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Então, boa noite, sejam bem-vindos, espero que o Estôrita esteja ouvindo direitinho. Nós tivemos quase várias vezes testes porque deu um problema, mas agora parece que está regular. Muito bem, hoje eu queria abordar, se possível, dois assuntos. Um que tem relação com a continuidade do tema do Monte Veritat, embora a continuidade do Neuronjimco e outro que, a meu ver, é mais urgente que tem a ver com uma análise da situação política presente no Brasil. Acho muito importante que todos alunos desse curso, se possível, entendam sempre o que está se passando, que a visão mais clara é possível. E para estudar isso eu quero partir de uma mensagem que chegou a mim indiretamente. Entendo sempre o que está se passando, que tem a visão mais clara possível. E para estudar isso eu quero partir de uma mensagem que chegou a mim indiretamente, de um leitor chamado Paulo Henrique Cremonese. E ele disse, quando eu me positionei dentro do primeiro dia contra, abusiva, greve dos caminhoneiros, fui muito atacado por gente da direita. Bom, depois mais tarde ele leu uma mensagem minha, na qual eu dizia o seguinte, imaginei que os caminhoneiros poderiam ser a última, força coletiva capaz de guiar moralmente a sociedade. Errei, eles não podem. Eu, Paulo Henrique, coloco uma outra mensagem observando o seguinte, com satisfação leio isso. Meu primo me alertou, desde o primeiro dia fui contra, a greve me atacaram muito por isso. Então, a mensagem que Paulo Henrique, entendo o que você quer dizer, mas o seu modo de ver a coisa é a típica confusão brasileira de ruídos de realidade com ruídos de valor. Primeiro, se você contra ou a favor de uma greve, pode ser enfocado em vários níveis diferentes. O primeiro nível é saber a justiça possível, teoricamente, da reivindicação. No caso dos caminhoneiros, não há nem como discutir isso, porque a condição de trabalho deles já estava totalmente inviável e impossível, sem problema, não podia continuar. Estão sendo roubadas, exploradas há muito tempo e, de fato, a subsistência do país depende deles. Então, essa é uma classe de, sei lá, 200 mil, 200 mil pessoas, poderosíssima, essencial para economia nacional e que parecia, quer dizer, ter uma causa rusta pela qual lutar. Esse é o primeiro ponto. O segundo lugar seria saber se esta classe tem força suficiente para impor as suas reivindicações. E aí a coisa complica um pouco, porque havia dois níveis de reivindicação. Havia, evidentemente, as reivindicações imediatas de ordem econômica, a redução do imposto, a redução do preço combustível, etc. E, em segundo lugar, havia reivindicações de ordem política, na qual muito dos representantes ou portavozes do movimento anunciavam uma intenção de ir até a Brasília derrubar o governo simplesmente, porque também, no entender da quase totalidade da população brasileira, seria inteiramente justo. E pelo tamanho da classe e pela arma que ela tem na mão, que é o contra dos transportes, é óbvio que esta classe, enquanto a classe, tem capacidade para fazer isso. Tem capacidade para derrubar qualquer governo no mundo. Fizia uma greve de caminhão nele no estado do Rio, caiu o governo americano. Da certo, então, você vê que passou alguns dias de greve, começou a faltar comida do supermercado, não tinha mais combustível nos postos. Tava todo mundo entrando em pânico, o país inteiro nervoso, revoltado não contra os caminhones, mas contra o governo. Isso aí estava... Portanto, você tinha teoricamente, uma reivindicação justa, uma situação revolucionária e uma classe habilitada para impor as suas reivindicações e até para derrubar o governo. Então, nesse sentido, é claro que eu fui a favor da greve. Fui a favor e continuo a favor. Por que que o Paulo Henrique interpreta o seguinte? Eu percebi que os caminhones não têm força suficiente para guiar moralmente a sociedade, para impor uma liderança à sociedade. Por que que ele acha que eu fiquei contra a greve retrativamente? Isso é evidentemente uma confusão. Você será a favor de uma coisa? Não quer dizer que você tenha um cálculo preciso de se aquilo vai poder ser realizado ou não? Eu achei que podia e de fato podia. Por que que não foi realizado? Pelo mesmo motivo que fracassaram com os movimentos de rua em 2015 por causa de líderes mal preparados, improvisados, sem cultura, etc. Que falam demais, fazem um discurso violentíssimo, ameaçando, fazendo ameaça apocalíplicas e depois recuam em troca de duas ou três vantagensinhas oferecidas. Exatamente a mesma coisa. O que esse pessoal fez agora é o que aqueles meninos da marcha para a Brasília fizerem em 2015. Fala, fala, fala, ameaça que vai virar tudo, que vai virar o Brasil do avesso, criar um novo Brasil e de repente ele leva lá dois ou três agradinhos da classe dominante e volta para casa. Está cheio? Os caminhones fizeram a mesma coisa. Então evidentemente eu não vou confundir a capacidade desses líderes com a força social do movimento. Veja, em 2015 nós tínhamos dois ou três milhões de pessoas na rua. De isso para um Lenin ou para um Mussolini você vai ver o que eles fazem. Você tem qualquer líder com cabeça, habilitado a conduzir um processo de transformação social e ele saberá o que fazer. Agora com esses meninos à frente você pode dar 15 milhões, você pode dar 200 milhões de pessoas na rua e eles não vão saber o que fazer. Eles vão entregar tudo para o inimigo, como de fato entregar e como os caminhones entregar agora. Então a análise inicial, vamos dizer, a classe dos caminhoneiros tem capacidade de paralisar o Brasil e tem capacidade de derrubar o governo. Ela tem. O que ele falta são líderes, assim como a massa que estava na rua em 2015 tinha o poder de fazer o que quisesse. Tinha o poder de alunar as eleições e impor novas eleições imediatamente e no imposto e entregou tudo em troca do impeachment da Dilma, meu Deus do céu. Só para depois colocar no lugar dela este governo que está aí que eu disse que isso ia dar problema e deu. Então qual é o fator negativo nos dois casos? As lideranças. Simplesmente não há lideranças. Há