Bom, vamos lá, boa noite a todos, e sejam bem-vindos. Eu queria continuar com aquele tema da semana passada, eu escrevi a segunda parte daquele estudo, que vai sair na revista católica em duas vezes, e eu vou novamente ler e comentar para vocês, eu não posso colocar online, porque seria boicotar revista, mas depois de o que é complicado a gente ter, certamente reproduz no site do seminário. Então lá, continuando aqui o parque 4. A geração da escola tradicionalista, reunida em torno de Frito of Joan, escreve Charles Upton, apresentou e revelou as religiões e suas essências celestiais, subspecie eternitates, quer dizer, sobre uma categoria de eternidade, vejasmas. E as essências celestiais das religiões são substancialmente a mesma, a diferença entre elas é puramente terrestre e contingente. As formas particulares de cada uma, nada tendo-lhe sagrado em si mesmas, sem a seiva que recebem da tradição primordial. Só esta, a religio perenes, termo que eles usam no sentido diferente, porque tem para a geração católica, é verdadeira em sentido estrito. As demais são símbolos ou aparências imperfeitas de que ela se reveste nas suas várias encarnações terrestres. Mas, prossegue o mesmo Úpton. Aspas, essas revelações são consideradas ramos da tradição primordial, mas esta tradição não é presentemente vigente enquanto o sistema religioso. Não é uma religião que possa ser praticada nos últimos caminhos, únicos caminhos espirituais viáveis existem sob a forma ou dentro das presentes revelações viventes, hinduísmo, zoroastrismo, budismo, judaísmo, cristianismo, islã. Não sei o que dizer, a tradição primordial só existe sob a forma indireta, isso é, nas várias encarnações que ela foi tomando ao longo da história, ela em si mesmas se tornou inacessível ou impraticável. Mas esses caminhos levam somente a salvação numa vida pós-mortem. Para subir um pouco mais alto, já na vida presente, segundo a Escola tradicionalista, é preciso, sem abandoná-los, filiar-se a uma organização esotérica e praticar, além dos ritos e mandamentos da religião popular, alguns ritos e mandamentos especiais de caráter iniciático. Dito de outro modo, a religião popular é uma testada e qualificação exigida do postulante na entrada do caminho iniciático, porque se você não está numa dessas tradições existentes historicamente no mundo de hoje, então você está barrado, não pode entrar nas organizações iniciáticas. Para o muço humano, isso não é um grande problema. Ela tem uma existência a parte, as taricas, o plural correto em a palavra tarica e a plural correto seria turca em árabe, mas a gente fala taricas porque já digo hábito, as taricas são já reconhecidas como legítimas pela religião oficial, de modo que o fiel interessado pode transitar livremente entre os dois tipos de práticas. Para o hindu também não é problema, ainda que inexistindo propriamente um esoterismo hindu, o hinduismo aceita e absorve as práticas de outras religiões, qualquer uma. De modo que descontados conflitos políticos entre hinduistas e muçulmanos, nada impede com o hindu se filia uma tarica, a maçonaria, a matria de chinesa ou qualquer outra organização isotérica sem mudar de estatuto na sua sociedade de origem. No caso de um católico, porém, a coisa se complica. Segundo Genom, que é bom lembrar, lengava todo o caráter iniciado com os sacramentos, todas as organizações iniciáticas cristãs foram desaparecendo depois da idade média, deixando os pobres fiéis limitados a um exoterismo espiritualmente capenga, sobraram só os resíduos de organizações extintas e a maçonaria. Acontece que uma sentença do Papa Clemente XII em 1638 condenou à escomunha automática todo fiel católico que se infiliasse a maçonaria ou qualquer outra sociedade secreta. A decisão foi reforçada pelo Papa Leon X em 1890 e formalizada pelo Código de Direito Canônico de 1917. O novo Código do Papa João Paulo II em 1983 falava somente em sociedade secreta sem mencionar nominalmente a maçonaria, o que por breve instantes deu a impressão de que a escomunhão fora suspensa. Até que a Congregação para Doutrina da Fé em novembro daquele mesmo ano esclareceu que não era nada disso, que a proibição de ingressar na maçonaria continuava como continua até hoje. Isso é, o fiel católico que Lécer Renegue não e acreditasse vendo na perda da dimensão iniciática a raiz de todos os males do mundo moderno era espremido contra a paede pela opção de entre desistir de vez do exoterismo, contentando-se com um exoterismo cada vez mais reduzido ao moralismo exterior e aceitando portanto ser cúmplice da degradação espiritual moderno ou então buscar uma iniciação maçonica e ser escomungado. Isso é, perder a filiação exotérica que segundo o mesmo que não era condício o sinéco anon do ingresso no esoterismo. Ele fica em uma situação para o doccisal. Quer dizer, a única opção que você tem é você entrar na maçonaria e ser escomungado, mas se você é escomungado você não está na agricatória, mas se você não está na agricatória você não pode participar da sociedade iniciática, então não tem jeito. O conflito não era somente de ordem legal. Embora tivesse origem remota em organizações esotéricas profissadamente cristãs, a maçonaria tinha em várias partes do mundo se tornada uma força ostensivamente e violentamente anticatólica, incentivando perseguições e matanças de católicos principalmente na França durante a revolução e depois de novo no princípio do século XX, no México onde se provocou a guerra dos cristeiros e na Espanha onde com a mal disfarçada