Pelo amor e la boa noite a todos e bem vindos. Hoje eu queria voltar a um tema que foi abordado no curso simbolismo de ordem cósmica. Eu creio que não foi explicado suficientemente lá, mas que não tem interesse só para aquele curso, sim tem interesse geral para esse, para todo o curso online, que é a questão do simbolismo natural. Essa questão é de uma importância desmesurada, porque a noção mesmo de simbolismo natural ela desapareceu de cena, vai fazer três ou quatro séculos e está difícil de fazer algumas pessoas compreenderem do que esse trato. Está tão arraigada na nossa cultura a ideia de que significação é algo que só existe na esfera da linguagem, portanto na esfera do pensamento humano ou da invenção cultural humano, que ideia do simbolismo natural parece uma coisa fantástica, parece que os gatos estão falando, os abacaxis recitam poemas, as bananas comentam Nietzsche e assim por diante. Então a ideia parece absolutamente alucinada, mas em primeiro lugar é preciso lembrar todo o trabalho maravilhoso que foi feito pelo João Ponsu, conhecido também como João de São Tomás, o filósofo português, e foi solenemente ignorado no início da idade moderna, quando ele é um filósofo muito maior do que Descartes, Bacon ou qualquer outro da época, e ele observou algumas coisas que nos parecem hoje bastante óbvias, embora o grande expositor dele, hoje seja o John Deely, que é um filósofo americano, que é um dos exemplos mais extraordinários de grande filósofo totalmente desprovido de qualquer talento literário, portanto, horrível e dificílimo de ler, coitado, ele é pior do que é do mundo rússal, mas isso é perdoável porque quando você está tentando explicar algo que ou é uma descoberta nova, ou é uma redescoberta de uma verdade ignorada, você dificilmente consegue usar uma linguagem corrente e você não pode deixar de apelar um vocabulário técnico às vezes pesado e às vezes a construções sintáticas, arrevesadas que tentam mostrar uma simultaneidade em relações, isso é realmente difícil de expressar numa linguagem simples. Eu acho mais fácil você entender diretamente o tratado dos signos do João Ponsodo que entender o John Deely, o filósofo recém-falei, se não tem maior respeito pelo John Deely, por maior gratidão por todo o trabalho que ele fez, mas sinceramente, ler-lo é um pesadelo, eu não sei se ele ajudou a divulgar ou ajudou a esconder, talvez eu cheguei a conjeturar que ele use uma linguagem tão rebuscada para disfarçar o que ele mesmo descobriu, por achar que se os caras me compreenderam, eles estão fritos, porque o que o João Ponsodo mais fez é uma coisa que simplesmente arrebenta toda a filosofia moderna, não sobra nada, teve três séculos de discussões absolutamente estérias quando ele já havia resolvido tudo na base da observação mais simples possível, onde quer que você saiba uma coisa por meio de outra, você tem um processo de significação envolvido. Portanto, das duas uma, ou nós temos uma percepção universal divina que cerca o seu objeto por todos os lados, aspectos e tempos, ou tudo que nós percebemos é um signo de uma totalidade que escapa a nossa percepção, embora não escapa a nossa inteligência, você não precisa voltar à teoria aristotélica da abstração, tudo que nós temos para começar são os dados dos sentidos, e o que são os dados dos sentidos? Daí dizia ele a sensação é a ação dos sensíveis sobre o sentido, que é o sensível, são as qualidades sensíveis, forma, cor, peso, etc. Então isso é tudo que você tem no primeiro momento, porém diz a inteligência humana não as sensações, não os cinco sentidos. Aprende por trás do sentido uma forma que representa a essência, o modo de ser permanente daquele ser. Na verdade não é uma essência individual, é essência da espécie. Então você por trás dos sinais sensíveis que você aprendeu de um gato, você capta a sua inteligência, capta instantaneamente a forma da espécie gato. Então seria a essência de gato, mas note bem, e a substância gato? A substância é a substância individual, não existe substância reanérica, isso é importante porque a Aristótélica não aceitava a teoria platônica, você dá as formas como substâncias, de forma substancial, mas não em formas como substâncias. Ou seja, a ideia abstrata, a ideia genérica de gato não é uma substância, não é um ser. Então isso quer dizer