muito tempo o brasileiro nem sabe o que é um líder. Não tem a menor ideia do que seja um líder. Por exemplo, o Brasil inteiro, a mídia e os políticos, o Lula é um líder carismático. O Lula nunca foi um líder. O Lula foi um símbolo do partido. Líder é o sujeito que toma decisões e dirige o curso das coisas. O Lula nunca tomou uma raio de uma decisão na vida. Ele era apenas o garoto, propaganda que recebia as decisões da Assembleia, vestia camiseta e saia fazendo propaganda aqui. Por isso é que ele conseguiu fazer uma bela carreira dentro do partido sem ter lá dentro um único inimigo. Deixe-me chamar isso de líder. Quer dizer, mostra que são pessoas que jamais pensaram no fenômeno da liderança, não estudaram a vida de um único líder. Então você vai comparar isso aí com líder seja revolucionário, conservadores, etc. Não bate. Não bate. Líder, por exemplo, Ronald Reagan. Ronald Reagan é o sujeito que fez a carreira inteira sem dizer para ninguém o que ele ia fazer. Era o Moita. Ele tem um plano elaborado durante 40 anos e ele fez tudo exatamente do jeito que ele queria. Só depois de feita, o pessoal entendeu o que ele estava querendo fazer. Ele falou, esse é um líder. Ele leva a nação para onde ele quer. Existem muitas maneiras de fazer isso. O sujeito pode fazer pelo poder douratório, como por exemplo, Abram Lincoln. Abram Lincoln. Tão dos maiores escritores da língua inglesa. É um ano de uma eloquência, assim, Shakespeare, é uma coisa incrível. É o que a gente começava a falar, ninguém resistia. Pode fazer, por vamos dizer, por manobras mais de gabinete. Você tem milhares de maneiras de fazer. Pode fazer pelos meios mais debugóricos possíveis, como Mussolini, por exemplo, ou Hitler. Mas, como eu disse, esses, você pensa o que quiser deles moralmente, mas que são líderes. São. Em outros casos, por exemplo, se você estuda a vida do General Francisco Franco, o General Francisco Franco era um orador horroroso e tinha uma voz de taquara rachada absolutamente insuportável. Mas ele era um líder. Por que? Ele era um homem que tinha os planos militares e que fez todo mundo obedecer aos planos militares dele. Para você comandar uma batalha, comandar um exército, você não precisa ter uma voz bonita nem ser um bom orador. Está certo? Por caso, se você estuda a história do Salazar, o Salazar, embora tivesse um outro nível intelectual, muito superior ao Sr. Francisco Franco, e falasse muito bem, ele é muito claro, ele também tinha uma voz de velha, que era um negócio de vomitado, você ouvia aqui. E no entanto, Portugal seguiu aquele homem, fanaticamente, até hoje você tem saudosistas do Salazar, tanto Portugal quanto na África. Então, se existem muitos estilos diferentes de líder, mas a definição do líder é o que quer dizer líder? O que quer dizer conduzir? Não duco ou duco. Eu não sou conduzido, eu conduzo. Então, o duque, o cara que conduz, conducator no Romano. Tem a mesma falada no latim, no italiano, no português, então é o duque, o homem que conduz. Conduz, mesmoíssima coisa. Então, o verbo também vem daí. E o Lula nunca conduziu nada, nada, nada, nada, nada, nada, até a única ideia que parece que ele teve não foi dele, foi do Freibeto, o Freibeto que agarrou, ele falou, ó, eu não tenho ideia, vamos lá falar com o Fidel Castro, o Lula nem tinha entendido direito a ideia, mas chegou lá, o Freibeto se explicou. Então, quem está dirigindo o processo era o Freibeto, era o Zedirceu, era o Marco Arnalgarcia, era gente de um outro nível de refinamento. O Lula foi apenas um símbolo, apenas um poster boy. E no entanto, o Brasil interrepeta esta patacata, como líder carismático. Meu Deus do céu. É muita palhaçada. Quer dizer, você pega uma caricatura grotesca de líder carismático e você não consegue distingir entre a caricatura e a realidade. Quer dizer, isso é um baixo nível em que electona assim, deplorado, dá vontade de chorar. Eu li essas coisas na Veja, por exemplo, eu falei, quem quer ver a contator para escrever essa bombagem? Muito bem. É claro que para o próprio partido, o PT, interessava muito vender a imagem do Lula como líder carismático. Isso dá um hip-hop, aumenta a popularidade dele, assim por exemplo, mas que é um mito é. Então, pessoas que não têm ideia do que seja um líder são os que nomeiam os líderes desses movimentos. E quem é isso? É a mídia. A mídia precisa construir, este aqui vai ser o líder. Assim como eles vieram, como esses meninos do LDBL. Veja, os meninos do LDBL não tiveram iniciativa dos movimentos, tá certo? Eles não tinham sequer o apoio de grandes grupos, mas eles eram jovens, né? Então a mídia achou que era bonita pegar jovens líderes. Quando começa porque essa conversa, eu me lembro assim, no começo dos anos 90, a revista Time publicou jovens líderes do século XXI. O principal brasileiro que estava lá, António Garotinho, onde foi parar o António Garotinho no fúdo da privada? Ele está liderando nada, nem os cocôs ele lidera. Ele está aqui, né? Aquele personagem Robert Crumb, que se batasse e jogou na privada e foi rejeitado, expulso pelos cocôs, enojados com a presença dele. Então, você vê que este jogo demagógico, idiota, copagandisco em torno da palavra de verdade, você começa enganando, os outros não viram você enganar você mesmo, quer dizer você acaba tomando como líder algo que não é. Você não pode dizer, hoje em dia você pode fazer o Bolsonaro é um líder, né? Pense o que quiser dele, sem dúvida, as iniciativas são dele e ele inventa o que ele vai dizer, ele fala e as pessoas vão atrás. Ele levanta de fato as massas, ele não assimboliza como o Lula. O Lula assim, o partido reunia a massa e botava o Lula na frente. O Bolsonaro não, ele é sozinho, chama a massa bem. Então ele fala, aí é um líder. Então se a pessoa não sabe nem distinguir o que é um líder do que não é, como é que vai saber formar um líder? Simplesmente não tem. Então, por exemplo, quando ele fala desse facar, muitas pessoas respondem assim, ah, mas esse caminhoneiro são pessoas de origem simples, humildes etc. O que eu falo? Justamente por você ser de origem simples, é que você