conivência do governo republicano maçonico, padres de fiéis foram mortos a granel e muitas igrejas destruídas antes mesmo da inclusão da guerra civil, aliás das caos da guerra civil. Quer dizer, o católico que se filhasse a maçonaria não apenas em corrinhas como em Ásia, mas se tornava um traidor de seus correligiosos nas assassinatos. Genon anos católicos como Jantoniak fizeram o diabo para provar que as doutrinhas maçonicas eram compatíveis com o catolicino, mas é claro isso ficou na teoria. Conversações entre líderes católicos e maçons em busca de um acordo não deram em nada. Aí escomunhão continuava em vigor e o risco moral continuava altíssimo, continua até hoje. A partir dos anos 60, quando esses problemas começaram a tornar-se o objeto de discussão mais aberta nos circos interessados em tradicionalismo, o grupo perennialista começou a sugerir ao católico incurralado as seguintes soluções possíveis. 1. Largue tudo e converta-se ao islam. 2. Busque a briga na igreja ortodoxa russa, onde ainda há um resíduo de esoterismo e curos sacramentos no fim das contas, são aceitos como o válido pela igreja católica. 3. Filize a tarica multi-confecional do Frith of Joan, onde você poderá praticar ritos iniciaticos islâmicos sem conversão formal e mantendo-se uma prudente distância dos muçulmanos exotéricos. Na maior parte dos casos, o chão nem deixava que seus discípulos frequentassem mesquitas. 4. A primeira opção era com certeza a mais traumática, afinal, o próprio chão tinha escrito que aspas mudar da religião não é como mudar de país, é como mudar de planeta. A segunda era mais confortável, mas esbarrava no obstáculo que jamais de algum autor perennialista sequer mencionava. A igreja ortodoxa russa estava infestada de agência da KGB, sendo quase impossível ao recém-chegado orientar-se naquela selva selvagem a deconspirações e fingimentos. Não por coincidência, a KGB estava, naquele mesmo momento, organizando e treinando organizações terroristas islâmicas para a guerra contra o cidadre de cristão. Sobrava a terceira, a mais fácil e natural. A tarica de Chuong estava de fato repleta de membros de origem católica a começar pelo próprio Chuong e por alguns de seus colaboradores mais próximos, como Martin Ling, Stitosburg, Katerama, Pekou, Maroswam, dos quais os dois primeiros converteram seu islam. O terceiro continuou católico ao menos em público, sem deixar de prestar ao cheio o voto regulamentário de obedência total exigido nas taricas. As alma daqueles que permaneciam católico, ex-professor de coração apenas, realizava-se assim a escala microscópica, o plano que desde 1924 genontraçara para o ocidente inteiro. Quer dizer, se vira, vira, vira, vai, caída em dois lãs. Após descrever com as cores sombrias de um genuíno apocalipse a degradação espiritual da civilização no ocidente, atribuindo a a perda da verdadeira metafísica, entre aspas. E das ligações entre a igreja católica e a tradição primordial, ligações que só poderiam ter sido mantidas por intermédio de organizações iniciativas. Renegue não prever três envolvimentos possíveis do estado de coisas no ocidente. Primeiro, isso está no livro Oriente Ocidente de 1924. Um, a queda definitiva na Barbárie. Dois, a restauração da tradição católica sob orientação discreta de mestres espirituais islâmicos. Três, a islamização total, seja por meio da infiltração e da propaganda, seja por meio da ocupação militar. As três opções reedusiam-se no fundo a duas, o mergul na Barbárie ou a sujeção ao islâmico, seja discreta, seja ostensível. Se você tem uma igreja católica orientada desde cima por mestres espirituais islâmicos, então a própria autoridade do papada é relativa, está submetida a uma autoridade superior e essa autoridade é a do islâmico. Portanto, você está dentro do islâmico sabendo ou não. E a terceira opção era a islamização ostensível. Só há duas saídas. Ou você cai na Barbárie ou você se converte ao islâmico, de um jeito ou de outro, sabendo ou não. E isso é como ele colocou as coisas em 1924. A eclosão da Segunda Guerra Mundial pareceu mostrar com o ocidente preferir a primeira opção, a Barbárie. Mesmo em um detalhe irônico, o fato de que a importância autoridade religiosa e islâmica deram apoio total ao Führer, especialmente na questão do extermínio dos rudeus. Coincidência macabra ou profecia auto-realizável? Não sei. Não sei e não saberemos tão cedo. Então é o tal negócio. O ocidente, a primeira opção, é cair na Barbárie. E nós o ajudamos um pouco aqui na Barbárie, entregando tudo na mão do Führer. E depois na mão do comunista. Após a guerra, a colaboração íntima entre governos islâmicos e regimes comunistas no esforço anti-ocidental conjunto, veio a se tornar tão notória que nem é preciso insistir nesse ponto. Não deixa de ser oportuno lembrar que hoje em dia, a esquerda mundial, empenhada em corromper o ocidente aspas até fazê-lo feder, fecha aspas, como preconissava André Breton, é a mesma que apoia ostensivamente a ocupação muçulmana do ocidente pela imigração em massa, bem como boicota por todos os meios qualquer esforço sério de combate ao terrorismo islâmico, de modo que a entre os dois blocos como que um acordo leninista de fomentar a corrupção e denunciá-la. Novamente cabe a mesma pergunta do Parágrafo anterior com a mesma resposta, ou seja, isso é uma coincidência macabra ou é uma profecia autorrealizável? Há uma intencionalidade para fazer isso? Não sei, não há documentos suficientes para estudar isso, ainda vai demorar muito tempo para que saiba