Vamos lá, boa noite a todos, sejam bem-vindos. Eu quero avisar o seguinte, a partir da semana que vem nós termos um problema com o horário, porque a diferença daqui para o Brasil será de três horas. E nós aqui temos que ir à missa que termina seis horas, a outra igreja aqui é muito longe, e a única que temos aqui disponível é essa, a missa termina seis horas, e nós temos que ir à missa do sábado, porque do domingo só tem na outra também que é muito longe. Então as aulas começaram às 9, 9, 10, 9, 15, não há nada que eu possa fazer, não sei quanto tempo vai durar isso, então vai ser assim. Muito bem, conforme eu anunciei durante a semana, eu queria fazer uma breve análise desse documento da Universidade Federal da Paraíba, e me parece altamente significativo de tudo o que está acontecendo. Não se trata aqui, não se trata absolutamente de discutir com os caras, de contestá-los, de responder, nada disso, isso tudo seria uma vulgaridade, uma bobagem. Mas o documento expressa muito da atual forma mentes da esquerda brasileira, talvez ela resuma a cosmovisão inteira desse pessoal. E depois seria interessante fazer uma breve análise também de certas reações ao meu trabalho que tem surgido da parte da direita, tanto da extrema direita, o pessoal infesado, intervencionista, policial, etc. e uns protestantes, outros católicos, ou pelo menos o que se dizem, tanto quanto da esquerda dita moderado, social-democrata, tucana, etc. Tudo isso é muito interessante porque você tem aí a prova viva de que a motivação dessas reações contra o meu trabalho não vem, não são de ordem política de maneira alguma, tem um outro fenômeno mais profundo que precisa ser sondado. Eu acho que um dos motivos é o seguinte, é que durante 40 anos toda a chamada direita brasileira se submeteu, se inserivelmente, à hegemonia esquerda, e ficou quietinha no seu canto, na verdade, aterrorizada com um período que nem existia, eles tinham medo de algo que só existia no ar como uma imaginação, de ficar todos quietinhos durante 40 anos cuidando das suas porcas-vidas, etc. Depois que eu abri um rumbo na hegemonia escoridista, sobretudo com a nova era revolução cultural e imbecil coletiva, aos poucos foi se abrindo espaço para que circulasse opiniões direitistas, e é expressão, então, vamos dizer, se sentiu encorajado, e ao mesmo tempo envergonhado por ter ficado quieto durante tanto tempo, tinha que desfazer de alguma maneira esta impressão, então tentaram, vamos dizer, acobertar retroativamente a sua covardia e a omissão, através, vamos dizer, de um radicalismo exacerbado nas palavras e demonstração de raiva, e tentativa de desqualificar o que eu estava fazendo, etc. É muito simples, porque você mata o bandido, apareceu um monte de herói, e evidentemente vão ter que escolher um barco a sua reputação, isso é de certo modo, é natural, mas não é aceitável, isso dá parte da pessoa da direita. O problema da esquerda é muito mais profundo, nós não podemos esquecer que as fontes intelectuais da esquerda internacional elas secaram nas últimas décadas, hoje você não tem intelectuais de grande porte, como você tinha Arril Fever, Roger Garrodi, dessa gente toda, nem mesmo os chamados novos filósofos, não vôo filósofo da França, não tem mais nada disso, não vôo filósofo até tão pouco de eritistas hoje. Secando as fontes internacionales, evidentemente a nossa intelectualidade, que a gente diz sempre foi independente das fontes espanheiras, ela se viu, dispondo apenas das suas próprias forças, e evidentemente de um discurso diversitário, multiculturalista, que não vem, isso é importante, não vem de grandes intelectuais, não há nenhum grande intelectual diversitário, você tem, subiu os semi intelectuais como Judit Butler e outras, esse Cory Robbins que acaba de escrever um dos piores livros que eu li na minha vida, chamado A Mente Reacionária, e um dia eu vou comentar aqui, então toda essa geologia diversitária se constituem apenas de slongas e de apelos emocionais, elas não têm o fundamento num analhado da realidade, porque tudo isso aparece com a disciplina de estudos culturais, como apareceu aqui nas universidades americanas, que é, vamos dizer, de um baixíssimo nível intelectual, geralmente é um puro discurso ideal, nós podemos definir o discurso ideal por duas características, a primeira é o seguinte, é que ele jamais vai aos fundamentos, ele sempre vai partir de premissas já muito elaboradas, e que são de certo modo de domínio puro, são coisas que já são repetidas, então você nunca precisa ir ao fundo da demonstração, você sempre fica da superfície pra cima, quer dizer, o que você quer é provocar um, suscitar um movimento político, qualquer um protesto, alguma coisa assim, alguma ação, e você portanto não vai recuar para os fundamentos, quando você recupe para os fundamentos, que é o característico do pensamento filosófico, ele implica justamente uma parada na ação, você tem que parar, se você está recuando para os fundamentos, evidentemente você não está impulsionando ninguém a agir, quer dizer, você está num estado de dúvida e de investigação, não no estado de, vamos dizer, entusiasmo ativista, então se é para estimular o entusiasmo ativista, você vai fazer exatamente o contrário, na verdade você não vai discutir nada, você só vai afirmar, afirmar, afirmar, afirmar, nada pode ser colocado assim, realmente em dúvida, em estado de investigação, absolutamente nada, então partindo, quer dizer, de téssias que são de domínio público, mas que é importante, não são universalmente aceitas, são aceitas apenas pelo grupo referência, então você toma as crenças atuais do grupo referência como premissas, e evidentemente tudo que você disser a partir daí, parecerá verocínio a essas pessoas, e essa é justamente a diferença que os antigos retóricos estabeleciam entre o que é a retórica propriamente dita e o que é airística, quer dizer, a retórica de vigarista, então a retórica ela parte para usar os termos clássicos, parte de premissas universalmente aceitas, premissas de senso comum, como por exemplo as galinhas botão ovos, o sol é azul, etc, etc, e relacionando a partir daí você chega à conclusão que são aceitáveis para toda uma sociedade, ou pelo menos para um determinado grupo de referência, quando você usa premissas que não são universalmente aceitas, mas as toma como tais, você entra no campo da airística, que é o campo da trapaça retórica, você ainda está bem explicado no livro do Chopin Hauer, nos meus comentários, então, todo o discurso diversitário sem exceção é desse tipo, ele parte de coisas que um determinado grupo acredita e raciocina como se aquelas coisas fossem de domínio público, é isso, quando você amplia o tamanho da plateia, você vê que elas não são de domínio público de maneira alguma, só uma parte ínfima do público acredita naquilo, mas o tom que fala é evidentemente um tom que não visa persuadir, na verdade, ninguém de nada, só fala para quem já está persuadido de algum modo e tem uma estratégia que não é de persuasão, mas de inclusão e de envolvimento, fazer com que você se sinta o membro do grupo, então, no mesmo tempo que você vai aceitando aquilo, você sente que você começa a compartilhar daquelas premissas que jamais foram discutidas e começa a compartilhar delas, justamente porque não foram discutidas, então, este é o procedimento padrão de toda e qualquer ideologia, você imagina, por exemplo, quando surge no começo do século XX, surge a ideologia fascista, ela falava para uma parte do público que estava muito frustrada com a destruição da Itália pela guerra e com o estado de atraso que a Itália estava, então, você tinha lá um bando de patriotas nacionalistas que eram muito sensíveis a isso, mas podia haver pessoas que eram sensíveis a outra coisa, se você pegasse um camarado meio comunista, ele está pouco se lixando para o estado da Itália, ele está pensando no proletariado internacional, então, na medida em que você ouvia o discurso comunista ou fascista, você se sentia incluso no público a que esses discursos se destinavam, se você se sentia um patriota italiano humilhado e ofendido, ou você se sentia um proletário explorado, mesmo que você não fosse nenhuma coisa e nem a outra, está certo? Então, o objetivo desse discurso herístico, ele é então, o envolvimento, criar em você um senso de participação num grupo, pois tem primeira finalidade e, em segundo, reforçar o senso de identidade desse grupo, vamos dizer, pela repetição das mesmas figuras de linguagem, dos mesmos jogos de palavras e assim por dente. É claro que isso é um jogo muito perigoso, porque o ideólogo pode se convencer das suas próprias palavras e tomar o discurso herístico como se fosse uma descrição da realidade e basear nisso a sua estratégia. Um dos assuntos mais interessantes da ciência política é as relações entre discurso ideológico e estratégia. Essas coisas nunca coincidem, quer dizer, nem... Podendo tomar como princípio que nenhum líder político que fala em nome de uma ideologia age em função dela, ele age sempre em função de um diagnóstico de realidade, tal como ele é compreendente, no momento em que o raríssimamente coincide com o conteúdo da ideologia. Pessoas de mentalidade puramente doutrinária veem nisso uma contradição, tá? O freito diz isso e faz aquilo, mas ele não teria como agir em função da sua ideologia, porque a ideologia não é uma descrição da realidade, ela é como se fosse um teatro, está ensinando uma situação para criar um envolvimento. Então, é claro que nenhum ideólogo pode agir em função da sua ideologia, ele vai ter que agir em função de um segundo discurso que é mais discreta só para os íntimos, ou às vezes diz isso só na cabeça dele, e que lhe dá uma noção da realidade. Você ver, por exemplo, quando Lenin logo após tomar o poder, ele estabelece a chamada nova política econômica, que é uma política, na verdade, liberal, que incentivando a liberdade de mercado, nada na ideologia que ele pregava podia prever isso. Era a situação econômica