você só aprende os dados sensíveis e a essência, a substância você não aprende jamais, porque a substância é individual, não existe substância reanérica, e diz o próprio Aristóteles, o individual é inefável, é inapreensível. Mole que coisa, então isso quer dizer que o conhecimento que nós temos do gato é o conhecimento de um signo que nos indica uma essência, e nós sabemos que não pode haver uma essência solta no ar sem uma substância. Então conhecemos a substância por trás de um signo, resultado, tudo o que nós conhecemos é signo, nós não conhecemos uma única coisa em si mesma, isso é importante, note bem, isso não quer dizer que a ideia que você aprende existe apenas na sua cabeça, não. A forma essencial do gato está no gato, todos os gatos, exibem que não seria um gato, então o que nós aprendemos está nos objetos, não está na nossa mente, a nossa inteligência capta a forma da coisa, mas essa forma é somente a essência dela, e a essência é o quê? É a definição da espécie, então você não precisa ver todos os gatos para saber o que é espécie gato, você não precisa ver todos os elefantes para saber o que é elefante e é assim por diante, não é isso? Ora, sim então tudo é signo, então é evidente que existe um processo de significação na própria natureza, no ato vamos dizer dá apreensão sensível já existe a significação envolvida, portanto não podemos dizer que só existe significação na nossa mente, ou que só existe para nós, porque um gato vendo outro gato é exatamente a mesma coisa, como é que o gato quando vê um gato sabe que é um gato e não uma tartaruga, porque é que o gato não faz sexo com a tartaruga, embora a tartaruga se mova, ele sabe que não é gato, e voltando a exemplo clássico do meu professor, o Mons Saint-Islaou-Lazan, ele dizia, o movê-lo aqui nunca viu um lobo, quando ela vê o primeiro lobo ela sabe que é uma coisa que não presta, então ela sabe da essência lobo, então a essência é a forma da espécie, existe uma essência da individualidade, segundo John Don Scott, tem de existir, porque se os indivíduos humanos fossem distintos um dos outros, só pela matéria, ou seja, temos a mesma essência e eu sou um pedaço de matéria, você ou a mesma forma recortada num hospedaste de matéria, o juízo final seria inconcebível, porque as pessoas são julgadas conforme os seus atos e decisões, essas decisões vêm da sua alma, da sua vontade, da sua inteligência individual, e não da forma da espécie, e também não vem da matéria, se eu decido matar o meu vizinho, quem decidiu isso foi eu e não a matéria que comprou o meu corpo, a qual continua o inocente, eu acho que John Don Scott tinha razão, então é necessário que exista a essência da individualidade, o que ele chama de exceidade, só que é o seguinte, como dizia Aristótese, essa exceidade é inapreensível, nós não podemos aprender a essência do ser humano, nós temos apenas signos que indicam essa exceidade sem realizá-la, por exemplo, eu vejo uma pessoa, eu sei que ela tem uma forma, portanto uma essência, que Deus conhece essa essência, mas eu não posso aprender ela como um todo efetivo realizado agora, porque só vai estar realizado no juízo final, hiperante Deus. Então, só que aí é até o ponto que o John ponçou deixou as coisas, deu continuo pensando e falei, pera aí, qual é a diferença entre signos e símbolos? Então, o Mário Ferreira para explicar o que é signos e símbolos, ele usa um artifício muito interessante, que é o conceito do Jean-Pierre G, da assimilação e acomodação, assimilação é quando você aprende uma certa forma, e a acomodação é quando a sua inteligência se amolda ao objeto aprendido, e ele diz, se é um signo, então existe essa amoldar, mas se é um símbolo, a amoldagem é imperfeita, porque eu não posso me adaptar completamente a uma significação que não está terminada, que está em aberto, então eu assimilo aquilo, mas eu não posso me acomodar aqui, não posso me amoldar completamente aqui, porque a relação do signo com o seu referente é a relação apenas analógica, mas pensando bem, eu disse assim, em todo o signo existe essa dificuldade de amoldagem, porque? Porque o signo é só um indício sensível de uma essência genérica, que não é essência do indivíduo, e de uma substância individual inapreensível, portanto, está sempre em aberto. Isso quer dizer que não apenas