isso. Para o aspirante de origem católica, tudo o que a tarica oferecia era a escolha entre tornar-se muçulmano ou ser católico ou se o orientação muçulmano, o que é exatamente a mesma coisa. Por exemplo, o Rama, como era a soma, filho do Ananda, o Ananda era hinduco nessa na Índia, o filho dele era ramoranação do Estados Unidos, por isso não podia praticar mais o hinduísmo, então ele entra em preguerra católica. Ele entra em preguerra católica, ao mesmo tempo ele é o braço direito do Shu'on na tarica, ele não era um simples membro, era o quase segundo comando da história. Então ele era um católico, o sobarentação muçulmano, era um muçulmano no fim das contas, a mesma escolha que ganhou a oferecer a todo mundo ocidental, isso não é coincidência, aqui não é por coincidência macabra, quer dizer, o microcove e o macrocove tem a mesma estrutura. Então quer dizer, a trajetória do indivíduo que saindo do meio puramente ocidental acaba caindo dentro da tarica, é o mesmo trajeto do mundo que vai acabar caindo dentro do Islam sabendo ou não, percebendo ou não. Crio que com isso fica mais clara a intenção de Guenon ao espremer todas as religiões, especialmente a Cristã, no molde forçado de um conceito descritivo islâmico, a distinção exoterismo e exoterismo. Lâmica, na primeira parte, eu perguntei, esse conceito só se aplica ao Islam, não há correspondências reais disso fora do mundo islâmico, por que ele usou esse conceito para toda a religião e do mundo, aqui começa a ficar explicado, quer dizer, se é para Islamizar tudo, então você vai ter que entender tudo, segundo, uma estrutura de pensamento islâmico, não tem outro jeito. De fato, como dominar toda uma civilização sem enquadrá-la primeiro no sistema de coordenadas intelectuais da civilização dominadora, onde ela deixará de ser uma totalidade autônoma para se tornar parte de um mapa abrangente? Quer dizer, acontece aí como aconteceu com a física do Newton, depois do evento da física relativista, ela não foi abolida, ele se tornou um detalhe dentro do conjunto maior. Então esse seria o destino da guerra católica, ela não é abolida, ela só se torna uma parte do Islam. Também é óbvio que não basta fazer isso em teoria, ela foi conquistar para essa nova visão das coisas, elementos mais valiosos, mais ativos, entre o actualmente, da elite da civilização alvo. Só quando esta começasse a se compreender a si mesma nos termos do dominador, em vez dos seus próprios, ela estaria madura para aceitar, sem maiores reações, uma operação mais vasta de ocupação cultural. Quando você se pergunta por que não há uma reação contra tudo isso, meu Deus, as estruturas fundamentais do pensamento pelo qual a civilização ocidental se compreende a si mesma foram fixados por que não, e chumam com 70 anos de precedência. Essa coisa de esoterismo e exoterismo, que até o começo do século 20 ninguém falava, de repente se torna a chave da compensação. E a partir da hora que você já começa a se explicar a si mesmo nos termos do dominador impõe, você já está dominado mentalmente. Não é a questão de propaganda, não é a questão de migração, é a questão de abrangência. E é isso exatamente o que eu chamo a hegemonia intelectual para distinguir da hegemonia cultural. Hegemonia intelectual significa você ter uma concepção mais abrangente na qual tudo acaba entrando porque não há outra, não há concorrentes. É como se você dissesse, a colesmovisão ocidental não é concorrente para a colesmovisão islâmica porque ela não abrange o território todo da colesmovisão islâmica. Você vê, o ocidente é dividido, pelo menos até o começo do século 20, por um lado você tem essa corrente materialista, ateístas, positivistas, etc. que são uma de amigalinhas sim comparadas com isso. E por outro lado você tem as explicações e as correntes religiosas que também não abarcam tudo isso. Então por exemplo, se você pegar a intelectualidade católica do começo do século 20 e dizer o que eles têm a dizer sobre o hinduísmo, de vez em quando saía algum católico da Europa e a Pai Índio, sei lá para China para estudar aquele negócio exótico, mas nunca houve uma integração, uma coisa orgânica entre as duas, como aqui nas taricas. As taricas absorvem todos esses esoterismos e isso torna o gerente geral de tudo isso. Então isso quer dizer que só continuar existindo alguma perspectiva exotérica, vamos dizer, na China, no budismo, no corpo hinduísmo, graças taricas. Está entendo? Então isso é hegemonia intelectual e você tem uma concepção, uma visão mais abrangente na qual o dominado mesmo se encaixa ali, ele mesmo começa a se descrever nos seus termos e não nos dele. Claro que se você pegar toda a intelectualidade católica, protestante, positivista, materialista, etc., ninguém compreendeu o que estava acontecendo. Todos caíram como uns patinhos, porque não tinha uma concepção mais abrangente e nem buscaram criá-la. Muito mais que a redução do cristianismo ao binômio exoterismo exoterismo, acompanhado do diagnóstico sombrio da perda da dimensão esotérica, culminava inexoravelmente na conclusão de que a restauração da cristandade das suas conexões com a tradição primordial, portanto das dimensões mais altas da sua espiritualidade, só poderia realizar-se sob a direção de um esoterismo vivente. Isso é do sulfismo. Não seja, você não tem mais pra onde correr, não há mais nada. Para usar os termos do projeto, é esse aqui, o Guenon fez mais ou menos a mesma coisa, em escala muito maior que o Antonio Gramsci fez. O Gramsci já todo mundo vira socialista