objetiva que lhe empunha esta medida, sem a qual a Rússia teria acabado. Se ele não fizesse isso, metade da população russa moraria de fome, ele estava cedendo a uma realidade que ele conhecia perfeitamente bem, embora não coincidisse com o conteúdo do seu discurso ideológico, ele toma esta providência. Então, este tipo de coisa, este jogo entre estratégia e estratégia ditática, por um lado, e discurso ideológico, é uma coisa muito muito interessante. Agora, existem situações onde, na falta de uma liderança verdadeira, na falta de uma intelectualidade capaz de fazer análise de conjuntura mais ou menos viáveis, o próprio discurso ideológico se torna uma estratégia. E é exatamente o que acontece no Brasil. Isso quer dizer que a esquerda brasileira está acreditando no seu próprio discurso ideológico. E este discurso ideológico, ele vem de duas fontes, ele vem da tradição comunista, por um lado, a qual passa por algumas mudanças ao longo da sua história, nós vemos, por exemplo, que o comunismo passa, sobretudo, após a Segunda Guerra, ele passa do internacionalismo proletário para o estímulo aos nacionalismos aspas anti-imperialistas, quer dizer, o nacionalismo, que era uma coisa maligna, num certo contexto, se torna benigna do outro. Então, nós temos essa amálgama de nacionalismo anti-americano, com o discurso marxista tradicional da luta de classe, de modo que a luta de classes, a partir daí começa a ser vista como uma luta entre nações, como se houvesse nações proletárias e nações burguesas. O que não é verdade, evidentemente, cada nação tem lá o seu proletariado, o seu lumpo proletarado e a sua burguesia. Então, por exemplo, você encher de dinheiro, você investir massifamente em certos países do terceiro mundo, favorece, evidentemente, a burguesia desse local, e não o povo, mas no contexto da estratégia terceiro-mundista. Se você favorece a burguesia de um país do terceiro mundo, você está favorecendo uma nação proletária. Então, isso é comum. Quando você vê como aconteceu aí com a fudação Clinton, que coletou dinheiro para socorrer as vítimas de um terremoto no IT e embolsou 90% do dinheiro, só deu 10% dos flajalados, e nós realmente dividiu os 90% com os seus colaboradores no IT, que certamente não são proletários. Isso é uma coisa muito comum. Então, a superposição desses dois discursos, o discurso da ideologia proletária e o discurso terceiro-mundista, isso aí já bastou para criar no mundo uma confusão dos demônios. Nós vemos resíduos dessa ideologia terceiro-mundista hoje no cirurgômio, o cirurgômio é formado nesta mentalidade. O terceiro-mundismo anti-americano, anti-imperialista, etc., ainda tem isso, eu não tenho resíduo. Isso não tem absolutamente nada a ver com o discurso multiculturalista, que aparece a partir do... Se dissemina a partir do mar de 1968, embora já estivesse sendo preparado há muito tempo. Esse discurso multiculturalista não tem absolutamente nada a ver com as nações. Ao contrário, ele volta a ser internacionalista. Mais que internacionalista, ele é globalista. E ele é evidentemente fomentado pelas grandes empresas multinacionais, grandes grupos multinacionais. Que... Nesse justamente, nesse lance descobrem um meio de botar toda a esquerda internacional a seu serviço. Porque a ideia fundamental da ideologia diversitária é a dissolução, destruição, demolição de todos os antigos valores culturais, critérios, códigos, etc., etc., etc. A destruição que vai muito mais fundo do que parece, eles não têm interessado só em destruir códigos morais, mas até em destruir esquemas de percepção básicos. Como por exemplo, a percepção das cores. Você vê que o simbolismo da cor preta, como uma coisa que por um lado é sinistra, e também está associado, vamos dizer, à morte, etc., etc., é uma coisa universal. Então, eles misturam o simbolismo das cores com as intenções racistas. Então tudo que é preto passa a ser depreciativo da raça negra. Embora o simbolismo, como eu mesmo já demonstrei, fosse exatamente o mesmo nas culturas africanas. Então, até outro dia apareceu a ideia do papel higiênico preto. Por que o papel higiênico tem que ser branco? O papel higiênico preto tem que ser branco, porque o papel higiênico branco é racista. Agora existe o papel higiênico verde, cor de rosa também. Então chega a este ponto, que é a demolição de esquemas de percepção que estão consolidados até pela evolução animal ao longo de milênios. O senso das quantidades, dos números, etc., etc. Quando você vê, por exemplo, que a chamada violência contra gays, que é uma coisa ínfima em qualquer sociedade, você é sobreposta à violência anti-cristã, por exemplo, que mata 150 mil por ano, estão aqui, estão demolindo o senso das proporções. Então, se você também vai dizer a própria ideia de gênero, o raciocínio que está aí embutido é o seguinte, existe um fenômeno biológico, é o sexo, e existe o gênero que é uma construção cultural. Mas ao mesmo tempo, a mesma ideologia que diz isso, diz que o sujeito que troca de gênero faz isso por uma inclinação genética. É dito, mas quem no negócio é genético ou é cultural? Então essa confusão, vamos dizer, entre natureza e cultura, é uma coisa que, uma vez que entrou na cabeça do sujeito, destrói um monte de áreas em que o raciocínio dele não vai funcionar mais. E assim por dente, também o fato de que, não, nós vamos acabar com todos estereótipos sexuais e vamos promover o transexualismo. O que é o transexualismo? Se não é a cópia do estereótipo. Se não existe o estereótipo das mulheres de lingerie, etc., etc., bom, quem que o rapaz transexual vai copiar? Quer dizer, na verdade, todo o transexualismo é baseado na cópia de estereótipos. Ele promove os estereótipos. Houve aqui, uns anos atrás, uma exposição de um fotógrafo, aliás, um fotógrafo brilhante, que se chama As Garotas do século XXI. Então você vê aquilo, era uma coleção de beldades, todas lindas, maravilhosamente vestidas, etc., quando você havia era todo transex. Então o que é isso aí? Você está aprofundando, fortalecendo o estereótipo. Você vive do estereótipo, na verdade. Então como é que você pode, a mesmo tempo, combater os estereótipos? Uma vez que o futebol está aceitado isso, quer dizer, ele aceita ter uma ideia aqui e outra ali, e uma nunca mistura com a outra. Isso aí destrói a inteligência humana, evidentemente. E depois de algumas décadas, isso começa, mais do que o conteúdo da ideologia diversitária, essa espécie de lógica invertida, ela começa a entrar na cabeça das pessoas, ela começa a raciocinar realmente assim. E isso aconteceu com toda a esquerda brasileira, sem exceção. Então, em um milhão que não filme o Jardim das Aflições, o único ponto em que eu falava de política era explicando como que o PT tinha caído. E eu disse que ele caiu porque ele adotou simultaneamente duas estratégias incompatíveis. Uma era do Raimundo Faur, a destruição do estamento burocático, e outra era do Antonio Gramer, porque é você mesmo se transformar no estamento burocático. Eu digo, se você joga a pedra no sujeito, ao mesmo tempo você se transforma nele, você acaba jogando pedra em si mesmo. É uma coisa muito simples, e na verdade seria útil para o PT se eles tivessem escutado a minha explicação. Não estou falando contra eles, eu estou só explicando o motivo de um facaço. E na verdade, se houvesse um sujeito inteligente dando o PT, ele diria, é isso mesmo, não fizemos essa borrada, tem muito que voltar atrás. Esse é o único ponto de política que tem no filme. E na verdade é uma simples análise soci histórica, bastante simples. Então, as reações que apareceram ao filme em certas universidades, elas são um exemplo do que estou falando aqui. E como a mente esquerdista no Brasil se transformou numa coisa absolutamente incapaz de perceber o óbvio. Já não é mais, nem paralaxe cognitiva. Aí já é alucinação mesmo. A alucinação que chega, vamos dizer, é a inversão completa da realidade. Inversão de uma realidade na qual, ao mesmo tempo, as pessoas estão tentando atuar. E não é de espantar que toda esta atuação produza, claro, uma reação negativa. Porque todas essas manifestações que estão avendo, vamos dizer, da chamada extrema esquerda, que eu não gosto muito de extrema, mas digamos que é assim, elas estão corruindo um pouco de reputação que ainda resta para PT, PSTU, SOL, etc. Então, é uma espécie de anti-propaganda, contra propaganda, feita contra si mesmo. Eu não estou lamentando isso, não estou lamentando nem festejando. Eu estou apenas observando que isso é o que acontece. E de modo geral, vamos dizer, a destruição da inteligência, eu não sou a favorita da destruição da inteligência de ninguém, seja esquerdista, ou seja, ou seja, a direitista, não é esse realmente o problema. Eu acho que a tragéia da brasileira tem muito pouco a ver com a ideologia de direito de esquerda e tem que ver com a queda do que ía, isso é uma coisa gravíssima. A queda do que ía começa nas altas esferas, começa entre os intelectuais. O fenômeno que eu descrevi no livro o imbecil coletivo, que é um mostruário de cretinícias fora do comum, que circulavam entre os intelectuais de esquerda, na época, como se fossem coisas verdadeiras e inquestionáveis, mostrava que ali, você já tinha um fenômeno grave, quer dizer, uma intelectualidade quase inteira, a gente já quitava, como disseu, eram pessoas que reuniam para imbecilizar umas às outras e acabavam fazendo coisa como aquele artigo do sujeito sobre o Santo Daime, onde ele confundia uma doutrina com um chá. Ele atribuía umas as virtudes da outra e outras virtudes da uma. Claro que isso foi escrito em estado de alucinação, mas como é que não percebem que é alucinação? Não tem um editor de par no jornal para ler, falar, não, espera aí, isso aqui não tem pé na cabeça. Não tem, porque o editor da par também está alucinado. Então, isso afetava naquela época só a intelectualidade pública. Depois isso começa a se alastrar, por uma intelectualidade mais discreta, são os professores universitários que não escrevem em jornal, que