tem que ser intelectualmente superior ao seu inimigo. Se você super orelho que não é riqueza, você não tem riqueza, você não tem cargo, você não tem nada, você só tem sua cabeça, então faz favor da perfeição à cabeça. Quer dizer, a força desses líderes que vem de baixo, tinha que ser sua capacidade intelectual, a capacidade de liderança. Mas não, no Brasil assim, ser humildezinho é desculpa pra tudo. Então, se sobe num ringue pra lutar, chega lá e leva um cacete miserável, porque ele está pesando 32 quilos, o outro pesa 120, daí diz não, é que eu sou humildezinho, eu não pude comer ontem. O que palhaçar dessa gente? Quer dizer que autocomiseração é essa, então nós estamos com uma tremenda falta de líderes. Então, mesmo quando você tem o potencial social, você tem a força social maciça do hotel lá, em 2015, 95% da população estava contra o governo. Na rua tem 2 milhões, 3 milhões, mas no total era a nação inteira que estava contra. Então, como é que o governo conseguiu sobreviver? É simples, pega os líderes, passa uma conversa neles, eles serem tudo, eles não sabem rogar, porque não são verdadeiros líderes. Vê, você pega esses meninos, quim, catagoquinho, o outro lá, leva na parede um senador, o menino borra as calças, você está entendendo? Ah, um senador que estava aqui falando com o Fernando Henrique, esse sente muito importante, se fosse um líder, ele entrava olhando de cima e fazia o Fernando Henrique baixar a cabeça. Você quer ver quem é um líder? O Fernando Benamara é um líder, ele vai lá no congresso, ele humilha os deputados, ele fica tudo de cabeça a barra, olha, eles são líderes. Lídeos, tudo na história, Napoleão Bonaparte, quando, de as primeiras rebelhões monarquistas contra o novo regime, ele era um coronel, ela estava desfarrapada, sem dinheiro, sem cargo, sem coisa nenhuma, ele chegou lá no meio dos chefões, ele falou, não, eu resolvo isso aí, deixa aí comigo, pão canhão aqui, pô, outro ali, papapapapa, os caras, todo mundo, virou um almezinho falando do grosso, todo mundo obedeceu, é assim que ele faz, isso é um líder, no Brasil não tem uma pessoa assim, tem uma pessoa com autoridade, porque, pera aí, tem uma pergunta aqui. Isso tem a ver muito com a personalidade. Tem que haver com a personalidade, mas tem que ver com o preparo também? Sim, claro. É evidente, se você pegar a vida de Napoleão Bonaparte, você acompanha a rota de estudos de Napoleão Bonaparte, você vai a um negócio monstruoso. Napoleão Bonaparte conhecia toda a história da Europa, todos os clássicos, tudo e cor, a história de todas as batalhas, toda a estratégia, sabia tudo, era um engenheiro militar de primeiríssima ordem, era um gênio matemático, tanto que quando ele caiu do poder, ele falou, agora quer saber, eu vou largar tudo isso, vou me dedicar a ciência, eu vou para o Estados Unidos e vou lá ser professor de matemática. Então ele tinha a capacidade para isso. Vocês são assim, gente. É a gente de muita capacidade. No Brasil não. Qualquer perapato, qualquer coitadinho pode ser um líder. Não pode, não pode. Essa história de que, eu estou ali esse idiota, Francisco Rácio, o estadista não pode ser um filósofo, então me deu um grande estadista que não fosse um filósofo. Me mostre um. Se você pega todos eles, Júlio César, Napoleão, Frederico II Prus, o Winston-Schulcher é um homem de pensamento profundo, de fazer inveja a qualquer filósofo. E por isso mesmo chegaram onde chegaram. Você pensa, o Winston-Schulcher foi para o I. IX Literatura, gente. O que você pensa? Você pega, você lê os livros do Teodoro Roosevelt ou os discursos do Abram Lincoln, mas são intelectos de primeira grandeza. Eles não estão dedicados. A filosofia no sentido profissional acadêmico. Mas a nota bem muito filósofo do passado também não estava. Láibus no Gestejo, láibus eram diplomatas de profissão. E assim por diante. Mas tinha uma compreensão do processo histórico muito superior às vezes a de qualquer filósofo acadêmico. Podem dar lições filosóficas acadêmicas. Então na verdade a teoria do rei filósofo do Platão está certíssima. São homens de grande capacidade filosófica que chegam na liderança. Só eles chegam. Agora no Brasil eu penso assim, o político tem que ser um homem prático. Então o homem prático ele lê maquiavel e sai lá praticando aquelas bombas. O destino dele vai ser exatamente o de maquiavel. Maquiavel sempre teve do lado o perdedor. Era um coitado, era um infeliz. Um ante exemplo, tudo que está na teoria do maquiavel está errado. Ali é o roteiro da derrota. E ele seguiu o roteiro e sempre foi derrotado. Terminou a vida vivendo da caridade dos inimigos que ele tinha criticado anteriormente. Inclusive o papo. Não fosse isso que teria morrido de fome. Quer dizer, é uma vida errada. Agora você vai pegar lições de liderança com o infeliz desse. Ou com o Nietzsche que morreu abraçado num jumento na rua. Você vai pegar lições de machesa com o Nietzsche que levava a chicotada da amante Lou Salomé tirou a foto. Ele assim, numa carrocinha, ele como um burro atrelado ali e a mulher com chicotinha atrás. Esse é o homem que... Ah, quando você... Fui encontrar a mulher, não esquece de levar o seu chicote. Se você entrega o chicote para ela, o chicote é você. Quer dizer... É assim, essas figuras culturais criadas pela mídia popular é tudo falso, gente. Isso aí é anti-cultura. É o contrário da cultura. Isso que absorve isso, ou no ginásio ou no universitário, e acha que está vindo o homem culto. Quer dizer, ontem mesmo eu escrevi no Facebook o pessoal no base de cultura assim, são reminiscências de leituras que você usa para citar no artigo, para fazer bonito, ok? Mas que na sua vida real não pesa em nada na sua decisão. Então isso é o que eu chamo de incultura e ele chama de cultura. Então vamos tirar essa ilusão sem muita cultura, sem muito preparo, não há liderança. Ora, para haver uma liderança pública tem que primeiro haver uma liderança intelectual capaz de preparar a liderança política. Isso é assim desde que o mundo é mundo. Eu não tenho a menor ilusão de criar uma liderança política, mas uma liderança