sem saber, o Guenon fez o Guenon virar guenoniano sem saber. Só que a operação dele foi muito mais vasta e muito mais eficiente do que a porcaria da revolução cultural do Gramsci já mais foi. Também Gramsci comparando com o Guenon, é, dizer, não é o Mico, ele é o carrapato do Mico. Para usar os termos do próprio Guenon, era preciso submeter o ocidente à autoridade espiritual do Islam antes de submeter-lo ao seu poder temporal. Portanto, quando você vê emigração em massa, terrorismo, etc., etc., e esse avanço do poder do Islam dentro dos países ocidentais, onde são protegidos pelo governo, praticamente a única religião admitida como legítimo ao Islam hoje em dia, isso tudo é muito tempo depois da conquista da hegemonia intelectual e não teria sido possível sem ela. A hegemonia intelectual desarma intelectualmente o dominado, ele não tem como, ele pode espernear, ele pode reclamar, ele pode não gostar, mas, como dizia Nietzsche, só se vence aquilo que se substitui. Você não tem nada para você colocá-lo no lugar dessa proposta, essa proposta vence porque ela é a única. Até você for ver a proposta russo-chinesa do Dugin, o que que é o Dugin? É um bisneto espiritual do Guenon, não é outra coisa. E evidentemente a proposta dele não tem a amplitude do Guenon. A teoria de Schuon, segundo o qual os sacramento cristãos conservavam o seu poder iniciático, parecia atenuar um pouco a força do argumento islamizante, mas na verdade não o fazia de maneira alguma. Sem a devida instrução espiritual, que são aspas exoterismo vivente, poderia ele oferecer, o portador de uma iniciação virtual permanecia inconsciente de ter-la recebido e não apenas ficava paralisado no meio da escalada iniciática, a iniciação permanecia virtual e não se efetivava, mas se arrescava com isso a sofrer toda a sorte de disturbos espirituais e psicos. O Guenon escreve isso aí, quer dizer, disturbos criados pelo fato de um indivíduo recebeu a iniciação sem saber. Então ele passou para um outro patamar, ele tem acesso à possibilidade espiritual, a experiência espiritual que ele não conhecia antes, mas que ele não está entendendo absolutamente e quase ele não sabe o que fazer. Só a espiritualidade sufre, encarnada nesse caso na pessoa do próprio Frith of Ruh, poderia salvar os católicos de si mesmos. A islamização do ocidente, discreto, ostensiva, pacífica ou violenta, é o objetivo central e na verdade único de toda a obra de René Guenon. Esta é a chave de tudo. Ela inteira converge para essa meta, não com uma mera conclusão lógica, mas com uma espécie de única saída a qual o leitor e idealmente o ocidente inteiro vai sendo levado como entre os muros de uma construção labiríntica por um senso de fatalidade inexorável. Excluído esse ponto, quer dizer, se você considerar a obra do Guenon fora do projeto de islamização, ela não passaria num conjunto de especulações teóricas sem finalidade, um edifício de belas possibilidades espirituais irrealizáveis, coisa que ele sempre negou que ela pudesse ser. Se fosse preciso uma confissão explícita para confirmá-lo, bastaria lembrar que justamente em um momento em que Frito Afron voltava da argélia com o título de Cheikh, alardeando-se a intenção explícita de islamizar o ocidente. Ele disse, eu vou islamizar a Europa, quer dizer, o ocidente inteiro. Guenon declarou que a Fundação da Tarica de Schwan e Lausanne, Suíça, era o primeiro e único fruto produzido pelos seus esforços de décadas. Ora, esse homem é o único fruto dos esforços do Guenon e ele chega na Europa dizendo, eu vou islamizar isso aqui. Então qual é o objetivo do primeiro, islamizar isso aqui, evidentemente. O que pode tornar esse objetivo nebuloso até invisível aos olhos do público são dois fatores. As fatores são meio complicadinhas. Primeiro, Guenon afirma reiteradamente seu total desprezo com qualquer atividade, corrente ou ideologia política, assegurando que seus interesses nada tem a ver com a luta pelo poder e se voltam, inclusive, à esfera do espirituário do eterno. Quer dizer, ele não tem nem que ver com a dimensão da história, a história que vá para onde bem entender, não é aí que nós estamos atuando. Isso parece colocá-lo aos olhos de muitos, incomparabilmente acima da atual disputa entre os países islâmicos e o ocidente. Esse modo de ver não é propriamente falso, é apenas vazio. É óbvio que Guenon não está disputando o poder político, está disputando algo que está infinitamente acima disso e do qual, segundo ele mesmo explica, o poder político não é, se não, um reflexo secundário quase desprezível. Ele está disputando autoridade espiritual, não é poder político, gente, é? Você lê o livro Autoridade Espiritual e Poder Temporal e vocês verão como, na concepção do Guenon, todo o poder temporal é apenas uma expressão de uma autoridade espiritual. Ele pode mais tarde se voltar contra a própria autoridade espiritual como aconteceu várias vezes na história e isso aí é um, como é que se diz? É um, tem até dimensões míticas nas histórias da ursa do Javali, quer dizer, o Javali simboliza a autoridade espiritual e a ursa o Poder Temporal. E o Poder Temporal é criado pela autoridade espiritual como na Bíblia, da hora que as pessoas fedem ao profeta que constitua um rei e ele diz, olha, o rei vai botar seus filhos no exército, vai botar suas filhas para trabalhar para ele, etc. Vocês querem, têm certeza que querem mesmo? E daí ele não meia. Um rei a contra-agosto. Então Guenon está disputando a autoridade espiritual, está disputando a com a Igreja Católica, se