só falam para seus alunos, e a coisa se espalha de uma maneira absolutamente assombrosa, de modo que se nós comparávamos o estado de coisas hoje, como o que havia no tempo do imbecil coletivo, a única coisa se agravou muito mais, até do que eu poderia prever. Nós podemos dizer que, naquela época, as pessoas que cometiam aquelas cretinistas, as vezes diziam coisas sensatas. Eu não posso dizer que tudo que o Leandro Condor falou na vida é besteira, ou tudo o Carlos Nelos Contínio falou ao contrário, tinha uma certa apreciação pelo Carlos Nelos Contínio, porque era do trabalho que ele escreveu sobre o Gasoliano Ramos, que estava de fato muito bom. Não era nada origino, evidentemente, ele apenas aplicava, ele lê um pouco de Gorgia Lukashe e Lucian Goldmann, e aplicou aqueles critérios ao estudo do Gasoliano Ramos, e ficou muito bom. Era uma pessoa que estava dando os primeiros sinais de debilidade mental, depois de uma vida intelectual, relativamente normal. Mas em seguida, parecem pessoas que não acerto nunca, que têm uma obstinação, de não compreender nada, de fazer confusão, que é uma coisa absolutamente incrível. Eu acho que eu falo de Emir Safato, e por exemplo, ele nunca diz nada que prestasse. O Emir Sader também é uma coisa impressionante, a capacidade que tem de não perceber a sua própria situação, não saber onde está e ficar falando no ar. E toda essa tendência, ela se condensa nesse documento soltado por este comitê de luta contra o golpe, a propósito do filme Jari Zafliçone, que não tem absolutamente nada a ver com isso, cujo conteúdo político é mínimo, por não dizer inexistente, mas que para eles funciona não só como o emblema do golpe, mas como um emblema do fascismo. Então, começa assim. O filme é uma consequência direta do golpe de Estado, dado contra Dilma Rousseff. E como que ele pode ser uma consequência se ele começou a ser feito muito antes? Começou 2015 este negócio, a mulher foi caindo em 2015, e mesmo isso foi, você acabou de ver. Agosto de 2016, quer dizer, começa mais de um ano e meio antes da queda da mulher. Então, aí já é a inversão temporal. A inversão temporal é uma das características da mentalidade revolucionária, mas não neste nível factual. Quer dizer, o revolucionário inverte o sentido do tempo, no sentido em que o futuro para ele é mais certo do que o passado. Ele tem a confiança nesse futuro, e ele interpreta o passado em função desse futuro hipotético, quer dizer, o hipotético se torna no categórico e o categórico se torna hipotético. Mas nenhum revolucionário disse jamais, por exemplo, sei lá, que Abram Lincoln foi anterior na polêmica ou na parte, eles não fazem isso, não tem nenhum teórico comunista que faça isso, mas esses as camaradas, eles fazem, eles trocam a hora do tempo, não no sentido da interpretação geral da história, não no sentido das estruturas da história, mas no sentido factual. O que veio antes é colocado depois, e depois é colocado antes. Também perde aí, evidentemente, todo o senso sociológico, ele não sabe qual é a sociedade onde ele está, ele não sabe que facções ele representa, ele não sabe que povo ele pretende representar, não sabe nada. Aqui, eu soube disso, por exemplo, porque o filme foi dirigido por um coxinha que odeia o Carnaval e tudo o que é popular. Então, olha, em que sentido o Carnaval é popular? Eu tenho aqui duas pesquisas que mostram que maciçamento o povo brasileiro odeia Carnaval. O Carnaval é uma festa de milionário de lumpes proletários, não do povo, evidentemente. Tem aqui uma pesquisa de Ibope e outra do Confederação Nacional do Transporte, de que 57,4% nunca nem ouvi falar de Carnaval. Todos nós somos estimunhados, uma pessoa que durante o Carnaval se esconde em casa e não quer saber, não quer saber, até tampos ouvidos. Então, como que isso é popular? Isto não é popular no sentido sociológico, é popular no sentido simbólico, no sentido slogan, no sentido propaganda. Inclusive, a ideia de tornar o Carnaval um símbolo da nacionalidade foi uma ideia comunista originária, é o Jorge Amado, país do Carnaval. Também muito incentivado por uma ditadura fascista, evidentemente, do J.T. Vargas, é ditadura fascista, qual os comunistas acabaram se aliando? Vamos dizer, o incentivo oficial e a participação oficial no Carnaval dá tão da ditadura de J.T. Vargas. E depois se transformou em uma coisa institucional, que agora todo o governo tem que dar bilhões para a festa do Carnaval. Até um ano chamaram aí o governador Gil, que eu não lembro quem era, que chamou o Franco Zephyrele para fazer a decoração do Carnaval, que ele chamamos o senhor José Firele. Então, é sempre um montão de dinheiro que vai nessa procaria. Então, é uma atitude de engenharia social, evidentemente, iniciada pelo J.T. Vargas. J.T. Vargas fez duas coisas. Primeiro, ele nomeou a cultura carioca como sua escultura nacional, o que já é um absurdo. Então, o samba, como a quinta essência da música nacional, falava mesmo do J.T. Vargas, o samba é uma coisa tardia na nossa evolução. Existem milhares de outros gêneros. Ainda me lembro aquela primeira bilhóda de coleção feita pelo Marcos Pereira, que era um publicistário dos anos 60 e 70, e que percorreu o Brasil intergravando as músicas locais. E você vê aquela uma multidão de gêneros, de ritmos diferentes, uma coisa de uma riqueza assombrosa. E tudo isso desaparece para intronizar o samba. Isso foi a ideia do governo J.T. Vargas. Então, você tem uma espécie de povo honorário, um povo simbólico que deve representar o Brasil no estereótipo, que é aquela baiana com abacaxi na cabeça, tipo, mas não tipo, cavo mirando. Então, isso passa a ser o símbolo da nacionalidade. Até teve um cara no presidente do Banco Mundial, que teve aí o Canaval, e ele viu aqueles desfiles lá, ele disse, olha, lá na Txaco Lová, que eles inventaram socialismo com o rosto humano, aqui inventaram capitalismo com bunda humana. É verdade. Então, vira, esse negócio de bunda, por exemplo, eu não sei se existia ainda, mas existiu, durante algum tempo, uma revista de grande sucesso chamado Preferência Nacional. Era uma revista só de bundas. De, opa, isso é altamente significativo, né? Então, tudo isso aí, é claro, é o povo honorário, é o povo simbólico, e esse pessoal está representando, então, esse povo simbólico acredita que é o povo real. Essa inversão chega no auge, quando diz aqui, após o golpe, a burguesia tem levado o país a uma situação política cada vez mais instável. E, bom, eu não sei exatamente o que eles são de burguesia, mas acho que são eles mesmos, porque os partidos de esquerda continuam fazendo o que querem aí, né? Mas, o mais bonito é isso, como consequência, a extrema direita tem sido, cada vez mais impulsionada pelo imperialismo. Peraí, quando vocês falam de extrema direita, eles estão querendo dizer o que é o Bolsonaro, né? É o Bolsonaro que tem sido impulsionado pelo imperialismo. É o Bolsonaro que é promovido pela Rede Globo, ou é a política diversitária, a esquerda que é promovida. É o Bolsonaro que é financiado pelo Jorge Soros, pela Fundação Ford, pela Fundação Rockefeller, pela Fundação MacArthur, pelo Zuckerberger, pela Apple, é ele? Então, é exatamente o contrário. Quer dizer, todo o capitalismo internacional está financiando a esquerda nesses países para impulsionar a política diversitária. Agora, como é que o Soledor não sabe disso? Se você procurasse em Campanha do Bolsonaro, eu duvido ter um dólar estrangeiro na Campanha do Bolsonaro, não tem nada, 0000, mas dele pela primeira vez teve aqui falando aí, numa conferência, e eu não vi nenhum grande apoio ao Bolsonaro surgido, sobretudo, entre os grandes capitalistas, quer dizer, como é possível o sujeito, não saber que a corrente que ele personifica é impulsionada pelo grande capital estrangeiro e que a outra não tem nada a ver com isso. Como é possível chegar a este ponto de inconsciência, gente? Isso é muito mais grave do que as coisas que ele está dizendo aqui. Ah, ele está contando o filme Jardim das Aflitos, ele falou que isso não é nada, comparado com este fenômeno. Mesmo que eles matassem os produtores e diretores do filme, o que eles fizeram é tudo isso, isso seria menos grave a longo prazo do que esta inversão de percepção. Porque isso aqui mostra que já chegou a um ponto, você dá psicose mesmo, eles estão num mundo da lua, quanto mais loucos, mais furiosos evidentemente. Então, quer dizer, quanto mais eles se desligam da corrente popular, quanto mais se desligam da sociedade que estão, quanto mais, quer dizer, se encastelam num mundinho universitário, onde eles só falam para eles mesmos, mais violentos eles se tornam. Mas nem mesmo a medida em que se tornam violentos, eles se sentem vítimas da violência. Porque veram o que eles dizem aqui? Os estudantes tiveram condições de quando provocados pela extrema-direita reagir a altura e expulsar toda a milícia fascista. Ele vai dizer, não for... O que é que foi a milícia fascista que invadiu isso aí? Ou foram vocês que invadiu? Se você fala em milícia fascista, você vai pensar naturalmente nos skinheads e neonazistas, etc. E aqui tem uma coisa altamente significativa. Espomos que por trás de jardim das afrições é uma legião de neonazistas skinheads e fascistas. Por trás. Isso quer dizer que há um grupo neonazista skinhead e fascista que tramou a coisa toda e usou o José Esteófilo, o Mateus Basso e tal como porta-vozes. Nós fizemos o filme em obedecer a este grupo que está por trás de nós. Eu sei o seguinte, que até agora dizem que apareceu um skinhead que estava com o soco inglês, estava com o soco inglês na bolsa, não usou. Eles entraram lá na exibição do filme porque lutamos, a luta contra a ditadura militar, entrou as caras lá e empurraram umas cadeiras e umas pessoas. Você já viu usar o soco inglês para empurrar alguém? Ninguém foi nem sequer socado. Então, você verá, esse desejo encontrido e criar um mundo só de palavras para envolver as pessoas num sentimento grupal, termina nisso. Você consegue de fato envolver