tudo são signos, mas todos esses signos são símbolos, e só alguns se tornam signos quando acontece o quê? Quando o ser humano fixa a significação, como faz no adicionário, por exemplo. Então isso quer dizer que nós vivemos num mundo de símbolos, meu Deus do Céu, e desses símbolos, alguns nós tornamos signos, no sentido moderno da palavra signo e símbolo. Isso e isso é assim, isso quer dizer que tudo aquilo com que nós lidamos são substâncias que só não são conhecidas potencialmente e que nós não podemos aprender de jeito nenhum. Isso quer dizer que nós aprendemos a coisa real, mas aprendemos somente na sua presença individual e na sua forma genérica. E é essência, vamos dizer, a substância individual nós sabemos que ela existe, evidentemente, mas nós não podemos aprendê-la como tal porque? Porque nós não podemos ter a apreensão sensível de todos os aspectos de um ser ao mesmo tempo. Mesmo porque esse ser não existe todo ao mesmo tempo. Que você pegar até uma pedra, uma pedra tem história, meu Deus do Céu. Muita coisa aconteceu com ela, isso que você avisse. Quanto mais um peixe, um gato, um homeox, tudo eles têm um passado, você não está vendo esse passado, mas que não tem acesso sensível a nada do passado e também não tem o futuro. Porém, nós entendemos que o passado e o futuro de qualquer desses seres faz parte da sua substância. A essência não, a essência é um treco abstrato, que é abstraído do que? Do tempo e do espaço. A espécie considerada em si mesmo, independentemente das condições e do tempo e do espaço em que essa essência se realiza como substância. Mas a substância, quer dizer, o ente que realmente existe, ele tem de ter um passado e um futuro, ele está no tempo. E ele não é apreensível por nós no tempo, ele é só apreensível em frações de tempo, muito limitadas. Mesmo essas frações limitadas são ainda mais limitadas pelo fato de que a nossa percepção deles não é contínua, mas é escandida. Nós não temos percepção contínua de nada, por exemplo, eu veio um som contínuo, depois de dois minutos você para de ouvir, como dois, não é um estímulo mais. A visão, então, tem que ser escandida porque você pica. A sensação táctil, ela também é escandida. Você gosta que sua namora de faça um carinho, deu muito bem. Então, imagina só, a namora passando a mão no seu rosto durante três anos sem parar. É um inferno. Então, mesmo as sensações mais agradáveis também são escandidas. Isso quer dizer que tudo, tudo, tudo o que nós aprendemos são fragmentos e esses fragmentos são mais do que signos, eles são símbolos. Só que nós entendemos que alguns símbolos são partes dos simbolizados. Isso, por exemplo, a aparência externa do animal que você vê no momento, é o signo da totalidade daquele animal existente no tempo e no espaço, mas ao mesmo tempo é parte dele. E outros símbolos não são partes. Esses símbolos que não são partes são distos, símbolos, eles são baseados, tudo isso é baseado em analogia, mas isso é uma analogia de atribuição estrínseca. Ou seja, não há uma relação intrínseca entre o símbolo e o simbolizado. Há uma relação estrínseca em função do quê? Do seu observador. Então, bom, estamos povoados, estamos cercados por uma rede de símbolos e essa rede de símbolos nos mostra presença reais, mas são presenças fragmentárias, sempre. Nesse. Então, não é possível você dizer como CANT, que é a nossa estrutura de percepção que projeta sobre os seres essa forma. Isso é absolutamente inviável. Ou seja, eu teria que, por exemplo, todas as espécies animais que eu vi, eu que estou inventando e projetando as formas delas. E o outro ser humano tem que fazer a mesma coisa e o outro faz a mesma coisa. Não, isso é literalmente absurdo. O que a forma que nós aprendemos está no próprio objeto, portanto, nós não estamos aprendendo só uma forma mental da coisa. Estamos aprendendo uma forma real que está no objeto que está presente na nossa frente. Era real, mas ela incompleta e ela está para o animal real ser para as suas sustas na relação que o símbolo tem com o seu simbolizado. Deu a entender? Então, isso quer dizer que a partir de um certo momento na história, os filósofos farão de entender a noção de substância. Tudo o que eu estou dizendo está implícito no Platão Enoaristótico. Não está explicado, eles nunca disseram isso, mas está implícito. Eu