ele não está disputando o poder com o governo dos Ocidentais, ele está fazendo uma coisa muito maior. Ele quer puxar para o Islam a autoridade espiritual da Igreja Católica, discreta ou ostensiva? Sabendo que se ele tem autoridade espiritual ele pode constituir quantos poderes temporais ele queira, colocando-se muito acima dela e pretendendo orientá-la desde as alturas subríveis da espiritualidade sufre, não necessariamente em pessoa, é claro, não é que ele pessoalmente queria fazer isso, queria dar esta possibilidade para as organizações da Terra e Queras Ilâmicas, é? Ele é muito explícito quanto a esse ponto. A Igreja Católica em algum ponto da sua história diz ele, perdeu o contato com a tradição primordial e ainda não tem sequer uma compreensão das partes superiores da metafísica. Detense na esfera da pura ontologia ou teoria do ser sem penetrar nos mistérios supremos do não ser, que João prefere chamar de supracer. Já me expliquei em outros escritos quanto ao que me parece ser a absurdidade intrínseca do tendo do não ser e não vou voltar a esse assunto aqui, eu posso até dar uma outra aula mais tarde sobre este assunto, mas isso nos desviaria muito. Eu vou entrar em uma discussão propriamente metafísica e eu tiraria do ponto de vista histórico que é o deste estudo aqui. O que interessa no momento é salientar que segundo o Guénon, o Catolicismo, a partir dessa mutilação inicial, veio decaindo acentuadamente até reduzir-se a mera devoção sentimental para as massas. Por isso ele é o que ele diz, no Catolicismo não existe mais esoterismo, existe apenas amística, mas amística é uma expressão de uma religiosidade sentimental que não chega às alturas cognitivas, dá metafísica e muito menos da realização metafísica. Ele se traz em algum momento, mostrando que ele não está muito seguro da veracidade desses conceitos, quando escrevendo a respira da ordem templária que ele considera uma organização esotérica legítima, ele informa que ela foi fundada por São Bernardo de Clairvaux, o qual ele classifica no mesmo escrito como eminentemente um místico. Mas se a atividade de São Bernardo era eminentemente um místico, como é que ele poderia ser o mesmo tempo? O chefe de uma organização iniciatica. Então, aí tem alguma vacilação na coisa, mas não podemos concluir, não é um erro, como esse não se pode concluir, na verdade nada. Ele só mostra que o Guénon está menos seguro da sua terminologia do que ele parece. Isso é fato. O só que pode reerguê-la desse abismo é quem ainda possua a conexão originária com a tradição primordial, é evidente que a salvação da igreja e através dela de todo o ocidente só pode vir de fora, de onde precisamente. Do budismo não pode ser, já que Guénon nem mesmo considera uma tradição inteiramente válida, considera o budismo um desvio como protestantismo. Do hinduísmo também não, porque não pode ser praticado fora da Índia nem porque não seja de nacionalidade indiana. Tudo com o hinduísmo pode fornecer uma compreensão mais aprofundada da doutrina metafísica e, de fato, Guénon recorre abundantemente aos textos hinduos para isso. Mas a mera compreensão teórica sendo indispensável nem de longe pode fornecer por si mesma a autêntica realização metafísica. Você diz como é que uma coisa se coloca em relação a outra? Para você ingressar numa dessas taricas você precisa mostrar que você tem a compreensão teórica integral. Isso quer dizer, se você tem a compreensão teórica integral, se absorveu a doutrina metafísica totalmente e entendeu de trás para dentro e etc., então você está pronto para entrar no caminho da realização metafísica. Você já tem a coisa na esfera do conhecer, agora você não vai se transportar na esfera do ser, você vai se transformar no brama. Quando eu me apresentei para a tarica por sugestão do Martin Lings, eu conheci a pessoa que estava esperando há 10 ou 12 anos para entrar, esperando o que? Esperando que tivesse o domínio teórico da coisa. Lá me interrogaram, várias vezes viram que eu tinha o domínio teórico, mas que é suficiente, então eu entrei na primeira, fui aceito na primeira. O pior coisa que me aconteceu na vida, depois de me hora que vendi amargamento. Mas curiosidade matou o gato, eu quero saber como é as coisas, eu provavelmente toco de ferro tudo. Mais aprenta. Ferro. Do judaísmo, menos ainda, pois seria inconcebível que a igreja, tendo nascido dele, voltasse ao ventre materno, se anular, se hipersofacto e se sair de existir. Da maçonaria, impossível, não só por causa das incompatibilidades acima apontadas e jamais vencidas, mas porque segundo o genom, as iniciações maçonicas são apenas de pequenos mistérios, segredos do cosmos e da sociedade, que nem de longe tocam as alturas da Suprema Realização Metafísica dos grandes mistérios. Primeiro são são mistérios de ordem cósmica, histórica, sociopolítica, etc. É uma iniciação evidentemente, então é o que ele diz mais, a casta real, chatria só tem acesso aos pequenos mistérios, porque o negócio deles é governar este mundo. Agora para cima disso você tem os mistérios, vamos dizer, dos mundos angélicos, da eternidade do próprio Deus, esse aí só a caça se loutão. E diz ele, a maçonaria é uma velha iniciação de pequenos mistérios. Quando você vê a importância que a maçonaria tem nos governos do ocidente, não é uma explicação reça, eles têm as iniciações de pequenos mistérios, eles sabem coisas sobre a ordem da história, sobre o estruturo do poder, eles se acusam, não sabem. Isso não quer dizer que todos os maçons tenham isso, que o