quem já está envolvido. As pessoas se convencem disso. E evidentemente, usar o filme de Jardim Jardim como pretexto para isso é fácil pelo seguinte, porque nenhum deles vê o filme, está certo? Eles não sabem nada do que está lá e muito menos sabem coisa nenhuma a respeito do que eu penso a deixar de pensar. Então, por exemplo, acreditar que eu represento a extrema-direita, eu digo, eu não leram o que a extrema-direita diz a meu respeito. Hoje mesmo eu comentei isso, quer dizer, se a esquerda se limita, a repetir esses eslogas que estão totalmente deslocados, quer dizer, dentro de um contexto de esquerda multiculturalista, eles ainda estão usando a linguagem do velho esquerda anti-imperialista. Quando eu falo aqui que o imperialismo está fomentando a extrema-direita, eu digo, bom, claro, existe alguma extrema-direita, o Bolsonaro não estava lá, não é extrema-direita de maneira alguma. Mas essa extrema-direita que existe no Brasil é assim, é um bando de camaradas totalmente desamparados, malucos de arrabal de bairro, gente com pouquíssima cultura, e que se integra num grupo desse de careca, de skinheads, pode adquirir uma identidade, assim como outro se integra na esquerda. Então, se você for ver qual é o discurso skinhead, eu digo, bom, é aquela vela pataquada anti-semita, este mesmo pessoal, por exemplo, a ponte de semento, eu digo, você não tem visto o que esse pessoal escreve a meu respeito. O um escreveu o seguinte, o Lávio Escarvalho, ele sabia que aquele sujeito que estava pelado lá no museu, que foi bulinado pela menina, era judeu, e ele escondeu este negócio, porque ele é agente sionista. Ele disse, como é que eu vou saber que o cara judeu ou não, eu vou lá examinar o peru dele para saber se está se coincidado ou não, e quem tem interesse, fala, examinar, eu não, pô. Quer dizer, eu escondi este negócio, o Jabá me passou pela cabeça, né? Uma coisa dessa, mas, se você diz isso, há sério, há sério. E também, existe uma direita católica, que foi muito importante na França no começo do século, que eram os caras que estavam contra o capitão Dreffy, eles eram todos assim, ultrasonários, anti-semitas, violentos, e no meio deles, alguns autores brilhantes, como Eduardo Romão, por exemplo, escreveu dois livros anti-semitas absolutamente alucinados, mas você vê que tem talento, ele não é uma besta quadrada. E que depois, o Jorge Bernanoss, que é um tremendo escritor, escreveu uma defesa do Eduardo Romão, também havia Charles Morasse, Charles Morasse pregava um anti-semitismo não racial, era um anti-semitismo político, de fundamento racial, isso aí é coisa de nazista, e tal, nós somos contos, ele era um patriota francês, visceralmente anti-nazista, e anti-semita também, isso vinha da primeira guerra, onde o que circulava na França era a ideia de que os judeus, residentes da França, eram agentes da Alemanha, veram que coisa? E depois, quando eles começam a se perseguir na própria Alemanha, bom, aí cria uma confusão mental que só podia desmoralizar a direita, evidentemente, como ela de fato se desmoralizou. O que existe no Brasil de extrema direita é um efeito remotíssimo disso aí, que é a coisa que vem desta fonte e acaba passando por mil simplificações e degradações e vira lá um skinhead, um barro de vilainho-cunhé. E isso aí é o que existe da extrema direita no Brasil. Ora, esse pessoal assim pode ter lido uma outra coisa minha, e na hora que eu desço o cacete na esquerda, eles concordam evidentemente. E as coisas que eu falei da esquerda são particularmente dolorosas para a esquerda, porque eu peguei muito bem a psicologia deles, eu conheço, então eu digo coisas que em geral os direitistas não dizem. Eu os analiso muito do ponto de vista psicológico, coisa que, se você vê as coisas que a direita brasileira, o Roberto Campos, o Zé Guilherme Merculio, escreveu a respeito comparado com esses são superficiales, são até agrados. Então, como eu disse umas coisas bastante sádicas a respeito deles, é claro que o sujeito que eu dei à esquerda vai ler aquilo, fica entusiasmado e vai ser repetindo, mas ele não lê o resto do que escreve. O último verniz do eleitor que é extremo direito a receber no Brasil foi o próprio Eurasianismo, que o senhor mandou de frente. Ah, sim, sim, sim. É, exatamente. A direita recebeu, como eu disse aqui, um estímulo muito grande da política eurasiana. E daí aparece um sujeito que se acha um intelectual, ele escreveu, não, esse olavo aí ele não sabe nada do que é Eurasianismo, ele acha que Eurasianismo é Comunismo, e o Eurasianismo surgiu na Rússia no começo do século, e era ligado a Pelo Nacionalismo Russo, o Patriotismo Russo, ele não sabe nada disso aí, né? Ele dizia, de fato, o Eurasianismo apareceu, e sobretudo com esse nome apareceu ali, vai ser... E o Eurasianismo, que eu estou discutindo, já não é este, é uma versão muito trabalhada, muito posterior, que surge, vamos dizer, após o chamado Nacional Bolshevismo. Primeiro etapa da transformação do Nacional Bolshevismo, criado pelo Alexandre Duguin, pareceria com o Eduardo Limonov. E a ideia do Nacional Bolshevismo era juntar tudo o que pode ser anti-occidental e anti-americano, tudo, de todas as fontes ideologicas, então eles fundem marxismo, com nazismo, com fascismo, com o tradicionalismo do Genoid, o Évola, e fazem lá uma amálgama. Eles não poderiam ter feito isso no começo do século, porque isso aí só se disseminou a partir dos anos 40. Então quer dizer, a palavra Eurasianismo é a mesma, mas o fenômeno nacionalista russo do começo do século é uma coisa, o Eurasianismo do Duguin é outra. E outra coisa, é claro que eu nunca disse que o Eurasianismo é comunismo, porque eu já comecei até o título que eu botei, que era o Bolshevismo de Direita e o Conservadorismo de Esquerda, o tradicionalismo de Esquerda, é claro que é um fenômeno totalmente diferente do comunismo, eu disse isso várias vezes, mas é claro que o sujeito que diz isso, que pretende ser um intelectual, ele não lê o sequer o meu debate com o Duguin, ele não sabe, é tudo orelhada. Isso é um fenômeno extraordinário, eu vi o que eu passei a minha vida, tem pessoas que olham assim superficialmente a minha vida, e dizem que ele aderiu a isso, depois ele aderiu aquilo, depois ele aderiu aquilo, aquilo, outro. Claro, primeiro lugar, pessoas que na juventude aderem a uma crença qualquer político ou religioso, que elas mal conhecem e passam o resto da vida repetindo aquilo, não podem entender o que é o trajeto intelectual, o trajeto de um intelectual, feito realmente buscando a verdade, não podem entender isso aí. Olha, eu nunca diria coisa nenhuma, o máximo que eu concedi a todas as organizações e facções que eu frequentei, foi uma suspension of disbelief, a suspensão da descrença, então eu coloco entre parênteses qual que era a objeção e se digo, bom, eu vou aceitar isso aí como se fosse verdade, eu vou com toda a sinceridade me abrir a essa influência, me abrir não quer dizer que eu vou me transformar nela, quer dizer, eu estou agindo um pouco ao contrário do negócio, quando o coelho come a alface é o face que vira o coelho, o meu coelho que vira o face, eu sou alface que vira o coelho, quer dizer, eu me deixo envolver para essas coisas sem deixar que ela me assimile, eu assimilo sem que ela me assimile, e quando eu vejo que aquilo chegou ao limite do que poderia dar, ou seja, aquele ponto em que os princípios fundamentais do negócio se revelam alto, contraditórios, então considero aquilo superado e busco um quadro de referências mais, mas foi isso que eu fiz na minha vida inteira e esse é o único modo de aprender, você vai ver que os estudiosos, por exemplo, os reis de Félix, foram comparados, todos eles passaram por várias, não quer dizer que, ah, eu me converti ao budismo, agora eu me converti ao protestantismo, agora eu me converti, eu não sei o que, isso é uma palhaçada, isso é uma pessoa, quer dizer, essa coisa de conversão é uma coisa de gente de muito baixo nível, meu Deus do céu, para quem está em péado, sério, a mesma coisa, não existe isso aí, existe o plano da experiência espiritual, onde você é admitindo que uma outra tradição qualquer pode ter alguma requeza, lá você se abre aquilo e vivencia com toda a sinceridade, sem permitir que aquilo tingula, é uma coisa muito simples, se eu não tivesse feito isso, eu não poderia ter passado por toda essa série de, digamos assim, metamorfosas, tá certo, que só com o mino, eu só considero isso um período encerrado, a partir dos, na verdade, 43, 45 anos por aí, eu falo, ah, acabou, já aprendi o que tem que aprender, então agora eu vou dizer o que eu mesmo penso, começar a explicar na vida do possível, tirar as consequências de toda essa série de experiências, e tentar fechar um esquema mais ou menos coerente, sem a tentativa de criar um sistema filosófico fechado, mas algumas conclusões gerais, que é exatamente o que eu tenho feito, e foi a partir daí, só a partir daí que eu comecei a falar para um público maior, antes era só público pequeno, porque, justamente porque eu não tinha aderido profundamente a nenhuma dessas duas coisas, e não poderia ser porta-voz dela, né? Então mesmo pessoas que têm uma certa boa vontade com relação a mim, mesmo elas não entendem esse ponto, porque, sempre bem, não tem essa experiência, né? Então, se você... No Brasil, o anzeu normal é realmente suscritadirir algo na juventude, e permanecer dentro daquilo, por falta de imaginação, por falta de capacidade, etc., etc., então, para ele é normal. Então, pessoas que falam, não, esse sujeito, ele veio mudando de religião, e eu falei, nunca mudei de religião, meu Deus do céu. A ideia, por exemplo, de que, nosso Senhor Jesus Cristo é Deus encarnado, é o logo do Encarnado, essa ideia nunca me saiu da cabeça, eu sempre acreditei nela, acreditei até o dia que eu acredito, e isso, materialmente, que é uma coisa que a pessoa não faz, era acreditar espiritualmente, tá, senhor? Então, por exemplo, os Pernos Jesus Cristo, como fulgúr, um ciente