não estou contradizendo o Aristótico, absolutamente nada. Estou explicitando um pensamento que talvez ele considerou, como a teoria do quadro escuro, talvez ele considerou que ele estava óbvio e não precisava explicar. Mas, a partir de um certo momento, Espinosa diz, por exemplo, que substância é aquilo que existe por si e subsiste por si em si. Portanto, substância é o que não depende de nada. Com isso, ele exagera algo que Aristóteles diz. Aristóteles diz que substância é aquilo que nem é parte de outro, nem é atributo de outro. Claro, o gato não é parte do outro gato, nem é uma qualidade do outro gato. Mas existe uma diferença entre dizer isso e dizer que a substância existe em si e subsiste por si. Dere o Carisotto definiu negativamente. Se você positivamente diz que a substância é aquilo que existe em si e por si, então tudo mais que não seja substância só pode ser atributo ou parte. Mas nós não acabamos de ver que tudo que nós conhecemos são partes e que essas partes são símbolos. Isso quer dizer que a noção de substância na modernidade foi exagerada. Então, daí se cria um abismo entre o mundo da substância, ou seja, o mundo real e o mundo do pensamento humano, que no fim só aprende coisas que ele mesmo inventou. Quando nós acabamos de ver que a relação entre o objeto e o sujeito, entre o percebido e o percebedor, é muito mais complexo e muito mais sutil. E ela implica, por exemplo, uma série de antecipações, como a gente vê no caso, do círculo de latência. Na verdade, tudo que nós percebemos são círculos de latência. Uma coisa que não fosse um círculo de latência, ela teria que estar presente permanentemente a um mesmo sujeito desde o começo do mundo até o fim dos tempos. Isso não é possível. Então, tudo que nos chega ao nosso conhecimento é impermanente. É transitório e impermanente e funciona como o signo de algo que pode ser mais durável, mais permanente do que ele, mas que não é eterno. Então, o eterno é para nós inaprensível. Por que? Porque nós estamos no tempo e a nossa percepção está condicionada ao tempo. A nossa inteligência pode pegar noção de eternidade, mas só abstrativamente. Não podemos ter a eternidade concretar. E isso é um problema porque, se você fala de Deus, por exemplo, uma coisa é Deus, outra coisa é o conceito que você tem de Deus. O conceito que você tem de Deus também é eterno, de certo modo, porque não está ligado ao tempo. Mas, ele só existe como abstração. Então, a nossa eternidade que nós entendemos é sempre uma abstração da eternidade. Por que então, o que é um signo da eternidade ou um símbolo da eternidade e não a própria eternidade? Está compreendendo isso aí? Então, isso é muito fácil. As pessoas vivem falando de Deus, Deus, Deus, Deus, Deus, Deus, de igual. É, pera aí, pera aí, pera aí. Mas, você, o que você está falando de Deus é Deus ou é o conceito de Deus? Você conhece Deus? Bom, só tem dois reis de que você conhece. Pelo conceito que você tem dele, por abstração, ou você conhece pela ação dele. Os dois são signos de Deus. Só que um é signo que está na sua mente. E o outro é o signo que você aprendeu da realidade externa. Deu ver? Quando você vê Deus agindo, por exemplo, um iláger. O que você está aprendendo não é Deus inteiro evidentemente. É só um signo ou um símbolo. Mas, quem está na realidade? Então, é a ação de Deus na realidade do mundo. Como a parte das pessoas que são religiosas não tem menor noção dessa distinção? Dessa distinção que é, me parece que é a base de tudo. Se o Cristiano começa com encarnação, você diz, bom, uma coisa é encarnação, outra coisa é o conceito de encarnação. O conceito de encarnação você pode entender. Mas, a encarnação tem que acontecer mesmo, ela tem que acontecer num momento do tempo e no lugar do espaço. Se não, não é encarnação. Que raio de carne é essa que não está em tempo nenhum e em parte algum. Então, o enquadramento de Jesus no tempo e no espaço é que mostra que como encarnação é real. Você sabe que o homem é Deus porque por causa das coisas que ele faz, por causa da ação dele, ele faz coisas que um ser humano não pode fazer. Só um Deus pode fazer. Então, você sabe que é Deus, mas por outro lado, você sabe que Ele está aqui na sua frente. Bom, nós também sabemos que Ele está aqui na nossa frente pelas narrativas. Mas aí você precisa