que haja um determinante genético da inveja, acho meio difícil. Eu não sabia responder sobre esse aspecto. Mas que você ensinado a ser invejoso no Brasil é uma coisa mais óbvia do mundo. São dos componentes fundamentais da cultura brasileira. Falar mal de quem teve mais sorte do que você. É uma maneira de você explicar o seu fracasso. É uma busca de alívio pelo seu fracasso. A sociedade brasileira não é uma sociedade feita para ser humanos dar certo. Isso é uma coisa que me chocou aqui no Estados Unidos. Vê como se você explica uma ideia que você tem todo um torce pra você dar certo na química. E no Brasil não. Todo mundo torce pra dar errado. Eu nunca tive uma única ideia nessa porca vida que todo mundo não disse que ia dar errado. Então pra eu adquirir alguma confiança nas minhas ideias, eu precisava se não contar pra ninguém, faço tudo em segredo. E se eu perguntar, eles vão me deprimir. Então eu não pergunto, nem pra parente. Então isso é um elemento constante da cultura nacional. Quer dizer que é a cultura dos carangueiros dentro do balde. Carangueiros que é sair, o outro puxa a perna dele. Isso é uma coisa que você precisa aprender a se livrar. Como é que você lhe diz? Não peça a opinião de quem você acha que vai te deprimir. Só peça a opinião de quem tá a seu favor. A opinião contra não peça. E aí ele continuou. Pergunto isso porque observaram um modo perco a intelectuar professores e até relhou a reagem a sua obra. Mas é claro. Se eu estou falando pra você, o que você precisa ler e estudar pra você entender as ideias do dugin? E o que você precisa ler pra entender o conjunto dugin sobre marxismo? Ou o que você precisa ler pra entender o que é liberalismo? Você faz uma lista, vamos dizer, da bibliografia liberal. Eu tô em contato com essa polcairinha há mais de 30 anos quando eu fiz amizade com o Dona Stuart Jones que foi o fundador do Instituto Liberal. E ele me dava tudo que era um negócio liberal pra ler. Raiek, fomíseis, tudo, tudo, tudo, tudo. Eu vi que aquilo era um saco de gato, que não ia terminar tão cedo. E você conhecer a ideologia liberal, você ia conhecer um debate interno. Não é uma fórmula ideológica toda coerente. Não é isso, é outro negócio. Então por isso você perguntar o Hobart, a diferença do Hobart e o fomíseis é uma diferença imensa. O... a mulher, como é o nome daquela ruta? Enrendo. Enrendo, o que ela tem a ver com outros livros, com o próprio fomíseis? Nada, nada, nada, são universos de diferença. Então você penetrar no mundo do liberalismo e você penetrar dentro de um debate. Isso aí pode levar vários anos e você vai ganhar muito de você fazer com isso. Se você fizer isso. Do mesmo modo, ah, o que é o pensamento conservador? É mais confusão ainda. Porém você pega um surreito como o... O filósofo inglês David Hume. David Hume era um conservador porque ele era um céteco total. Ele não acreditava no conhecimento do mundo exterior. Então ele dizia, bom, já que nós não conhecemos nada mesmo, é melhor a gente seguir as práticas consagradas. Ou seja, ele não definia nenhum dos chamados valores tradicionais. Ele não acreditava nada disso. Ele era um conservador apenas por motivo de comodidade, por assim dizer. O que que isso tem a ver, sei lá, com Lord Acton, que é um surreito que defende o conservadorismo pelo seu lado cristão, não tem nada que ver. O conservadorismo é também uma constelação ideológica muito complicada. Então cada uma dessas escolas ideológicas, entre aspas, contém uma infinidade de correntes filosóficas dentro dela. Então nunca é uma coisa facinha de você definir, pegar um emblema e grudar, que isso é o outro tal coisa. Não é assim. Mas no Brasil ninguém gosta de pensar as coisas assim, por quê? Porque a aquisição de uma identidade ideológica, é para a maior parte das pessoas, uma muleta psicológica. Então é um país de gente insegura. De gente insegura por quê? Porque a sociedade não dá sustentação psicológica para as pessoas. Você nem sabe quais são. Os valores e princípios que você deve seguir. Aqui nos Estados Unidos está tudo muito claro. É o que eu sinto, que é errado, que é o que o pessoal gosta, tudo muito claro. No Brasil é uma confusão dos demônios. Você nunca sabe se você vai agradar ou não. Então você precisa de um suporte psicológico e uma autodefinição ideológica tão bem imaginária serve para esse fim. Agora eu sou petista, já melhorou a situação, você não sabia nada, meu respeito, agora eu sei alguma coisa. Eu sou petista, sou fascista, sou bolsonarista, sou lulista, sei lá, de um misto, qualquer coisa serve, porra. É claro que isso varia de acordo com o rótulo ideológico que está em alta no momento. Depois a coisa muda um pouco. Por exemplo, ter o maior que ser bolsonarista era sinal de que você não era ladrão. Depois que o bolsonar foi eletro, você não precisa mais dizer que você já está eletro, você passa por lá dos ladrões e acha que você é muito honesto por isso. Bom, Marcos Erkenhoff, mesmo