espiritual, eu falei, não, Jesus Cristo está vivo materialmente, materialmente, corpo sangue, meu Deus do céu. Onde ele está, eu falei, não sei, mas ele está por aí. Então, eu toquei de vez em quando, aparece para um para o outro, aparece, fala, age. Então, aliás, esse é um outro tópico muito interessante, porque pessoas de mentalidade platônica, às vezes, se revoltam contra o Aristóteles, porque dizem que o Aristóteles materializou tudo, tá certo? Mas, você vê, no mundo, eu estou colocando entre parentes uma ideia que eu vou explicar mais tarde, só uma breve interrupção. Platão percebeu com razão, tem a dizer que por trás do mundo da geração e da corrupção, que é o mundo natural, o mundo de espaço e o tempo, existia um outro mundo de realidades mais permanentes. E ele chamou essas realidades de formas ou de ideias, tendo ideias, tendo concebendo como coisas fixas e imutáveis, tá certo? E Aristóteles percebeu uma coisa absolutamente fundamental, por isso, na verdade, eu considero a Aristóteles ter superado a Platão nesse aspecto. Ele percebeu que formas imutáveis não poderiam gerar nada, sobretudo, não poderiam gerar um mundo mutável. Eles, bom, de fato, existem essas formas, mas elas não poderiam... só o que pode gerar algo é o que tem vida. E a vida, em primeiro lugar, é movimento. Em segundo lugar, é ação. Quer dizer, a ação já subentende, quando é um movimento mais profundo, né? Uma ação é algo que se prolonga no tempo, tá certo? E da qual o movimento é uma expressão mais ou menos externa. Então ele diz, as formas não podem ser meras ideias ou esquemas geométricas, como conviu Platão, elas têm que ser almas viventes, hein? Almas espíritus viventes. Ele diz que isso é o óbvio do óbvio, ele diz que isso aí transcende Platão infinitamente. Agora, os Platônicos odeiam isso aí. Se você ver, por exemplo, o falecido Mar Vierde Mer, é um platônico, ou o Mar Verdu Sants também, são platônicos, né? E eles, a não Aristóteles, tragou tudo, né? No mundo protestante, tem o Hermann D'Hoyh-Werld, ele diz, Aristóteles e os escolas que estragaram tudo, baixaram o nível do negócio, tá? Diz, ó... Tenha que saber, quando vê a revelação cristiana, ela vê sobre forma do quê? Ela vê sobre forma de ideia, sobre forma de palavra, sobre forma de entidade, geométrica, e eu veio como uma pessoa viva, de carne e osso, meu Deus do céu, hein? Então, isso aí, pra mim, já diz tudo. Eu disse, ah, se é, tem o texto revelado, tem o bom, o texto revelado, ele anuncia, ou relata o que aconteceu, eu não posso fazer mais nada. Agora, uma coisa é o verbo escrito, outra coisa é o verbo encarnado, que é a pessoa, o nosso senhor Erquido. E, o nosso senhor Erquido diz o quê? Eu sou a verdade, hein? Eu quer dizer, pessoa de carne e osso, hein? Não, ele não disse, isso é verdade, essas afirmações são a verdade. Então, eu, até hoje, eu não acredito de jeito nenhum que seja possível dizer a verdade, ou seja, você contextou uma afirmação, você abrangeira a verdade, isso não é possível. Nós só entendemos o que as pessoas dizem, entendemos o texto, entendemos conversas, etc. Porque estamos num mundo, num mundo real de espaço, tempo e de eternidade, hein? Nós entendemos este mundo, e a linguagem nos faz refletir sobre ele. Quer dizer, quando você fala para as pessoas, você está lembrando para elas alguma coisa que elas já sabem, ou que elas podem recuperar de alguma maneira. Então, a linguagem apenas costura um pedacinho com o outro, ela não visa, ela não é uma rede que abrange o mundo e vai contê-lo, isso é impossível. Ela não precisa ser isto, tá certo? Portanto, eu vou poder dizer, a verdade nunca está na linguagem, ela está na realidade, é que a linguagem se refere. Se você não conhece esta realidade, não adianta você falar de dizer... Isto é uma experiência comum da humanidade. As pessoas que não conhecem o de que você está falando e que recebem apenas as palavras que você está dizendo, elas vão ter que dar algum jeito de ter acesso àquela realidade. Se você fala de elefante para que nunca viu, não sabe qual é elefante, não quer dizer nada. Então, você vai ter que mostrar a fotografia de elefante, mostrar um elefante, alguma coisa na realidade, e se você não sabe a palavra, ainda assim você pode se comunicar diretamente através da realidade. Se você chega num país estrangeiro, você quer comprar salsicha, você não sabe como fala salsicha naquela língua, você mostra quanto custa isto. Ou seja, a realidade é um suporte, a realidade é o mediador de toda a linguagem. Não é a linguagem que é o mediador, meu Deus do céu. Você quer dizer, toda tradição linguística moderna é um mundo de aberrações. Na hora que consegue, por exemplo, que a língua é um sistema, eu digo, nenhuma língua é um sistema, meu Deus do céu. Ela está o tempo todo sendo alterada, mudando, mudando... As mudanças da língua no Brasil são uma coisa sombrosa. Então, ela é um sistema do ponto de vista do lingüista, que não pode aprendê-la, na dinâmica das suas transformações, só pode aprendê-la como um sistema. Assim como se eu sou um pintor, eu só vou poder pintar um sujeito parado, o que não quer dizer que ele esteja parado. Então, você pega um retrato, esse retrato tem a cara do fulano, a cara do fulano, se eles estivessem parados. Não é assim? Eu aprendi desenho, estudei na escola para a América de antes, botava lá uma mulher apelada na frente, a mulher ficava parada lá três horas, coitadinha, não é? Ela não era assim, ficou parada para nós. Então, a língua se torna um sistema do ponto de vista do lingüista, e que quer descrever-la cientificamente? Tendo que dá, quando tem sempre um desconto que chama sincronia e diacronia, a diacronia você não aprende, ela está acontecendo agora mesmo, é de assustação dos estados da língua, você não pode aprender. Então, toda língua incompleta, nenhuma língua chega a ser um sistema, embora tenda, e procure, perseverar na sua forma, como você fosse um sistema. Isso, então, as pessoas deformam a língua, daí vem o gramático, o conselho, botam de novo na forma, então, a língua como o sistema existe para os lingüistas e para os gramáticos. Na nossa língua, bom, nós inventamos palavras, toda criança inventa palavras, tem um vocabulário próprio, deforma completamente a língua, para adequar as suas possibilidades, então, a atenção obsessiva que se deu a linguagem, no século 20, foi uma das maiores deformidades mentais de todo o mundo, porque se você fala da língua, você abola a presença do real, eu não entendo que a língua é uma coisa que está acontecendo dentro do real, então você vai esperar demais da língua, e ela não vai até atender. Então, você vai chegar naquele ponto do, eu citei outro dia num post, Fritz Mouther, que foi o antecessor do Vitgenstein, do próprio Vitgenstein, está certo, que confessa, vamos dizer, a impotência da língua, mas ele confessa a hipotência da língua, porque ele tinha participado do projeto, da língua científica abrangente, junto com o Brasov, e falhou, ele viu que não é possível isso, que é uma correspondência total entre a língua e a realidade, é impossível, é claro que é possível, a língua é incomerir a realidade, está certo, e, o fracasso da língua, nesse sentido, não é um fracasso, na natureza dela, ela é um elemento da realidade, assim como, por exemplo, se você vai na missa, a liturgia da palavra é uma parte da missa, a combinação da missa é o carestia, que não é falada, é comida e bebida, meu Deus do céu, então, o que que Cristo falou? O que que ele disse? Fazer isto, e memória de mim, o que é isso? Ele partiu o pão, deu o vinho, é uma coisa, é um ato físico, meu Deus do céu, ele não disse, repetam estas palavras, em memória de mim, eles façam isto, façam, então, quer dizer que a liturgia da palavra só faz sentido em função da transformação efetiva do fiel, em Cristo, através da transformação efetiva da óstia e do vinho, em Cristo, então, é um processo físico, real, que se dá no espaço o tempo, meu Deus do céu, e esta foi a grande descoberta de Aristóteles, que eu acho que ele não recebeu a devida honra, por isso, até hoje, porque Platão tem aqueles arrebatamentos poéticos, aquela coisa mítica, tal, para isso ficar muito impressionado, e acho que depois de que o Aristóteles estornou tudo o treco prozáico, e prozáico, uma pinóia, o homem estava ali, entendendo já antecipadamente o mistério do Logo Zincarnado, que Platão, só tinha entrevisto, sobre forma metafórica, bom, então, voltando aqui ao negócio, eu ia falar dos meninos da Paraíba, e eu estou aqui terminando com Aristóteles e Platão, e... Outra coisa, vou se ver, a primeira vez que tentaram exibir esse subfilme, da onde eles tinham a ideia que é um subfilme, foi muito ruim assim, é isso, tudo quanto é intelectual, de primeiro plano, eu acho que o filme é uma maravilha, daí vem um carinha lá da... Vila em Ocunhaire, e dizia um subfilme, quer dizer, essa afetação de superioridade, é uma coisa assim, tão, obviamente, o sintoma de complexo de inferioridade, a compensação, de complexo de inferioridade, que dá até pena, porra, quer dizer, essa é o canela do interior da Paraíba, né, todo ferrado, sem manalfabeto, julgando tudo de cima, é uma coisa impressionante, é... foi uma universidade federal de Pernambuco, naquela ocasião, o comitê de luta contra o golpe, não é o melhor organizador, evento denominado, sim de debate, a baixa ditadura militar, de modo a mobilizar todos os estudantes, de militar, contra ditadura militar. Ele falou, como se pode lutar com uma ditadura que acabou mais de 40 anos atrás? O que que é isso? Eles estão lutando contra o risco futuro de uma ditadura militar, ou contra a velha ditadura militar? O risco futuro, não me parece iminente, porque todos os militares falam contra isso, você não vê o menor sinal de mobilização militar, uma coisa única, só quem está se mobilizando militarmente é o MSD, então, de novo, você está confundindo um símbolo histórico do passado como uma situação do presente e do futuro imediato. Então quer dizer, a inversão do tempo