completar coisas com um pouco de imaginação. E você tomar conhecimento dos milagres, ser da presença de Jesus, manifestar de novo aqui agora no nosso próprio tempo, ajuda você a completar a ideia. Mas, se não fala dos milagres, então fica tudo muito, muito difícil. O que cria ainda um problema terrível que hoje mesmo eu estava comentando com a Rochane. Que a moral cristã é entendida como uma das bases da decência pública. Só que, não fala o problema, isso claro, o Cristo não tem nada a ver com a decência. Absolutamente nada. Você vê que Jesus jamais se preocupou de ter uma conduta decente, meu Deus do céu. Ele fazia o que ele achava que tinha que fazer, ele tinha que andar e os outros pensavam que quisessem. Portanto, dar uma impressão de moralidade é uma coisa trabalhosa, difícil, e que frequentemente destrói o senso da própria moralidade. Os meios considerados decentes em geral, eles são bastante opressivos. Então, se você ver, por exemplo, parou com uma congregação, uma igreja, o pessoal que vai lá, todos não são pessoas decentes. Então, olhando, hoje eu estava olhando as pessoas na filha da comunhão, e eu estava pensando assim, nossa, isso é um bando de pecador, todo mundo carregando o mundo de pecado, com o meu amuleto vizinho, o outro espancou o filho, mandou para o hospital, fez o diabo, tomou o pico, mas tudo foi metrado no céu junto. Eu vi aquelas pessoas andando, parecia que eu estava vendo eles entrando no céu, falando que coisa maravilhosa, isso aqui é um bonito do negócio. Mas se é todo mundo decente, ninguém fez nada, todo mundo limpinho, porque é um grande avanço. E em segundo lugar, a noção da decência, ela elimina a possibilidade da paixão. E se não tem a paixão, sobra só o quê? Sobra só a vida cotidiana e as preocupações práticas. O que nós vamos cozinhar hoje? Vamos pagar o Alguiando fez mês, eu vou comprar um carro novo, e outras pessoas vão falar só disso. E isso vai ser a vida deles. Nesse mundo que assim concebido, você não tem lugar para Deus, porque em um lugar não precisa de Deus nenhum, porque está tudo fuchando no pependamento e bem. E não é de estranhar que o momento em que a filosofia perde essa noção que eu estou falando do simbolismo natural, e se apega a uma noção coisificada da substância, a noção da decência começa a racia universalizar. Então é decência, higiene, limpeza, tudo limpo, arrumadinho, bonitinho, não pode nem fumar, não pode peidar. Não pode falar palavrão. E isso evidentemente chega ao auge no mundo atual. A noção da decência se identifica com a noção do total controle da sociedade. Só aconteceu a seguinte coisa, quando eles tentaram criar a sociedade comunista, eles descobriram que era impossível. Não dá, você não pode estatizar toda a economia. Você seria como se existia apenas uma única firma que fabrica tudo e vende tudo e ela mesma compra. A ideia é tão idiota que ter prestar atenção, dois minutos, isso é sinal da retardada mental. E aquilo que observou, o Ludwig von Mises, o óbvio do Áfie do Alves, não tem mercado, as coisas não tem preço, não tem calcule de preço, não tem economia planejada, não tem economia planejada, não tem que não se aliviar. O ponto final acabou. Eu acho que os soviéticos, eles ficaram sabendo disso porque o Instituto Mises ficava na área de Berlim, que foi ocupada por eles. Então eles pegaram todos os papéis, o Ludwig von Mises foi no ler, me ceguei e disse, ah, o cara de ação foi. Então isso quer dizer que o Estado ser o grande controlador da sociedade não é possível, mas se houver grandes empresas capitalistas e elas trabalharem em colaboração com o Estado, então nós podemos controlar tudo. Que exatamente o que acontece hoje? É o George Swords, é o Facebook, é a Apple, é o Google. Outro dia saiu uma notícia de que esse negócio do controle, censura de todas as redes sociais, começou numa reunião do Obama com os presidentes dessas empresas. E essa semana o presidente do Google foi intimado a dar um depoimento no congresso sobre este negócio da censura, porque ele fez, fugiu, saiu dos Estados Unidos, ninguém sabe onde ele está. Até quando ele vai ficar também não sabe, como é que vai resolver isso também não sabe. Mas... Você ver que esse negócio do controle social total, ele começa justamente no tempo do rei de Carty Bacon. A ideia de uma sociedade totalmente