de sempre, uma vez que o pensamento de olores está impregnado na sociedade, principalmente nas universidades, quais seriam os passos para restar o pensamento científico entre o acadêmico? Muito bem. A ideologia e ciência só existem uma distinção taxativa do ponto de vista da ciência. Quer dizer que não há materialmente falando. É difícil dizer esse tipo de pensamento científico e esse tipo de pensamento, principalmente, ideológico. Essa distinção, quando é apresentada essa maneira taxativa, ela mesma é um elemento de um discurso ideológico e uma rotulação ideológica que o indivíduo está tentando parecer mais científico que o outro, para dizer que ele é mais honesto que o outro, e que ele é mais confiável do que o outro. Então, aí também é apenas um artifício ideológico. Mas se você está realmente interessado, então é bom você saber o seguinte, não é possível você adquirir uma mentalidade científica verdadeira sem você ter uma cultura filosófica suficiente desde o início dos tempos. Se você toma como ciência aquilo que se pratica com esse nome no curso de física ou no curso de biologia, você vai ser um palhaço. Porque tudo isso, todas essas práticas ditas científicas elas são consagradas dentro de certas estruturas profissionais que defendem uma classe contra os seus concorrentes. Então nós somos científicos, nós aqui somos donos da ciência. Por exemplo, esse negócio todo exame pelos pares, você publica um artigo e então vê os pares os seus colegas criticam o seu artigo, são vários pontos de vista. Todos nós sabemos que aí existe um jogo de prestígio, existe propina, existe sacanagem, existe um circo de amizade, isso nada tem científico absolutamente. Então, se você domina, não acerta a profissão, o círculo dos opinadores, dos leitores críticos de jornada, você domina aquela profissão. E foi assim, por exemplo, que nos Estados Unidos, a escola Positivista, o Neopositivista, se tornou dominadora das universidades, e ela passou a ter a fama de ser a mais científica de todas, porque ela espalhou a maior propina, foi simples. Então, o mundo científico está cheio de sacanagem. Quanto mais eu estudo, mais eu vejo, hoje eu acredito, acredito mais em política petista do que em cientista. Porque o que eu já vi desse sacanagem, desde o tempo em que eu era editora de revista médica no Brasil, editora de atualidades médicas, que era uma da revista mais de maior prostígio. E eu via como se produzia aquela pocaria, que era assim, primeiro você arrumava os anúncios, depois você arrumava os médicos para escrever, recomendando aquelas mesmas substâncias, curdos anúncios com outros nomes, então você estava recomendado ali, eu vi isso acontecer dia após dia, durante anos. Então, isso era a empresa médica mais alto nível. Depois, quando eu li na revista, um colaborador da revista que eu mais admirava, o doutor Carlos Silva Lacaz, que tinha sido secretário de saúde em São Paulo, e que tinha escrito um livro deste tamanho, sobre doenças de atrogênicas, doenças de atrogênicas são doenças criadas pela medicina. Eu li aquele livro e falei, medicina é a coisa mais perigosa que tem. Você controlar a saúde, você proibia a profissão médica, porque é tanto erro, mas tem um negócio tão perigoso. Aqui no estado, o número de mortes por doenças de atrogênicas é 1 milhão por ano. Acho que não tem nenhuma doença que mata tanto. Não estou falando contra a profissão médica, mas isso acontece, isso é um simples fato. A ideia estereotipada da ciência como uma coisa altamente confiável, é absurda. Por isso ele não vê um desses representantes, um cara científico, estou discutindo com isso, as outras crendices, etc. Ele disse aquilo dos terraplanistas, se as terraplanistas dizem que a ciência é a cultura da dúvida, mas ao mesmo tempo, eles querem nos oferecer demonstrações irrefutáveis. Isso tem uma dissonestidade. Ele falou, o quê? Mas peraí, se não exista demonstrações irrefutáveis, como pode existir uma cultura da dúvida? Se você não consegue distinguir o certo do duvidoso, como é que você vai fazer uma cultura da dúvida? Portanto, não há nenhuma contradição entre existir uma cultura da dúvida e existirem demonstrações irrefutáveis. Qualquer demonstração... Vira, você estuda geometria alimentar, tem um monte de demonstrações irrefutáveis ali. Se não existisse, e asramar, você poderia saber se uma coisa é certa ou duvidosa. Então, do que esse idiota está falando? Mas é um cara que sempre falava com aquela carinha de... como é? Rizadinhas de deboche, né? E se querendo se fazer um sufero, fala, é isso, a cultura universitária no Brasil é isso, é esses caras fazendo isso. Quer dizer, não tem humildade, não tem seriedade, não tem... Não é capaz de enfrentar uma discussão partindo da dúvida comum, porque não é capaz de entrar na discussão e falar, eu não tenho certeza quanto é esse negócio, vamos ver aqui como é que é. Mas, por exemplo, eu disse isso, por exemplo, tem uma coisa da Terra