aí se transforma, uma inversão material, não é uma inversão ideal, ideológica, como a das relações do futuro hipotético e a interpretação do passado, como tem o Revolucionário, não, esta inversão que é de tipo, quase metafísico, se transformou numa inversão física do tempo, e é claro que isso aqui se reflete o estado de coisas na cabeça da esquerda nacional, reflete-se de modo a sociedade inteira e não há motivo para que pessoas que participam de outras ideologias ou correntes, escapem disso. Ao contrário, eu vejo isso sobretudo, vamos dizer, nos meus chamados, nos meus detratores de extrema direita, como o Gênero Cristal dos Viadascos, como eu chamo, Caio Rossi e outros de este, ou Júlio Sonsero e outros, todos eles participam, quer dizer, eles dizem coisas que estão tão, tão, tão fora da realidade e na qual eles parecem acreditar mesmo que, quando imediatamente desmentido pelos fatos isso não os desencoraja de maneira boa, parece que os estimula. Você veja em 2014 o pessoal dos Viadascos disse que eu tinha roubado dinheiro da livraria Zipac, onde eu tinha dois sócios, e eu e o Luiz Peligrini, portanto eu roubei dinheiro do meu sócio. Bom, eu tive que contar o próprio Luiz Peligrini, o Peligrini roubei você. Ele disse, não, não estou sabendo de nada. Quer dizer, a própria vítima vai desmentir, depois tem um negócio de que eu ameaçai meus filhos a maior mar, daí aparecem meus filhos, não me assou nem com chinelo. Não existe desmoralização maior do que essa. Mas isso aí, encoraja os caras. Isso quer dizer que a ruptura com a realidade, se transformando em um fés de compromisso sagrado, eles vão ter que continuar chutando, chutando, chutando, chutando, chutando. E o fato de que toda essa contrapropaganda esteja aumentando o número dos meus seguidores no Facebook, tá certo? Aumentando a mulher assim, era na base de 200 por dia. Isso também não os desencoraja. Quer dizer, se você perguntar, qual é o objetivo? O objetivo estratégico não tem nenhum. É simples a expressão do ódio, eu digo, sempre o cara que tem ódio alguém, ele quer fazer algo com o outro. De onde é que ele está querendo enxergar? É diminuir a minha popularidade? Não, ao contrário. Porque eu não sou deputado, sou senador, não sou governador. Se eu fosse candidato a cara do eletivo, estaria liquidado, acabou com a minha reputação, descobri que o cara tem um mamante, acabou a vida dele, que nem quisero fazer com, sei lá, Marco Feliciano, aquela menina lele, lele da cuca. Ah, ele deu um amaço, né? Ponto, acabou a carreira do cara, né? Na verdade, era tudo falso. E ele se saiu bonito. Mas, muitos caras, aqui tem o famoso governador, governador da onde? Da Luiziana? Governador Nova York. Pegaram o cara com uma prostituta no hotel, uma vez pronto, acabou a carreira dele. Eu, eu sou um escritor, meu Deus, se eu for pelo com 500 prostitutas em 500 hotéis, não vai fazer a menor diferença. Porque o pessoal não está a fim de me eleger, presidente, está a fim de ler meus livros, poa. É? Veja, quantos escritores criminosos não fizeram carreiras brilhantes, né? Jean Genet, Jean Genet, né? Todo mundo sabia, ele é a proxeneta, assassino, ladrão, etc., etc., ele exibia isso. E quanto mais exibia, mais livre dia. Aqui, vocês não devem lembrar, mas teve nos anos 60, gente chamando Carol Chesman, que estava para ser condenado a morte. E... também por um estupo, seguido de imensido, uma coisa assim. E ele escreveu uma série de livros muito bem escrito, que fizeram sucesso medonho. Só para o senhor se fazer sucesso quando executar, o cara fala, agora acabou, não tem mais nada, não adanta mais ler os livros dele. Mas... um escritor não pode ser de... ter o seu público diminuído por uma coisa dessa. É isso. Então, nesse sentido não funciona, mas tem um outro sentido em que funciona, e que essa é a esperança deles. Atacado por mil lados, sem condição de se defender, porque materialmente é impossível, você não pode abarcar tudo isso. Então, você já não é de só isso, é reagem para dentro, você fica alimentando, desejos de vingança, etc. E isso aí vai provocar uma citomatologia neuropsychológica muito grave, que é descrita pelos debro becânano, o famoso neuropsychiatra, né? Que resultará na síndrome que o Claude Levis Trosse depois chamou de Morte por Efeitiçamento. Quer dizer, esse acúmulo, vamos dizer de ódio voltado para dentro, né? Acaba liquidando a microcirculação do sujeito, ele tem a falência geral dos órnãos, e quando ele mora vocês fazem uma... fazem uma... uma autópcia, e não tem nenhum órgão lesado. Todos os órgãos estão inteiros, só que eles são muito importantes. Então, isso aí é o quê? Uma tentativa de homicídio por efeitiçamento. Esse é o único objetivo para ter. Nós queremos matar esse cara. Quando você já não fala, precisa matar o lá de caramba, você vai falar, não, não podemos resolver esse problema com uma bala. Então, esse objetivo é um ódio assassino no fim das contas. Graças a Deus, tem sido impotente. Eu também não fico alimentando esse ódio, etc. É... por efeitiçamento. Mas esse é o único objetivo real que a coisa pode ter. É isso. Acabar com minha carreira política, bom, não existe. Tomar meu emprego, eu não tenho emprego nenhum. Me queimar com meu patrão, falar num tempo patrão. Então, não há mais nada aqui que posso fazer. Vai me denunciar para a minha mulher e ela me conhece, ela sabe cada coisa de mim que pelo amor de Deus. Então, né? Então, nada disso vai funcionar, só vai funcionar no sentido da morte por efeitiçamento. Na verdade, os caras sonham com isso. Eles querem isso, desejam intensamente isso. Então, é que não é que... Tomar que morra, tomar que morra, tomar que morra. Eu lamento, meu filho, você vai morrer de mim. Então, tudo isso é uma explosão e irracional... não só de irracionalidade, porque o jeito irracional pode ainda ser inteligente, mas é de falta de inteligência mesmo elementar. E... É por isso mesmo que eu não acredite nenhuma proposta política para o Brasil. Não há proposta política que você possa subscrever e ter nela alguma esperança. Isso é absolutamente ridículo. A única coisa que nós podemos... que se pode fazer para o Brasil, é o que nós estamos fazendo aqui. Tentar restaurar a inteligência, a condição de um diálogo com o efetivo, a interpenetração das consciências. Porque, evidentemente, hoje em dia você não tem nem linguagem para isso. Nós estamos em uma versão linguagem aqui. Você vê que o que os meus alunos escrevem. Então, faz sentido, eles podem dialogar uns com os outros, quando eles divergem, você sabe aonde estão divergindo e por quê. Mas se você plantar, esses caras aqui estão divergindo do quê? Não dá para saber. Eles estão divergindo deles mesmo, na fina das contas. Se você denuncia o imperialismo que está financiando a extrema direita, falar em final de imperialismo, está financiando vocês. Ver, aonde que entrou o banco Santander foi para o financiar a extrema direita? Onde entrou o banco e tal? Foi para o financiar a extrema direita? Ou para financiar esta política de versãoista e diversitária e multiculturalista etc. Claro, evidentemente, o capital internacional está maciçamente financiando a esquerda e não a direita nenhuma. O... Como é possível um indivíduo não saber quais são as bases econômicas da sua própria existência? Ele não sabe da onde saiu o dinheiro dele. É? Bom, então, todas essas coisas, evidentemente, elas vão passar. Elas, o único efeito que elas poderiam ter, um efeito psicológico em cima de mim, para acabar com a minha vida, mas não teve, então não vai ter mais efeito nenhum. Tá certo? O que não as ruste fica, evidentemente. O crime continua existindo. Inclusive, vão dizer, com a formação de quadrilha, pois os caras se associam para fazer isso. Evidentemente, eu não tenho condição de reagir um por um, para processar todo, para fazer um processo todo. Para pagar advogado. Uma vez com um processo, eu já quase fui a falência. Eu disse, olha, meu filho, eu tenho, eu tenho mulher, filhos e um advogado para se tentar. Isso custa caro. Então, ter uma reação a altura, com abrangentes, nunca será possível. Tá certo? E eu acho que o máximo que eu posso fazer é me manter, tentar me manter imune a essa operação sádica para caramba, assassina, na verdade. E esperar que o tempo vá corrigindo algumas coisas. Claro que de vez em quando a gente tem que reagir contra um, contra o outro. Principalmente os que não são mais importantes, que tem mais um público, que não é o caso da maioria desses. Você não pensa que tem três leitores. Mas, quando aparece um cara tipo arruinal da ZV, do Flávia da Vara, oh, pera aí, aí é uma revista de grande circulação, nós temos que reagir. E é bom, esta é a análise que eu prometi, ela está aí feita. Espero que isso sirva de estímulo para vocês, para vocês continuarem estudando e desenvolver isso, tomando posse da sua inteligência. E vão dizer, isso era o sonho da minha vida, fazer com que as pessoas percebam que elas têm uma inteligência capaz de conhecer a realidade. Tomem posse disso e exerçam isso. É até a única esperança do Brasil. O resto é tudo com o verso amor. Planos econômicos, projeto e braço, tudo com o verso amor. Isso vai acontecer. E, mais ainda, nós ainda não estamos na etapa de fazer planos para o Brasil. Se você pegar todos os meus alunos, as pessoas mais sérias que estão aqui, elas sabem que nós estamos, vamos dizer, numa fase diagnóstica, ainda muito primitiva, muito rudimentar. Tô tentando entender o que acontece. E é por aí mesmo que nós temos que continuar. Tá? Então, uma pausa aí que a pouco a gente vem que eu as pergunto. Vamos lá. Aqui, o Leonardo e o Kio, afuso pergunta, se a tragédia destruição da inteligência brasileira com a queda do Caí, queimério. Está para além das questões ideológicas, como encaixamos isso com a estratégia da revolução gramaxiana? Bom, é muito simples. Esse fenômeno já vinha. O Brasil nunca foi uma sociedade intelectualmente muito forte. Ao contrário, nós observamos aí desde o século 19, desde o tempo do Brasil