intelectual eu estou criando, são vocês mesmo. Já tem vários dos meus alunos já se destacaram de tal maneira, tá certo? Que já são os melhores na área. Sobretudo nessa área de análise política eu falo quem? Em toda a mídia brasileira, em toda a universidade brasileira pode ir com o Felipe Martins ou Paulo Enés. Não pode, tá certo? Então eles já são os melhores. Quem aí no mundo da crítica literar pode com o Rodrigo Gurgel. Não pode. É certo? Quem na literatura na poesia pode com o Erick Nogueira. Ninguém pode. E assim por diante. Quer dizer, nós estamos criando a geração dos melhores. Eles não vão salvar o Brasil, mas eles podem ser uma força educativa que gere líderes sociais e políticos melhorzinhos amanhã ou depois. Eu pensei, a formação de uma liderança intelectual pode levar 20 anos. Em cima disso você põe mais 10 ou 20 para criar uma liderança política. Portanto, tudo no Brasil reflete aquela norma do GUT. É urgente ter paciência, porque se você ficar com pressa aí você não vai conseguir nada menos. Tá certo? Então o que que resta a fazer no Brasil? Seguindo, em frente, formando a liderança intelectual muito forte, ainda tá muito no começo. Tem gente boa surgindo, mas ainda falta muito. E daí esperar que desta liderança intelectual suja uma liderança social. Não é só política, é social. Líders de classes, líderes de bairros, líderes de comunidades religiosas, nós precisamos tudo isso. Se você pega aí, por exemplo, os discursos dos nossos pastores protestantes, é uma vergonha, gente. É uma vergonha. Quando você compara os fatores protestantes daqui, você vai lá, o Billy, compara aí o Billy Graham com o Bismo Aceto. Não vai dar, gente. Quer dizer, que brincadeira é esta? E se você pegar os padres da igreja católica, então frappam aí que o negócio foi. É o padre, Fábio de Mel. Quer dizer, nós estamos fazendo do nosso país uma palhaçada, isso faz da nossa vida uma palhaçada. Se alguma vida que é uma palhaçada, não é para dar risada, porque o palhaço é você mesmo. É uma piada feita não com personagens imagináveis, mas com personagens de carne e osso, que é você mesmo. Quer dizer, não tem graça. É piada sem graça, é piada para chorar. É isso que nós estamos fazendo. Por que? Por que acreditamos demais em slogans, chavões da mídia? Porque somos pessoas inseguras que estão sempre precisando fazer, de uma referência alheia e nós não temos referência. Por isso que insisti muito na ideia de que vocês se aproximarem muitos dos outros alunos, porque vocês são pessoas que estão adquirindo cultura. Então vocês aprendam a ouvir os conselhos de outras pessoas que também estão adquirindo cultura. E não da mídia, não de qualquer zemané, não de qualquer professores de décima categoria que você pega na universidade. Então você tem que seguir as opiniões. Claro, todo ninguém, às vezes tem força para ir sozinho, tá certo? Para seguir sozinho. Precisa do apoio, etc. Então procura apoio nos que são seus semelhantes, nos que estão na carreira, na vida, intelectual. Fora disso não ouça ninguém. Muito bem. Então isso quer dizer que o Paulo Enrique Cremonés, você é o Roninho Agnoso, eu não fiquei contra a greve de jeito nenhum. Eu continuo a favor dela, quem ficou contra foram os líderes dela. Eles deram para trás, não precisavam da, porque eles têm a força social, o respaldo social, eles tinham tudo e não fizeram. Então eu sou contra a greve que eles não fizeram, noco, que é que eles poderiam ter feito. Mas ele vendo que eu voltei a trair na análise sociológica da liderança, ele achou que eu fiquei contra a greve retrativamente. Falava, mas isso é uma nina brasileira de sempre trocar uma análise de fato por uma valoração, um contro a favor. Tá entendendo? Isso aí é um vício terrível. Quer dizer, você não é capaz de analisar uma constelação de fato, porque aquilo ultrapassa a sua capacidade de concepção, então o que você faz? Substitui a análise por um discurso moralista favoro contra alguma coisa. Isso é que nem o Rodrigo Constantino, eu falei da organização, necessidade de organizar a massa, ele disse, mas organizar a massa é coisa de comunista. Ele disse, ah, então você é contra organizar a massa, você quer que a massa fique dispersa e daí vem uma elite a escraviza e ela não pode fazer nada, é isso que quer? Quer dizer, isso é uma idiotice fora do comum. Mas é a mania de não conseguindo seguir uma discussão na esfera da realidade dos fatos, pula para o julgamento valorativo, onde simplesmente você expressa o seu sentimento. Isso aí é sinal de fraqueza mental. Isso no Brasil é endêmico e é um vício terrível. Você tem que se livrar disso aí. Aprenda a fazer uma análise guardando o seu riso de valor o máximo que você puder. Faça de tal modo que a própria articulação dos fatos e a articulação, a lógica interna da coisa já traga em si uma valoração possível. Você não pode ficar dando seu palpite, seu gosto ou não gosto. Mas o segundo tema que eu gostaria de abordar aqui, no fundo está muito ligado a isso. Toda hora você vê pessoas que se dizem católicas, esses vários grupelhos aí, católicos, romanos, apóstolos não sei do que, soldados da Santa Virgem, araltos, não sei o que, papapapapá, todo mundo com os estandartes, com os negócios bonitos, defensores da ortodoxia católica, defensores da sacra doutrina. E evidentemente, toda hora eles veem algum sinal de esoterismo ocultivo e dizem, ah, isso aí é grose, então isso aí não pode, papapapapapá. Então eu vou lhe colocar a situação da seguinte maneira, a igreja católica nada pode fazer jamais contra o advento da ciência materialista moderna, porque ela é serviu ante essa ciência, ela tem medo da autoridade da ciência materialista e não procura enfrentá-la, nem derrubá-la, procura conciliar-se com ela. Isso aí vem desde o século XIX pelo menos. Fé e razão. Ou seja, por primeiro lugar você deu a ciência que existe nas universidades, o direito ou uso monopolístico da razão, quer dizer, dá a impressão que a ciência que se pratica se a ciência experimentava cabundo de universidade é a encarnação da razão e do outro lado você coloca a fé. Então você