maçon também pode entrar lá, padece a iniciação, só que vira a iniciação virtual, ele não entendeu nada. Isso aí eu tive a ocasião já de, eu nunca fui maçon, mas eu estudei um bocado desse negócio e eu me lembro que quando eu vi o filme do Ingrid Marber, com a Sombra Flalta Mágica, eu me ofereci para dar para um grupo de maçons uma conferência sobre o simbolismo maçona pela Flalta Mágica. A Flalta Mágica é uma obra composta por Mozart para advogar a admissão das mulheres na maçonaria. O Mozart foi um pioneiro do feminismo maçonico e aparentemente funcionou porque começaram de fato a admitir mulheres. Eu fui dando a conferência pelas perguntas e eu vi que os caras não estavam entendendo absolutamente nada de simbolismo maçono, aqueles simbolismos todos para eles só tinham função estética, eles não tinham entendido a doutrina, a teoria, a ciência por trás daquilo. Eu fiquei aterrorizado, falei olha, mas escuta, mas você diz que a maçonaria manda na mundo, mas até os caras que mandam no mundo estão por fora assim, estão na ferrada mesmo, então quer dizer, não mandam coisa nenhuma, eles têm a iniciação e... Mas ela permanece virtual, quer dizer, não estão tomando posse daquilo que já está na mão deles. O Reneginon reformou várias lojas maçonicas, tentando reintroduzir o senso doutrinal, etc. Mas eu não sei no que deu. Então quer dizer, não podia vir do budismo, não podia vir do hinduismo, não podia vir do judaísmo, não podia vir da maçonaria, já não precisa examinar caso por caso. De obstáculo, obstáculo não é preciso examinar todas as alternativas. A conclusão inexorável é que o labirinto de impossibilidade só tem uma saída. O catolicíbulo só pode ser devolvido à sua integridade originária se consentir e submeter-se ao guiamento de mestres islâmicos. Ou isso ou a ocupação do ocidente pelos monstros humanos, tercio non dator. Eu acho absolutamente fantástico que tantas gerações de estudios do genom não tenham decifrado isso de óbvio. Ele só quer uma coisa, ele só quer islamizar o ocidente e dizer pra onde tudo converge. Isso é a chave da obra dele. Que a um passam, genom e seus continuadores tenham feito várias contribuições valiosas, até mesmo a compreensão do catolicio pelos próprios intelectuais católicos, especialmente ao menos o que concerna o simbolismo maior de sacra, é coisa que ninguém, seu juízo perfeito, poderia negar. É o mesmo, destaquei algumas dessas contribuições no ensaio arte e sacra estupidez profana que foi publicado na filosofia sem rever-se outros estudos. Você é claro, você leu o genom, leu Titus Burg, a sua compreensão do simbolismo católico se ilumina de uma maneira impressionante, nem imaginá-lo que fosse possível, você fica deslumbrado com isso. Olha, tudo isso estava na minha mão, como eu era feliz e não sabia, só que em jargon você percebe isso já está dentro da tarica, você já está todo encrencado. Então, veja, de tudo que se estudou sobre arte e sacra, simbolismo, simbolismo da própria liturgia da missa. Não escreveu no século 20, nada se compara ao que essa gente fez. Quer dizer, eles estavam muito acima da intelectualidade católica, no que diz respeito ao catolicismo. Disrepeito a outra religião também. Se você pegar, qual foi o livro mais profundo que você leu sobre o judaísmo? Foi o livro do membro da tarica, o Leo Shai, o livro sobre o homem e seu destino segundo a cabala, que depois escreveu um livro majestuoso sobre a teoria da criação no judaísmo, no islam e no cristianismo. Então, Leo Shai era um discípulo do João, então João pegava aquele material do Guenon, que não todava as chaves do simbolismo, simbolismo é uma ciência, efetivamente. No acidente foi perdido, se você ver até mesmo os estudos do C.S. Lewis sobre o simbolismo medieval, ele não tem ideia de que aquilo é um conhecimento científico, objetivo, ele é de atrato como se fosse figuras de linguagem, apenas uma coisa artística. Ele deixa muito claro, fala, a ciência derrubou tudo isso, mas ainda tem o valor artístico, o simbólico, imaginativo, e o C.S. Lewis está tão atrás dessa gente, mas tão atrás assim, é um menino comparado com ele, sabe? Mas também aí nada a estranhar, que autoridade poderia um mestre sufre pretender exercer sobre os católicos, se pelo menos em alguns pontos selétros, não provasse compreender a sua religião melhor do que eles mesmos. Os senhores fomos com a pretensão de dirigir os católicos, olha, se ele não provar que ele compreenda o católico melhor do que o próprio católico, que ele não vai ter autoridade nenhuma. Então, isso também fazia parte, vamos dizer, da conquista da autoridade espiritual, que chega lá o mestre Frolio, tem mais autoridade espiritual do que seus teólogos, seus papas, etc., ele sabe porque eu compreendo a sua religião e eles não compreendem. Os artigos católicos, entre aspas de Guénon publicados na revista Regnab entre 1927, 1925, 1927, não provam, nem mesmo sugerem que ele tivesse aceitado a independência e muito menos a superioridade do cristianismo em relação ao islam. Provam apenas que nesse período ele ainda acreditava na possibilidade de dirigir o curso das coisas na Igreja Católica por meio da persuasão gentil e da infiltração. Sua partida para o Egito em 1930, com a firme decisão de não mais voltar e de só se comunicar com o seu público daí por diante, por meio da revista etude tradicional, que era uma revista fundada para ser explícitamente Guénoniano, assinava o momento em que ele perde essa esperança e integrando-se cada vez mais nos meios esotéricos egípcios, até