Colônia, na verdade, um certo preconceito anticoenhecimento. Portanto, já tinha essa fragilidade. Mas a adoção dessa estratégia sem fianas acabou de perfezar esse processo. Quer dizer, consolidou a destruição da inteligência na medida em que instrumentalizou todos os órgãos de cultura e todos o sistema educacional, em favor de, vamos dizer, de slogans e palavras de ordem de uma estupidez fantástica. Então, essa instrumentalização fez com que a própria, a simples propaganda partidária se tornasse o nome da cultura pior. Isso aconteceu em uma época em que a própria esquerda estava incerta, estava em transformação entre a antiga ideologia comunista, ou seja, terceiro mundista já, quer dizer, não ideologia comunista original, mas ideologia comunista já terceiro mundista já pós-pós guerra e a ideologia diversitária. E tanto que, até hoje eu não conheço um esquerdista que tenha percebido que a ideologia diversitária favorece o poder dos grandes grupos econômicos relacionados, nenhum percebeu e é a coisa mais óbvia do mundo, porque não é possível que toda essa gente, todos esses mega-billionários, estejam dando dinheiro contra si mesmos. Realmente, não é possível. Depois eu já expliquei o seguinte, se você abole todos os valores, todos os critérios todos os todos os códigos morais e até linguísticos, o que que sobra? Qual é o princípio de ordem que sobra na sociedade? Sobra somente a economia. Então, a economia que já isso aí, desde o século XVI, ela tende a se tornar, vamos dizer, o centro vivo da sociedade e o critério único de todas as coisas aí esse processo se consuma. Sobra só a economia. A economia é o único princípio de racionalidade existente. Pior, na economia de uma época em que o trabalho humano pode facilmente ser substituído pela inteligência artificial, pelo robôs. Então, isso aí significa a consolidação de um poder econômico indestrutível. As pessoas não estão percebendo isso. Que daqui a pouco, grupos mega-billionários eles vão ter o poder total. A sociedade será uma função do desejo deles, do primeiramento deles. É para isso que a esquerda está trabalhando e ela não percebe. Quer dizer, nós hoje você tem, vamos dizer, você tem uma esquerda globalista versus uma direita nacionalista. Mas o que definiria essa direita não é ser somente nacionalista. É o desejo de impedir esse processo, de pelo menos desacelerá-lo, de algum modo. Então, a direita se transforma em uma força revolucionária, entre aspas, e a esquerda, na maior força proestablishment que já existiu na história do mundo. Isso é uma coisa fácil de você comprovar pelas próprias fontes de onde veio o dinheiro dessa gente todo. Caso renovado. Você sabe que eu falo sobre relação a pensamento de cante e direito. O cante é o originador de todo o positivismo jurídico. As próprias noções, vamos dizer, de justiça, de direito natural, etc. São todas abolidas, sobra somente o direito positivo. Quer dizer, você tem que raciocinar como se a norma votada pelo Parlamento fosse o único critério de julgamento universal. Então, mas aí todo o direito se transforma apenas num formalismo onde as decisões podem ser tomadas por computador. Isso é o cante que iniciou tudo isso. Bran dos Santos, parabéns, senhor. A gente já me sinto mais inteligente. Isso acontece mesmo, mesmo. As aulas estão cada vez melhores. Não se preocupe, o seu sr. vai durar pelo menos 50 anos. Tabaco é a segreda de longevidade. Deus abençoe o abraço pra você também. Luiz Fernando Moran, a ideologia de agenda pode ser classificada como uma forma de eugenia sem sombra de dúvida. Porque os originadores desse movimento e de vários outros similares estão todos preocupados com a sua população. Eu falei que há um consenso do pessoal do grupo Buildenberg, que a população mundial tem que ser reduzida para 500 milhões. Se você incentivar, então, homossexualismo, transexualismo, é um jeito de você se livrar das crianças. Mas, por outro lado, existe também, eu mesmo coloquei a notícia na minha parte do Facebook, a ideia de que, com o transplante de útero, os homens poderam ser mães. Claro que pera que se contentar com um parto cesário. É o que é perfeito no mundo. Mas todas essas coisas, elas vêm muito carregadas de contradições. A mente humana tende a buscar o que é o nívoco, que é simples, linear e, linearmente lógico. E isso, no mundo histórico, não existe, porque a mente humana funciona por contradições. Então, se a pessoa não é capaz de lidar com duas linhas de raciocínio opostas, pelo menos duas, ela não tem que entender nada. Isso já está desde o rei, e isso está a marquinha demonstrada. Quer dizer, na natureza você não pode observar contradições. A ideia de uma dialética da natureza é inteiramente absurda. A natureza não funciona dialéticamente, ela funciona matemáticamente. Isso é outra coisa. Mas, no plano histórico social, como a mente humana só funciona por oposições e por contrastes, então é claro que toda a ação humana aduza isso de algum modo. Toda ação tem dentro de si o seu próprio antagonismo. Então, se você não é capaz de observar coisas por dois lados contraditórios ao mesmo tempo e com igual credibilidade, você não vai entender coisas de cima nenhuma. Então, se você perguntar pra um como, foi possível. Agora, o pessoal da direita Chuka, imáiner, o comunismo quer a destruição da família. Digo, bom, isso estava no meio de Karl Marx. Porém, quando se constituem os partidos comunistas, eles favorecem, vamos dizer, um moralismo patriarcal feroz durante muitas décadas. E, quando aparece a ideologia diversitária, a parte do comunista estava contra, e a ideologia diversitária aparece como uma dissenção interna do movimento comunista. Então, levou algum tempo para que os vários partidos de esquerda assimilassem isso aí. No Brasil, esse processo de assimilação de passagem do antigo marxismo terceiro-mundista para a ideologia multicultural ainda está em processo. Eles não as absorveram totalmente. Você vê a mistura de discursos, por exemplo, da UFPE é característico. Então, eles acham, por exemplo, que se você reagir ao casamento gay, você é um fascista e você está sendo financiado pelo capital internacional. Quando, na verdade, o capital internacional está financiando o movimento gayista, feminista, etc. etc. Então, eles estão ainda usando o discurso antiimperialista, que era da época do Terceiro Mundino dentro de um quadro multiculturalista. Então, é uma confusão de épocas de linguário do que mostra que a ideologia multicultural não foi totalmente assimilada ainda. Você vê, aí nós temos pensando em candidatura presidencial. Se você pensar com os candidatos São Bolsonaro, Rondória e o Sir Gomes, você tem aí um cara da esquerda antiga, Terceiro Mundista, que assimila um pouco e mal a ideologia diversitária, ele não gosta muito. Você tem um homem da direita liberal Rondória, que é o Partidário do Multiculturalismo, é o Portavóio do Multiculturalismo no Brasil, e você tem um candidato nacionalista que é contra as duas anteriores. Isso é o que você tem. Então, quer dizer, só o que corresponde no momento aos intuitos da nova esquerda multicultural, é o candidato dito da direita que é o Rondório. Não é fácil entender essa situação, Gabriel Rebilo, vale a pena periatar no assunto do que nós fizemos pelo livro da Karen King, o que é nosso, não sei, eu não conheço esse livro, mas eu acho que os clássicos a respeito são os do Hans Jonas, do Helmut Liesegang, e do do Eric Vogelheim. Comece por ler Science, Politics e Nóstica, do Eric Vogelheim, é o que tem de melhor a respeito e ele tinde caras demais fontes. Ele mostra ali o seguinte que, no começo do século 19, houve interesse grande pelo fenômeno gnóstico, aparecendo vários livros importantes do alemão. E se ele for esquecido e sumido do panorama universitário, quando vieram as ideologias de massa, comunismo, nazismo, fascismo, etc, ninguém se lembrou de examiná-las pelo ponto de vista do gnosticismo, e por infunção disso, não entendiam o fenômeno, tentavam entendê-lo com figuras de linguagem, por exemplo, ah, são religiões de massa, etc, já não é bem isso, não são religiões, são gnosticismos de massa, essa é a realidade, as receitas gnósticas se transfiguraram em movimentos de massa entre o século 18 e 19, ah, e isso é fundamental para entendê-las e inclusive para poder enfrentá-las. Ninguém entendeu e a coisa então proliferou e o máximo que se conseguiu fazer foi jogar uma ideologia de massa contra outra na segunda guerra. Você está fazendo com que a derrota de uma delas se transformasse numa vitória espetacular da outra. Não esqueci que o Stalin, como vencedor da guerra, ele ocupa um terço, acaba de ocupar um terço da superfície terrestre então a metade de Europa, pra ele, quer dizer, foi exatamente como ele havia planejado nisso. Vários livros interessantíssimos a respeito do Hans Gjörg que é um historiador alemão mostrando como tudo isso foi planejado e o Stalin com antecedência e deu maravilhosamente certo ele só não previu que o Hitler ia mudar de ideia no meio do caminho e atacar o próprio neon soviético. Ele estava preparado pra ele atacar a Alemanha, não pra Alemanha atacá-lo. Ele estava com tropas já, toda a fronteira, tudo pronto pra atacar a Alemanha, mas só tinha armas de tipo ofensivo, pra armas táticas, não tinha armas estratégicas pra defesa da, por exemplo, de instalações industriais, essa coisa todo. E ele parou de parar tudo isso às prehas. Mas tirando esse capítulo toda a estratégia do Stalin acabou dando certo. Então o que que houve? Uma ideologia gnostica de massa, se sobrepôs a outra. Aqui. Aqui. Carlos, deixa o nome. Gostaram que os senhores discorreceram mais sobre a ponta entre o gnosticismo e o multiculturalismo? As duas vão dar a passar e ficaram claras, mas o que unem os dois temas? Bom, o elemento fundamental do gnosticismo não é uma doutrina, é um sentimento, uma experiência humana, que a experiência de você estar solto no universo hostil, feito por um deus maligno. Então você tem que se salvar a si mesmo