planejada estava presente na cabeça do Francis Bacon, estava presente na cabeça do educador, famosa educadora moderno, John Amos Comênios, estava presente na cabeça do René Descartes, um pouco eu acho que na própria cabeça do Zach Milton, em todos os reformadores modernos, só que o negócio tomou rumo do socialismo, e o socialismo, o comunismo, falhou. Então inventar um outro treco que por incrível parecer está funcionando. O que faz com que hoje as forças em jogo sejam basicamente duas. Você tem a população, ainda a pegada de culturas anteriores, sobretudo a sua religião, e você tem a elite econômica, capitalista, que comanda uma multidão de militantes de esquerda, que talvez até seriam idiotas ao poder se imaginar anti-capitalistas. E daí pensando nessas coisas, eu lembrei de um negócio que eu li nos anos 60, eu li numa revista que chamava Cadernos Brasileiros, que era uma edição brasileira de uma revista em inglês chamada Encounter, a qual era financiada pela CIA. A revista Encounter foi uma das poucas iniciativas do anticomunismo cultural da CIA. Eles fizeram um congresso pela liberdade da cultura, os comunistas estavam realizando um congresso no Waldorf Astoria, o congresso comunista, cultura comunista, intelectual comunista, e a CIA decidiu financiar uma em outro hotel, em outro lugar, em Berlim, e lançaram essa revista Encounter. E ali havia uma matéria que eu li, eu não me lembro do autor, não me lembro de tudo, eu não me lembro de nada, mas contava uma coisa muito interessante. Eu acho que isso foi publicado desde 71, etc. E disse que havia uma reunião de estudantes comunistas marcadas para estocou, e os medos de capitalista decidiam fazer um experimento, e marcam um festival tipo Woodstock, com farta distribuição de drogas, uns 20 quilômetros ali. Toda a molecada foi tudo por Woodstock, e o encontro comunista vaca soco completamente. E falei, olha, é impossível que se eles fizeram esse experimento só por brincadeira. Isso era um experimento de controle social. E também é impossível que quando houve aquela fusão de libertarismo e diversitarismo de 1978, os grandes capitalistas não pensassem assim, e isso é a nossa chance do livrado tal do comunismo para sempre. Então, tantos intelectuais de esquerda, quanto os grandes capitalistas, começam a fomentar essas novas reivindicações, novas bandeiras, que podem revolucionar a sociedade completamente para o poço da cabeça para baixo, mas econômicamente são inóquias. Porque assim, você ver, em que, por exemplo, o movimento gay afeta a economia? Tanto faz o sujeito de Pacama com a mulher ou com 10 homens, desde que o dia seguinte ele está marcando o ponto e faz o serviço dele, econômicamente é inofensivo. Todas essas bandeiras são inofensivas, inclusive as mais radicais. Você pega as bandeiras feministas mais radicais, se você pegar as bandeiras racialistas ou racistas mais radicais e pregam, por exemplo, a extinção da raça branca, você diz, se extinguerar a raça branca mais, os pretos asiáticos vão lá marcar o ponto e a diferença vai fazer. Na verdade, não vão extinguir a coisa nenhuma, mas cria uma ebulição. Isso quer dizer que esse ciclo moderno começa com essa idealização da substância, que reduz todo o processo cognitivo, a cultura, uma criação subjetiva. Nada mais. Evidentemente, no mundo assim, as pessoas estão completamente desorientadas, porque elas nunca têm certeza de coisa nenhuma, e onde você não tem certeza de coisa nenhuma, você tem que afirmar alguma coisa, você tem que inventar um ponto de apoio, então você pode se apregar, a feminina, o gaysia, qualquer dessas coisas, socialistas, qualquer dessas coisas servem como um polo de orientação momentâneo. E esta é precisamente a situação atual. Então, eu não creio que isso será possível sair disso, se é que será possível algum dia, sem restaurar a verdadeira noção da substância. É importante, sem trocar todos os filósofos modernos pelo João Santor Més. Depois, não é? Então, eu não vou responder perguntas. Eu estou aqui ocupadíssimo fazendo a revisão dos cursos, a voz que eu dei, está fazendo um trabalho absolutamente miserável e tem muita coisa a fazer. Eu pertenho a retomar isso ainda hoje. Então, vocês me desculpem, o senhor aqui vem, voltamos com pergunta e tudo. Tá? Obrigado. Muito obrigado, senhoras e senhores.