mesmo casando-se com a fila do prestigioso Sheikh El Jalkebra, passa a bola de volta às autoridades islâmicas, que de longe havia orientado suas ações do quadro europeu. Note bem que ele o tempo todo ele insiste, eu não estou falando disso em meu nome, isso aqui não é o pensamento de René Guénon, eu estou apenas repetindo o que autoridades espirituais orientais me mandaram dizer. Como as coisas evoluíram desde esse ponto até a adoção da política de terrorismo e a ocupação pela imigração, coisa que é claro, jamais aconteceria sem o beneplasto das autoridades espirituais, não que elas tenham mandado fazer, mas se elas não aprovassem simplesmente não aconteceria, porque todos os governantes de países islâmicos são membros de alguma tarica e a obediência de um, esse é um Fakir, Fakir, Fakir não é o seguinte de emprego, o Fakir é o mesmo do Matarica, plural Fukará. A relação do Fakir com o seu Sheikh está naquele dito de Mohammed, no islâmico construído morre, tem que lavar o cadáver, o Fakir está na mão do seu Sheikh como o cadáver está na mão do lavador do cadáver, o cadáver não dá palpite, então quer dizer, é obediência total, o que o Sheikh manda fazer você vai fazer, não tem discussão, é muito mais rigoroso do que no exército e mas ainda não é sua obediência exterior, é interior, você quer que o Sheikh molde a sua alma para você poder alcançar os estados superiores, se não não é possível, se você fala, ah isso eu não quero, isso eu não gosto, acabou. Ou seja, a passagem, a transformação disso, porque eu transcorre desde o momento em que o genom chegou lá, o Sheikh ele quebre e disse, olha, não deu, não tem diálogos, os caras são burros, não estou entendendo nada, eles ficam brabinho, eles já pegam a detalhes, eles diluem o que eu estou falando, então entre esse momento e a adoção da política de terrorismo e ocupação pela imigração, alguma coisa aconteceu, eu não sei o que, então essa é uma história que ignoramos e que só poderá ser contada, talvez daqui a várias décadas, se chegar a ser, porque tudo isso aí foram conversações ultrasecretas, muito mais secreto do que serviço secreto, meu Deus do céu, para vocês terem ideia, quando a Nicarvão chegou no Irã, ele era embaixador da França, é muito amigo do cedo, você inácio, ele falava, a Arme persa, ele traz para adiante, ele tinha sido até aí o tradutor de Martin Heidegger, e ele chegou lá e começou a se informar sobre o esoterismo iraniano, essa coisa toda, ele escreveu um livro majestoso em patrolo, chama Anislam iraniano, no islam iraniano, e você vê que ali ele descobre textos que estão circulando dentro das taricas há 7 ou 8 séculos, sem jamais ter sido publicado, e ele traduz muito desses textos e ele sai publicado na França pela primeira vez em séculos, você vê a imensidão do mundo da filofira iraniana, mas tudo isso era desconhecido do público, sim, isso era conhecido dentro da tarica, então que serviço secreto do mundo consegue manter as coisas escondidas durante 7 ou 8 séculos, mas nem de 7 ou 8 anos, se a KGB toda hora está vazando coisas, a tarica nunca vazou nada. O que é absolutamente certo é que Guénon, desde o início da sua atividade pública, declarou não falar no seu nome próprio, mas seguir estritamente as orientações de aspas representantes qualificados das tradições orientais, entre os quais, sabe-se hoje, principalmente o próprio Sheikh Elis el-Kever, pai da que veio casar com ele, que teve quatro filhos dos quais um é chefe da tarica na Itália, é uma bobagem descomunal dizer que Guénon se converteu ao islamio 1930, ele já era meu regular de uma tarica pelo menos desde 21 anos, o que basta para mostrar que foi longamente preparado para a missão dificílima que iria desempenhar, isso aí foi povo de 1910 e 1911, o primeiro livro no qual ele toca neste problema que ele faz das relações entre o oriento ocidente foi de 1924, quer dizer são 12 anos de preparação, até ele começar a ter esta atividade pública, o que já basta para mostrar que foi longamente preparado para a missão dificílima que iria desempenhar, eu tenho de uma outra fonte que ele antes disso já tinha recebido uma iniciação aos 16 anos, mas eu não consegui encontrar, porque eu até pus uma nota aqui dizendo o seguinte, como nessa mudança de casa, toda minha biblioteca está no depósito, eu estou, algumas citações estou até fazendo de memória, posso até errar, se alguém encontrar uma citação errada, vou corrigir, então eu não lembro onde lheia este negócio dos 16 anos, mas que isso existe, eu só não quis colocar aqui porque não tenho certeza da fonte, o segundo fator que dificulta a percepção da identidade de genom como agente islâmico, é o próprio impacto da obra dele sobre os seus discípulos, qualificada como aspas o mais deslumbrante e milagre intelectual da nossa época, fecha aspas, quem disse isso foi Michel Vovtsan, essa obra lança tantas luzes imprevistas sobre o fenômeno religioso e sobre a decadência espiritual do ocidente, e é tão grande o seu contraste com todo o pensamento moderno, ateu ou cristão, que se torna quase resistiva a tentação de encarar-la realmente como um milagre, como uma intervenção divina no curso da história, isso não é exagero, os caras vêm assim mesmo, e ver o ponto de vista islâmico pode ser até isso, porque finalmente mandamos um agente da história, se ele lá faz doemizar aquela porcaria a todos eles, todos perdidos, na mão de tradições truncadas ou deformadas e nós vamos purificar tudo isso, então isso é uma intervenção divina, foi a lá que mandou, cê