está nivelando o discurso divino a uma aplicação muito limitada da razão humana que se chama Ciência Moderna, ou seja, você está humilhando a igreja, então se você já entra na discussão com esse espírito você já perdeu, está entrando para perder. Muitos sabem que eles estão fazendo isso e fazem expulsão traidores e querem mesmo milagres de idios, ou se fazem simples, porque são idiotas. Eu digo muito bem, se você é criado no mundo da ciência materialista, ciência agnóstica ou materialista ou ateística, como queira, é impossível você saltar daí para a fé católica porque não há passagem entre uma coisa e outra. Não tem diálogo possível, só tem os arranjos, os acordos, nós falamos disso e vocês falam daquilo. Mas isso aí, não é um verdadeiro tratamento nada a questão, isso aí é fugir do problema. Quer dizer, você faz uma divisão do trabalho e você fica procurando aqueles pontos que a ciência não resolveu, você dizia, aqui a ciência não tem nada a dizer, então nós preenchemos. Então é chamado Deus dos Iatos, Deus é um treco que existe nos buracos da ciência. Isso tudo é ridículo, isso tudo é humilhante. Só existe um jeito de você passar, um indivíduo passar, transitar, dar educação ateística, científicista, moderna para o mundo da fé. Ele tem que passar por uma série de operações. E a primeira operação é a reconquista do simbolismo. E ele não se torna capaz de perceber novamente a natureza, a história, etc. Na esfera simbólica, isso é um discurso divino por trás aqui. Acabou meu filho. Mas o católico não pode fazer isso, por que é que você é quem faz isso? São os esotéricos e os ocultistas. É a astrologia, é a alquimia, é todo mundo das chamadas ciências tradicionais e o católico não pode ver se ele tem horror. Então o que é que ele faz? Ele entrega tudo para a ciência. Ele é o que ele faz, ele é o que ele faz. E o máximo que ele consegue é criar uma síntese de religião e ciência moderna que é o Teado de Chardin, que é blasfémo ridículo satânico. É isso que você quer, né? Então se você entende o desprezo que eu tenho por esses católicos, esses guardiões da fé e não tem menor ideia do que será fé, não é o que será ciência, não é coisa nenhuma, eu estou lendo agora um amigo meu, me trouxe um livro espetacular. O que é isso aqui? John Sr. e a restração do Realismo. Father Francis Betel. É a história de um filósofo educador americano, John Sr. E desde a geometria, tudo foi um camarada muito original, ele é os 13 anos, ele fugiu de casa para ser cowboy no oronho cholano da cota, sei lá, né? E depois, quando ele voltou para casa, meses depois, o pai entrou em uma cor, falou que tá bom, então você passa tudo verão, você passa lá na fazenda, mas volta a estudar, então ele voltou a estudar. E ele passou por todas as etapas de desenvolvimento de um intelectual do século XX. Então materialismo científicista, neopositivismo, filosofia analítica, marxismo, etc. Lá pelas tantas, ele descobriu que ele tinha a vocação mais para a literatura e começou a estudar um movimento simbolista na literatura, que foi o movimento mais criativo e poderoso da literatura do século XX, onde você via William Butler Yeats, T. S. Eliot, Guillaume Paulinet, V. Deliradam, um monte, tudo que é bom na literatura do século XX vem do simbolismo. E estudando o simbolismo, ele fez uma descoberta que ele registrou num livro publicado em um pouco, e é descoberta o seguinte, todo o movimento simbolismo vinha do esotereismo e do cultivo, todo ele. De fato, se você não tem cultura esotérica, você pega os cantos do Ezra Ponce e não vai entender uma linha. Aliás, você não vai entender também o nosso Ferrari do Melmourão, que é o cara com o Ezra Ponce. Esse é o cara que fez aquilo que eu queria fazer. Você viu o tamanho do Ferrari, né? Então, isso quer dizer, a literatura simbolista depende diretamente de fontes esotéricas, depende da alquimia, depende da astrologia, da linguagem, arte medieval, etc. Um surre que percebeu também isso foi o C. S. Lewis, no livro A imagem descartada, Descartes Image, onde ele valoriza toda essa linguagem simbólica, mas sem reconhecer o valor cognitivo dela, só valor estético. C. S. Lewis era, eu acho, um covardão. Nunca foi um homem de tomar atitude, não. Então, sem essa restauração da ciência do simbolismo, não há passagem do mundo materialista para o mundo do espírito, porque para o mundo da religião. Então as duas coisas ficou existindo. Aqui você tem a linguagem das ciências e aqui você tem a da religião, que não significa nada no mundo material. Então, toda a linguagem, por exemplo, da liturgia, o que significa na prática? Significa nada mesmo, significa só palavras, são só metáforas. Não tem poder de preenção. Se você disser, olha, aqui nós temos a Eucaristia, que deu pão e vinha, que tem a presença real de Jesus Cristo. O físico chega lá e essa mina, o pão e vinha e fala que não tem nada. Ele deu com o seu critério, não tem. Para você perceber aí algo da presença do Cristo, você precisaria enfocar por outro lado muito diferente. Mas com o católico de hoje, o guardião da fé, ele só pode entender essa presença real do Cristo como metáfora, como figura de linguagem. Então, a mesma coisa, se é uma figura de linguagem, é a mesma coisa que dizer que a presença real não existe. Você está entendendo que Jesus Cristo pensa que está defendendo a ortodoxia, quando ele na verdade está entregando tudo para o inimigo. Você entende por que tanta gente abandona a fé por causa disso. E é justamente nessa situação que aparece um rei neguinho chamado Rei Neguinho, que restaura toda a ciência do simbolismo e faz uma crítica da ciência moderna absolutamente devastadora. Eu estava conversando com o Rick Delano e eu perguntei para ele o que é que o professor Volko de Adenio está com 88 anos. A gente queria gravar junto, não deu. Então, eu gravou o primeiro cu, eu fui com ele e depois gravou com o Seguro do Gosseiro Nas. Eu sugeri também a professor Catherine Picks, toque uma filósofa americana que até aumenta na Inglaterra. Então, trabalho espetacular. E eu estava, eu perguntei, o que que o professor