plana, falava, não sei o que é, pode ser do jeito, pode ser do outro. Querido falou do Darwinismo, né? Uma vez que eu já era artigo, dizendo lá, eu sou o único sujeito no mundo, pelo menos no Brasil, que não sabe se o Darwinismo funciona ou não, porque todo mundo tem uma posição final, só eu que fico em dúvida. Eu leio o Darwinismo e acho que ele tem razão, eu leio o cara do outro lado também, porque ele tem razão. Será que só eu sou assim, só eu sou anormal? Esse negócio da Terra plana também, todo mundo tem sua certeza, só eu que não tenho, então eu sou o único imbecil da história. Porque um acha que eu estou do um lado, o outro acha que eu estou do outro, porque... eles não sabem o que é dúvida. Quando eles falem dúvida, eles querem dizer contestação do outro lado. O jeito confunde, refutação com dúvida, meu Deus do Céu. Dúvida, é você não saber uma coisa. Dúvida, você tem duas hipóteses, você acredita num e acredita na contrária e não sabe que sair delas. Isso é dúvida, mas ninguém sabe o que é essa brocaria de dúvida. É isso? Então, também eu vejo... então as pessoas começam a discutir Terra plana, e eu tenho um sujeito, eu mostro lá um experimento da Terra plana. O cara invente discutir aquilo, vai mostrar um outro experimento completamente diferente que é sobre o outro aspecto. O cara falou na viozinha, que desaparece no horizonte, e eu falei, ah, mas e os eclipses? Eu falei, peraí, peraí, peraí. Eu fico lembrando do Barbero Sevilla, ou no Alavolta percaritar, onde cada vez, por favor. Os caras não sabem discutir um problema primeiro e outro depois. Quer dizer, eu sei que... sugeriu uma hipótese, você sabe o que é aquele hipótese? Ofere essa resposta para todas as perguntas possíveis, que ela pode suscitar, falar... E você chama de ciência, porra? Você também não é ideia do que é ciência, você tirou um diploma, sei lá, numa das faculdades de bosta, ou no Brasil, ou fora do Brasil, e se acha muito bonitão porque você tirou essa diplomia de física, de astronomia, da puta coparia. Você não sabe ler, tanto que você acha que a existência de demonstrações categóricas definitivas é incompatível com a cultura da dúvida. Então você não sabe nem o que é a cultura da dúvida, nem o que é a demonstração categórica. Sabe o que acontece isso? Porque o Sr. Leite entrou na faculdade de física, depois de ele ser alfabetizado pelo método sócio-construo de vista. Quando inventei fazer a faculdade de física, ele tinha que entrar no curso do Caradinalim primeiro. Então para lá o Caradinalim vai te ensinar de novo. Daí você faz a porta do curso de física. Porque o livro científico jamais vão corrigir seus defeitos de leitura. Porque em física você só tem significados estabilizados. E se você viceia com significados estabilizados, você nunca vai saber ler por nenhum. Tudo é correspondência biounívoca. Então o método de leitura do livro de científico pode ser muito complicado. Mas a leitura dele é mais simples que exista. É tudo correspondência biounívoca. É coisa para criança, na verdade. Agora eu quero ver você ler Shakespeare assim. Ou ler Platão assim, não dá. Porque cada palavra tem um leque de significado imenso que varia não só conforme a cabeça do leitur, mas conforme o momento. E você precisa captar isso aí. Você ler a literatura de verdade, é como você entender uma pessoa real. Não é um codiguinho que está tudo pronto. Então uma cultura assim, chamada cultura científica, nunca vai corrigir isso, ela vai piorar. Então primeiro você vai lá estudar Shakespeare, da Guete, do Platão, Aristóteles, e porra você vem aqui estudar esse negócio aqui. Olha, eu li as memórias do Werner Heiserberg um dos livros maravilhosos, maravilhosos. Ele conta aqui durante a Primeira Guerra. Não tinha comida ali no lugar, então ele tinha que atravessar as linhas inimigas para fazer buscar aquele farinha, um pacote de açúcar, uma coisa assim. E ele cumprida a missão dele quando ele tinha 14, 15 anos. Ele se fechava no porão da igreja para ficar lendo Platão. Isso foi a educação dele. Isso muito antes dele ter decidido que ia estudar Física. Eu leio, eu leio, eu leio um livro maravilhoso. Então você vai ver o que é a mente de um verdadeiro homem de ciência. É uma coisa que ultrapasse infinitamente as dimensões da sua ciência profissional. Muito bem. Mas hoje em dia as pessoas não querem mais pessoas de culturas, acham feios de culturas. Então onde é que nós vamos parar, gente? Com os generais falando das besteiras, senadores, deputados, juízes de direitos, tudo falando besteira. Esse pessoal tudo sabe o que eles têm que fazer? Tem que fazer um cursinho com o Carlos Nadalí e depois entrar no meu curso. Ele vai curar sua alfabetização e eu vou curar o resto. Daí você vai ficar inteligente. Daí você vai descobrir o que é a sua inteligência. Porque você não sabe mandar listar. Então é isso, gente. Até a semana que vem. Muito obrigado e não deixem de ler o Brasil Sem Medo. Até lá, obrigado.