de algum modo. Então você tem que remoldar a realidade a sua imagem e semelhança. Já está aí todo o multiculturalismo. Quer dizer, modificar até a natureza humana. Eles dizem que a natureza humana não existe, que ela é infinitamente plástica, você pode moldar do jeito que você quiser. Então esse negócio, prometeico de refazer o universo, a imagem e semelhança dos seus desejos. Então essa é a ponte entre o gnosticismo e o multiculturalismo. Eu pedi para o outro lado a dois níveis do multiculturalismo, porém meditado estratégico da massa dos idiotas úteis. Sim, mas é claro que a maioria dos intelectuais e formadores de opinião que estão promovendo são todos idiotas úteis. Os camaradas que entendem realmente que esse trata são muito poucos. Você vai ter que recuar há 40, 50 anos atrás e acompanhar debates entre intelectuais de maior porte como houve na França, você pode documentar isso aí nos Estados Unidos. Agora, se você pergunta assim, esse pessoal da direita que está reclamando contra isso, do quanto são capaz de ler um livro de Gorg Locage? Ou do Teodorador? Não são. Você acha que veram? Eu propostei muitas décadas para assimilar todas essas várias correntes. Não só lendo, mas conhecendo. Indo lá pessoalmente para verificar como são as coisas e processar isso muito lentamente. Agora se algum jeito ele ler dois livros durante o ano e não, então já sai dando palpite. Não é possível assimilar essa coisa com essa velocidade. Simples não dá para fazer isso. Então você vai ficar só na superfície, no jogo de aparencias. O que o pessoal todo está fazendo. E a situação é grave demais para a gente se permitir esse tipo de brincadeira. Então, eu estou transiting essas coisas, com a certeza de que não vou conseguir assimilar esse imediatamente. Você vê só o Marxismo, que eu falei, eu falei, aqui é meu artigo estudar, eu falei, aquele programa de estudos marxistas, há cinco anos. Pode ser feito em dois, se você for um artigo de gênio. Mas normalmente, há cinco anos. Agora, me diga um sujeito que se aprofundou no estudo marxismo e depois entrou, por exemplo, só no tradicionalismo, genoniano, evoliano, etc. Não tem um. O único, sou eu mesmo. Mas ninguém fez isso. Se o 80 é uma coisa dessa, ela ocupa a vida inteira. A cultura marxista é um negócio oceânico. Não acaba mais. Então se o 80 é naquilo, não consegue sair nunca mais. Agora, o mundo genoniano, genondo, é tão estranho isso. Que naturalmente, o marxista, quando vê isso, ele tende imediatamente a achar um rótulo qualquer que o poupede, tem que entender. Ah, esses caras eram a direita, eram conservadores, etc. Não é bem assim, porque nunca existiam bibliografia anti-occidental mais poderosa do que a destas, dos tradicionalistas. Então, tudo isso foi aproveitado pelo multiculturalismo. Então, você vê como os inventores do multiculturalismo são pessoas inteligentes, eles fizeram o mesmo trabalho que eu fiz. Só que, eles terminaram do outro lado. Então, eles, sem, por exemplo, sem genon, Jules Eveler e Heidegger, o anti-occidentalismo não teria funcionado. O marxismo jamais produziu um discurso anti-occidental tão poderoso quanto esse. Todo esse negócio, por exemplo, de culturas negras, etc. Só vê a tona por causa desta gente. Ah? A esquerda não tem nada a ver com isso, tudo veio do que algo que a esquerda chamaria de direito. Se você ler um livro como Oriente Ocidente, Doran Eguinon, que é um dos mais simples dele, você vai ver que o ódio anti-occidental ali antecipou coisa que a esquerda nem imaginava. A esquerda começou a pensar em... O primeiro cara na esquerda começou a pensar em anti-occidentalismo foi Gorgia Lukas. Nossa luta não é contra a burguesia, mas contra a civilização ocidental. Começou a pensar em 1920 e 1920. E só muito aos poucos as ideias dele foram tomando forma. Desembocando então na Escola de Frankfurt. Ora, as grandes contribuições das escolas de Frankfurt foram feitas nos Estados Unidos depois de 45. Enquanto isso, o Guénon já tinha feito um todo um... vamos dizer um programa anti-occidental absolutamente devastador. E foi isso que foi assimilado pela ideologia diversitária. Eu estou escrevendo sobre isso. Tá difícil de escrever aqui porque eu não tenho meus livros, tenho que fazer tudo de memória. Só quando o meu escritor novo fica pronto isso vai sair. Então, as fontes da ideologia diversitária abrange todo o espectro ideológico existente. O mesmo acontece no eurazionismo. O eurazionismo absorveu marxismo, fascismo, nazismo, liberalismo, tradicionalismo, Guénoniano, Evoliano, tudo, tudo, tudo, tudo. E o pessoal da ideologia diversitária fez a mesma coisa. Então, isso quer dizer que o debate político atual, o confronto político atual, está muito acima da capacidade de pessoas que não são, não tenham envergadura intelectual suficiente para abranger todo esse espectro. Que é uma coisa muito difícil e que pra mim custou a vida inteira. Então, daí aparece, de repente aparece um rapaz aí do nada. Leu 3 Livros do Reigno, consultou na Wikipédia o que é o eurazionismo e já sai. Já sai falando. Isso é uma coisa trágica, na verdade. Essas porões que eu estou falando são um negócio de envergadura monstruosa. Não é pra gente brincar, não é pra ficar dando opinião. Não dá pra fazer isso. Nós temos que pensar seriamente no caso. Também, se o sujeito ler uma coisa no Olavo de Carvalho e ele tenta dizer a mesma coisa, agitando um pouco pra dizer, não, eu estou falando melhor, tal. Você não pode pôr uma questão de faidade pessoal num negócio desse, isso é muito grave demais. Felipe Guerra Staudt Como fazer um diagnóstico adequado para o fundo da minha realidade concreta? Ou seja, dos meus paroquianos, do Barro de Moria, tudo da minha cidade, do Clare de Clare de Clare de Clare de... Olha, isso aqui é uma pergunta fundamental. Eu não vou conseguir responder aqui porque isso é muito complicado. Mas, olha, eu recomendo a você a leitura do livro, que é a Dilba diz que o livro gostou, mas só que ela não lembrava o livro qual era. Ficou tão impressionado com o livro que não lembrava. Que era o livro do Sandor Maray. Maray ou Maray, não sei como se pronunciou, autor Ungar, que chama-se Memórias do Humburguês. Em que ele aprofunda na vida da sua cidadinha, que é o que ele dizia, que é o que ele dizia, que é o que ele dizia, que ele funda na vida da sua cidadinha, que é uma coisa, em absolutamente impressionante. Então, você pode ter ali o modelo, que é o que ele decidiu conscientizar o seu ambiente imediato na máxima medida possível. Claro que usando as ideias, o esquema ideológico que ele tinha. Mas você certamente, você tem, já, por frequentar escuros, você já tem um referencial mais amplo que o do Sandor Maray. Não digo que você tem um talento literário dele, mas uma compreensão mais vasta você pode ter. Mas pega aquilo como, um espécie de modelo, você pega, tem muitos autores de tipo regional, que pegam a vida de cidadinhas de pequenos ambientes como o Thomas Hargley, por exemplo. Ou K-Miles, vamos dizer. No Brasil, você tem o Brasil dos Anjos, o Livro, a Manoense Belmiro. É um modelo de literatura, de província, né? A província é uma verba elorizontal, mas é província. É por aí, é pela literatura que você vai encontrar os seus modelos aí. Rosângela, perguntas. Eu falo sobre a ausência e referência temporal. Observei que, em provas de colégios militares das Forças Armadas, em livros de história, bem como de matéria jornalística, a ausência e derrotação de data. Se isso puder arrastar associado a essa tentativa de promoção da perda referência temporal, eu não queria que isso seja intencional. O próprio sujeito está escrevendo, ele já não tem essa referência. Tempo isso. Eu já encontrei o mundo de gente que ia cair de idade e meia, depois de século 19, meu Deus do céu. Eu confundi o vitoriano com eles abetando, é um negócio ruroso. Então, é por isso que eu digo, se calhar ali o Liliusofia, tá bom, se ele é Liliusofia, ama para cada Liliusofia, se ele é 5 de história, para você saber onde você está. Então, essa questão das datas é fundamental, quer dizer, para você reconstituir um acontecimento qualquer, qual é a primeira providência? A cronologia, óbvia. Você não deu uma dica sobre isso no curso de mais arte de estudar, aquele curso que não feio assim. Como tornaste um estudante sério, uma coisa assim? Sim, eu dei, já dei essa dica. Quer dizer, você vai começar a sua vida intelectual fazendo a bibliografia. Você vai pegar um assunto, você vai... Príncipe dos metodos da alta educação. É, princípios da alta educação, você vai organizar a bibliografia, antes de você ler qualquer dos livros, é a primeira coisa. E esse livro você vai escalonar cronologicamente, meu Deus do céu. Se você pega, por exemplo, aquela coleção da Encyclopedia de Britânica, Great Books, ele pega por tópicos e cria o status questiones, quer dizer, com a evolução dos debates. Essa evolução é temporal, porque, é claro, um jeito que veio antes, não pode ter lido o que veio depois. Então essa articulação temporal das ideias, o Lando de Cisso, o outro leu e disse aquilo. Isso é básico em história das ideias, em história política, qualquer compreensão histórica das coisas. Bom, eu acho que por um jeito só, né gente? Então, tem mais perguntas boas aqui, mas não vai dar, vai ter que ficar para a próxima, tá bom? Então, até a semana que vem, muito obrigado. Ah, escuta, eu vou dar esse curso, o Mário Ferro do Santos será no fim de novembro. Eu vou pedir encarecidamente que o máximo de pessoas se inscrevam nisso aí. Não só pelo interesse, acho que é uma coisa típica, patriótica, que você se interessar pela filósofa do Mário, mas por uma necessidade minha, eu estou precisando urgentemente de dinheiro para financiar os processos. Se não, eu não vou conseguir fazer nada. Eu não quero vingança com essas pessoas, mas eu acho que quando existe um perfeito de infone já leia alguma coisa, alguma providência, tem que ser tomada, para que isso não vire um direito. Então, até a semana que vem, muito obrigado.