Smith acha do livro do Rei Neguinho, os princípios do Calco e o Inferno e o Intensimal? Ele respondeu, ele acha o melhor livro do Rei Neguinho. Eu também acho. É onde o Rei Neguinho demonstra que a ciência moderna não sabe sequer o que é um número. Quer dizer, que toda essa mania de quantidade, quantidade, eles não sabem o que estão falando. E o Genon nesse livro, ele abre a porta, mas muita coisa que depois foi realmente estabelecida pela física quântica. Então, eu falei, bom, aí está a pista de uma renovação da cultura e de uma retomada da tradição, da espiritualidade católica. Infelizmente nós recebemos muito disso pelas mãos do um muçul humano, que é uma vergonha. Quer dizer, é culpa do Rei Neguinho que ele fez? Não, é culpa nossa. Quer dizer, por que o Rei Neguinho não pôde florescer dentro do meio católico? Por que? Porque só tinha gente tipo um forno lá dentro, porque não entendia coisa nenhuma. Então, o cara foge, pois lamo evidentemente. Por que um homem como Gettner acaba se desinteressando da igreja? Por que? Os estudos profundíssimos dele sobre a questão da cor, ele estava contestando a ótica de Newton, hoje em dia sabe que a contribuição dele na ótica é uma coisa importantíssima, mas o pessoal da igreja aceitava servilmente a ciência moderna, a ciência de Newton e não podia discutir. Então os católicos viraram defensores dos seus inimigos e viraram algosas dos seus amigos, que queriam dafos recursos e força para eles reconquistarem a linguagem do simbolismo e a importância da tradição. Então, o trajeto normal do intelectual que viaja do mundo materialista até a fé católica passa por uma série de etapas. E essas etapas são exatamente, em primeiro lugar, o cultivo vulgar, tipo Madan Blavatsky, espiritismo, ufologia, o cara inteligente, ele passa por dois meses, dois meses supera tudo. E daí vai atrás do exoterismo, portanto, da tradição simbólica, da linguagem simbólica, da alquimia, da astrologia, etc. E elaborando isso ele percebeu que tem algo atrás aí e isso aqui na verdade é incompreensível fora do mundo da literaria católica. Tudo isso está na literaria católica, é só ela que dá sentido ao conjunto do simbolismo. Isso quer dizer que atividades como astrologia, alquimia, etc. não têm autonomia, elas só existem dentro da tradição. Então, a tradição tem a chave de todas elas, mas os defensores da tradição têm o horror nisso. Então, meu filho, é o seguinte, é o sujeito que encerrou as próprias pernas para não sujar os pezinhos no chão, dando no chão. Então, não pode andar, não pode ir a parte alguma. Então, isso é outra coisa que nós temos que vencer. Quer dizer, a defesa da fé católica no Brasil está na mão das piores pessoas. Com exceção, claro, sempre tem, né, aquele espada que ele é um dos meus amigos que eu repito muito, né, e que estão, de fato, do nosso lado nessa briga. E quando sai esse filme com o doutor Wolfgang Smith, doutor Cedric, sem NASA, e eu, vocês vão entender mais claramente do que que eu estou falando. O filme chama-se Carta de Amor a uma civilização moribunda. Todo ele baseado é inspirado no último livro do Professor Wolfgang Smith, né, onde ele condensa toda uma vida de pensamento e de análise que ele fez. Muito bem, então é isso aí. Vamos fazer uma pausa e daqui a pouco voltamos para perguntas também. Então vamos lá, vocês desculpem, demora um probleminha aqui na impressão. É... Vamos ver. Ítalo Feitosa. Que conceito só daria para um aspirante escritor que vive e pretende não sair do Brasil. É bom, você vai ter que desenvolver uma resistência muito grande a todos os fatores deprimentes que o ambiente apresenta, que é o Brasil é um país onde você não pode esperar receber nenhum estímulo de ordem de telecultural, mas nenhum mesmo. Você vai receber só estímulo negativo. Então a primeira coisa, se você puder, você se aproxime de pessoas que tenham ideais em comum com você, quer dizer, daquela definição do santo mais daquilo, que é amizade. Amizade é querer as mesmas coisas e rejeitar as mesmas coisas. Ou seja, não procure cortejar a amizade de pessoas que não comam os seus valores, os seus objetivos de vida. Você pode conhecer as pessoas, já está bem, mas não os considera amigos e não ligue para o fim de um delas. Procure pessoas a fins. Isso aí já fortalece, já fortalece muito. É... Segundo, você vai precisar abrir muitas janelas para o exterior, mesmo não saindo do Brasil. Ou seja, quanto mais... Você precisa conhecer pelo menos duas ou três línguas estrangeiras para você poder... estar permanentemente aberto para a circulação de ideias que vem daí. Você não imagina como o Brasil está longe das discussões filosóficas científicas que circulam pelo mundo. É uma coisa impressionante. No Brasil, o sujeito que ele lê, Jacques Derrida ou Michel Foucault, ele acha que ele está na vanguarda do conhecimento. No Europa, nos Estados Unidos, isso aí é coisa de 70, 80 anos atrás. Já rolou muita água aqui, mas o pessoal não... É realmente que não chega no Brasil. As notícias de cultura chegam no Brasil com os 50, 60, 70 anos de atrás. É sério, principalmente quando o interesse na manutenção dessa coisa, quando seja, a arcaica supera, interessa a certos grupos políticos. Tem interesse de políticos e comerciais atrás disso. Então, isso acontece não só na parte filosófica, mas também na parte de ciência. Quando você vê pessoas opinando sobre ciência no Brasil, são coisas também de 50, 60 anos atrás. Às vezes, não tem ideia do que está acontecendo aqui. Então você tem que ter sempre esse contar fora. Você tem que ser um grande homem para resistir a essa coisa. E também leia muita coisa de literatura. Leia que desrespeito a situação existencial do escritor, do intelectual no Brasil. As obras do Lino Guaretto, o livro do Origina Eslessa, Feijão do Sonho, os primeiros livros do Vercenor Ramos. Você pegar o livro angústico, o que é o personagem do angústico, o Lisaciva? Ele é um intelectual de província, porque tem um sem intelectual, na verdade. Mas ele já tem um conflito com a pequena burguesia local, quer dizer, com os filhisteus. Isso evolui ao ponto de enlouquecer ele e ele cometer um homicídio. Mas o drama é esse. Quer dizer, todo... No Brasil, todo aspirante escritor intelectual tem um pouco do Lisaciva. Quer dizer, você quer matar aqueles medíocres que dominam a situação e que são os gostosões. Ele sempre come as mulheres mais bonitas e você fica para trás. Então tem o Luiz da Silva, ele é indicado a um cuidado com isso. Você tem que aprender a perdoar, ter paciência, perdoar sem tolerar. Quer dizer, não é que você concorde com isso, não é que você aceite isso. Perdoa um pouco da fraqueza humana. Marcos Lima. A próxima, além do Eric Vega, como referência, esse é o livro que o Bertão Gilberto diz, que no Jovem na cidade também, sim, mas não no mesmo nível, evidentemente. O Eric Vega é um fundador da nova ciência social, por assim dizer. O Bertão Gilberto tem estudos específicos sobre esse ponto. Sobre aqueles estudos sobre o desenvolvimento do poder na história do acidente, o estudo sobre previsão e corjetura é muito importante. Tem várias outras coisas também, muito boas, mas ele não é um homem de uma especulação teórica, assim, do tamanho, do poder do Eric Vega. Como o Eric Vega, acho que ele não tem mais nenhum no mundo. Nem o Leibstrauss. Esteve em Santos. Foi sua nação que não conseguia caracterizar o mundo dos grandes homens e como fazer para adquirir a sociedade brasileira, não preda praticamente, sempre algum. Bom, muito bem, se ela presasse as exigências para você se tornar um grande homem, seria o menor. Se é mais fácil, é mais fácil ser um grande homem na França, ou na Relaterra do que nos Estados Unidos, do que no Brasil. No Brasil você precisa vencer uma barreira de mediocridade, de ódio ao conhecimento, e sobretudo, barreira de inveja, de mesquinha, de alguma coisa, você explicar isso com o americano, ele tem dificuldade de entender. O americano não é no fim das contas, é um homem de boa vontade, ele quer dar certo, quer que todo mundo dê certo, e acha que é possível, todo mundo dá certo. Então você fala, eu conto para eles, eu nunca tive uma ideia, que todo mundo no mundo disser que é adairado, mas todo mundo sempre sem exceção, família, amigos, vizinhos, parentes, patrões, todo mundo. Então é o país do desestímulo. Aqui tem uma musicia que chama, a Home in the Range, uma casa no campo. Então ele sonha com uma casa, I never heard of discouraging words. Nunca se ouve uma palavra desencorajador. No Brasil você só ouve palavras desencorajador o tempo todo, e as pessoas têm o prazer, quase erótico em dizer essas coisas, em desanimar os outros, fazer o outro sentir. Você é um jovem, inexperiente, você não sabe nada, pisar nas pessoas, você vai ter que vencer tudo isso, você vai ter que confiar mais em você do que nos mal conselheiros. Toda pessoa que tenta te desanimar é um mal conselheiro, sobretudo se você vê que ele tenta te desanimar para ele se fazer de superior a você. Ele é homem, um homem adulto, experiente, sábio, e você é o coitado engenho, é sempre assim. Como aqui Eduardo Loran, como o Japão sem quadro no governo globalista, que ele faz em quadro da Comissão do Leteiro, o Japão está definitivamente integrado no globalismo ocidental, acho que não há menos dúvida quanto a esse ponto. Se bem que você falar Japão, é um problema, essas forças não se definem nacionalmente. Vocês não é assim, ah, os americanos, os franceses, os alemãs, não, não, isso é um grupo dentro desse país. Então esse grupo pode inclusive estar operando contra os interesses nacionais desse país, não interessa, isso é a minha teoria do Império. O Império é uma organização supranacional, mas que não congrega nações, congrega forças de dentro das nações. É a mesma teoria do Antonio Negre. Antonio Negre publicou a teoria dele depois da minha, mas na rede que ele tinha me copiado, que ele nem tinha lido, foi assim, mas simplesmente um homem inteligente, assassinado, acaba descobrindo também umas coisas. Gabriel, se eu puder me destrar um custo em metafísica tomista, eu posso fazer, mas isso eu levaria algum tempo. E eu não sei se eu sou a pessoa mais habilitada para isso. Talvez fosse o caso de pedir por si de Silveira. Ficou verzá-lo. Mesmo porque, enfim, não faz parte da minha vocação dar curso de tipo escolar. Ele é um curso, você tem um programa que você vai transmitir um conhecimento resistente. Eu não faço isso, eu só dou curso quando eu estou elaborando algo em cima daquilo. Então, eu estava elaborando algo em cima da metafísica tomista, a partir daquilo estudo, o problema da verdade é o verdade do problema. Depois eu li o livro da Catherine Pickstock, onde ela trabalha justamente aí, e eu digo, ''Pô, mas esse é praticamente o capítulo 2 do problema da verdade, o verdade do problema.'' Então, se eu tiver algo a elaborar a mais sobre isso, eu daria um curso, mas não vai ser um curso de metafísica tomista, é um curso sobre a metafísica tomista. Então, é uma elaboração filosófica, sempre isso. Agora tem pessoas que têm a vocação de educação formal. Marcos, Antônio, Martins, a solidão nos estudos do Temporo Longado pode ser um problema, já estou dois anos sozinho. Então, filho, eu fiquei por 40 anos sozinho, não é bom. A gente sempre precisa lembrar daquilo que dizia o Getys. O talento se aprimora na solidão, mas o caráter é na agitação do mundo. Então, eu acho que o que me salvou durante esses 40 anos foi que eu tinha filho para se tentar. Eu tinha que lutar pela vida, eu não podia fugir, me isolar da realidade. Então, agora a solidão total, olha para resistir aí só, e eu acho que isso é um talento específico, eu acredito que eu tenho esse talento, que eu sou capaz de ficar muito sozinho por muito tempo, mas isso não é normal. Isso não tem nada a ver com a vocação intelectual, as pessoas que podem ter uma tremenda vocação intelectual e precisar de companhia de amigos desde o início, isso é o normal. Por isso que existem as academias, os círculos intelectuais, sempre existiram. Agora eu, eu encontrei interlocutores que podem conversar com as coisas que eu estou examinando, tenho que ver aqui passados nos mesmos, no Brasil não tem não. Eu vou discutir essas coisas com o doutor Pirrola, com o Rodrigo Cocou, eu falo, não vai dar gente, foi um simples lembro, não vai dar. E é o que tem no Brasil, isso é o que tem nas universidades brasileiras. Aqui eles moram no Interessão Polo e eu não encontrei ninguém disponível para fazer uma amizade, fazer um interesse intelectual. Mas não, nesse curso está cheio de gente assim, busca o contato neste mesmo chat. Começa com amizade por internet, depois as pessoas se encontram. Tem vários grupos de estudos que você pode se ligar. Procure isso aqui, procure no Facebook, tem aquela quarta empreendimento dos alunos por celular e carvalho. Ali você vai fazer muito contato, saia da solidão, rompa isso já. Marcio César, podemos dizer que no Brasil o papel do rei filósofo estaria sendo ocupado por milites de juristas do STF que acabam legislando via decisão dos jalares. Olha, de certo modo sim. É só questão, é uma caricatura do rei filósofo. Para fazer o que ele faz, ele não precisa provavelmente ser um rei filósofo. Mas é que quando eu falo um rei filósofo, quer dizer, o estadista filósofo, um estadista grande em verga-góru, e um estadista de grande em verga-góru não é necessário para fazer o que eles fazem. Porque aquilo é sua atividade de manutenção, de um poder que já está estabelecido aqui desde o tempo do Império. Quer dizer, o estamento burocato aqui é muito velho e ele não muda. Se tem uma revolução, um golpe de estado, foi por que? Revolução de 30 não teve uma revolução, não teve. Logo o estamento burocato se refeia. Seis cento e quatro teve um golpe de estado, o estamento burocato se refeia dentro daquilo. E é assim por diante. A rede da bucartização, todo mundo pensou que ia ser uma sessão do povo brasileiro. Que nada, o estamento burocato tornou-me mais forte ainda. Então, esse pessoal todo só se ocupa da manutenção do mesmo esquema de poder. Até o outro dia eu sei lá. No Brasil, quando a pessoa faz a apologia da estabilidade da nossa ordem democrática, isso tem duplo sentido. Na orelha do povo, ele pensa assim, então, agora vai ser a democracia, quer dizer, os direitos humanos, a liberdade de civis, etc. Isso que ele tem por ordem democrática, porque essa é a definição nominal do termo. Mas para os de dentro, para os happy feel, para os caras que sabem o que ele está falando, é a manutenção da ordem atual. Isso é a manutenção do poder incontrastável do estamento burocato. Nós mandamos, nós resolvemos, nós problemas aqui. E quem nos criticar, nós destruímos. Eles fazem isso, estão fazendo isso há muito tempo. Agora, no tempo do PT, aperfeiçoou. E cresceu. E vocês pensam que a caída esquerda diminuiu assim? Não diminuiu isso nada, nada, nada, nada. Ao contrário, ele está pior. Então, por exemplo, o outro dia o Fládemir Safatli, ele viu a luz. Ele escreveu um negócio que ele deve ter sido inspirado em coisa que ele leu de mim. Ele achava que é derrubado do governo por um movimento popular como esse, era uma coisa inteiramente justa. E é justa, por quê? Nós não temos a democracia representativa, gente. A democracia representativa, o governante, o representante eleito, o deputado, o senador, o vereador, o deputado estadual, representa o seu eleitor. Por exemplo, ele deve satisfação de um grupo de eleitor que o conhece e tem contato com ele. Aqui não, você eleira o nego que ele vai para o Brasil e nunca mais se dá satisfação. Ele resolve tudo lá com o grupinho palaciano dele. Não tem satisfação de um eleitor, então não existe democracia representativa, isso só nominalmente. Materialmente não existe. E é isso que o Brasil mais precisa, meu Deus do céu, porque o povo sabe onde lá perto é o sapato. A gente sabe qual é o problema que tem, sabe o que ele falta, etc. Então, ele sabe o que precisa ser feito. E... Então, que a única maneira de ele tentar fazer é ele lá pedir, pelo amor de Deus, para o deputado, o senador. Acontece o seguinte, ele chega lá e fala, deputado, nós precisamos disso, assim, assim, assim, assim. Deputado, você deixa que eu vou mandar liberar uma verba para você. Eu libero a verba, o deputado de embolso, 80%. É assim. Esse negócio das verbas sociais é a maior imoralidade do universo, isso está assim faz anos. No tempo que teve a CPI das empreiteiras, aquele sujeito que era contador dos vigoristas, ele deu um deputado e falou, aqui tem dois esquemas de corrupção. Tem um aqui das empreiteiras, propina da imprensa, desse eu não sei nada porque eu não participe. E o outro é o esquema da reciclagem das verbas sociais, que elas vão e voltam para o bolso do deputado. E este eu sei tudo porque, porque isso eu contabilizo essa porcaria. Resultado, o Congresso inteiro estava metido nisso. Então, se ver, o ministro da fazenda da economia do Bolsonaro, Paulo Guedes, ele disse, olha, uma coisa fundamental, o Brasil, é tornar a automática distribuição de verbas para os municípios. Você não precisa ficar esbolo no favor do deputado. Ele disse, aí eu te dou a verba, mas você me dá metade. Pronto, isso aí já é a corrupção crônica. Então, nós não temos a democracia representativa. E se houver democracia representativa, o único dia cai todo o estamento burocário. Então, eles não vão deixar. Então, só vão deixar na marra. Infelizmente, a nossa esquerda sempre foi aliada do estamento burocário. Desde o tempo do getulismo é assim, meu Deus do céu. Eles querem se meter no Estado e mandar em tudo. Então, toda essa corrupção do PT, é um negócio altamente previsível. A ideia dele sempre foi essa. Quer dizer, você se infiltra, você domina tudo. E você pega o dinheiro do Estado e usa para as finalidades do seu partido. E para os partidos dos estrangeiros, os partidos comunistas do exterior, você distribui dinheiro para os partidos comunistas, sempre foi obrigação deles. Então, a esquerda está do lado do estamento burocrático. E eu não sei se os esquerdistas entenderam o artigo do Safaça, porque se entenderam, deve estar batendo nele, a esta altura. Pô, você andou olhando lá de carregado, seu traído. Então é isso, gente. Até a semana que vem. Muito obrigado.