Edrossen Nasser no seu livro Knowledge and the Sacred, não exita apre...verem ver isso aqui, não exita aprentar toda a história intelectual do ocidente como se fosse uma longa, tatiante e semi-cega preparação para o evento da luz genoniana, assim gente, eu tenho esse livro, o cedo, você não nasce, me deu a exemplar esse livro, tá autografado, me deu o que eu tava lá na casa dele, né, e num primeiro momento eu li aquilo e fiquei aterrorizado sem saber o que fazer, né, porque dizia se esse cara tem razão, então toda a história foi engano até chegar o reino de genon, é possível uma coisa dessa, tem aterrorado aí, né, vista desse modo a obra de genon parece uma mensagem super histórica vinda da aurora dos tempos da própria tradição primordial e não de um shake egípcio contemporâneo, entendeu, quer dizer, quem foi que mandou ele e foi o europe, foi Deus, foi Deus lá no paraíso antes de a dao e Eva, não, foi o shake ele caber, é, sogro dele, é, futuro sogro, né, o desejo de apagar suas raízes contemporâneas e pairar acima das contingentes históricas é manifesto em vários trechos dessa obra, porque que se coloca esse negócio das fontes, etc, da onde se tirou, quem mandou dizer, genon desconversa, e reforçada ainda por várias expressões de desprezo a mera perspectiva histórica, segundo genon um ilusório vel de aparenças passageiras encobrindo a realidade das coisas eternas, ele chega até a criticar o apego da mentalidade ocidental aos fatos como se fosse um vício de pensamento, né, é, vera, não deixa de ser curioso que ele desce o cacete no método histórico, mas ele mesmo usa o método histórico no livro o teosofismo e no livro sobre, pouco menos, no livro sobre o espiritismo, mas o livro o teosofismo e o histórico do apicelador Andrânio, é só método histórico, análise de documento o tempo todo, né, e o cegocernácero nao lê de osseker tem que ele fazer método histórico também, Jean Robin, que era que teria um dos discípulos, né, e que ele, característicamente, proclama o genonismo uma intervenção providencial e aspas, a ultima chance do ocidente, é já aspas, é um direito inalienável do discípulo entusiasta, celebrar a obra do mestre com os qualificativos mais enfáticos, mas um qualificativo nada significa quando separar da substância que ele qualifica, esse tem que é o problema, né, ele é muito bem, é a ultima chance do ocidente, mas o que chance é essa, é chance de fazer o que, né, não diz, né, uma coisa é falar genéricamente de ultima chance do ocidente, e todos bem sabemos que o ocidente precisa de uma, mas outra coisa completamente diversa é esclarecer que não se trata de uma chance qualquer, de uma abstracta genérica, restauração da espiritualidade, e sim de uma salvação pela islamização, Jean Robin simplesmente omita esse ponto, ele disse, olha, o islamico quer islamizar tudo, e islamizar é de fato a ultima chance, você fala, bom, aí entendi, você está falando português, claro, então agora nós podemos discutir a sua proposta, mas se você vai ver, você quer islamização, você diz apenas é a ultima chance do ocidente, dá a impressão que é uma chance do ocidente se reencontrar consigo mesmo nos seus próprios termos, coisa que não é absolutamente, né, não sei o que que é, é uma redescoberta interna da própria tradição cristã, ou judaico cristã, não, é um enxerto de fora que vai transferir a autoridades espirituais islâmicas, o controle da espiritualidade ocidental, portanto em toda a cultura ocidental, portanto, indiretamente, em toda a política ocidental. Você é muito justo privilegiar o eterno e imutável acima do tempo temporário do transitor, ninguém discute isso, mas qualquer fiel católico habituado ao sacramento da confissão, entende que o salto para o eterno sem passar pela consciência dos detalhes factuais da vida terrestre, tão frequentemente humilhantes e deprimentes, não é espiritualidade, é angelismo, e angelismo, enfim, não tem coisa do Satanás, né, é o teu livro maravilhoso do Ferdinand Alquiê, o desejo da eternidade, o desejo de eternidade, o Delimáscoo, o desejo de eternidade pode assumir essas duas formas, né, ou de você mergulhar na realidade terrestre da sua condição de existência humana e gradativamente transfigurando com o arroz de Deus numa outra coisa, e outra coisa você cortar a referência terrestre e pular pro eterno, entende, que é exatamente o que toda essa gente faz. O apóstolo que afirma, já não sou eu quem vivo, é Cristo que vive em mim, é o mesmo que confessa trazer no espinho a carne até o fim dos seus dias, é? Mas já não sou eu quem exista, Cristo que existe em mim, sim, mas eu ainda tenho meus probleminhas, é? O desejo de voar para o mundo dos arquéticos eternos, saltando por cima da realidade histórica, concreta, não aparece somente nos perfis agiográficos da missão de Reneginon, então o mundo livre sobre a missão de Reneginon, e nem um deles, a missão de Reneginon é islamizar o acidente, sou eu que estou dizendo, é? E de milhões de outras coisas, é tudo maravilhoso, sim, mas o que é maravilhoso, não, o que é maravilhoso, qual é maravilhoso? Maravilha é essa. Não aparece somente nos perfis agiográficos da missão de Reneginon, mas pelo menos três livros importantes de autores perinialistas sobre o islam. Ideias e realidades de islam, de cedo ou sem nássaro, comprando ele islam de Frith or Schoen e Moorish culture em espanh, cultura sem espanhola, como la simplitização espanhórabe, de Titus Burkher, mal escondem sua estratégia retórica de mostrar a vida muçulmana só pelos arquéticos eternos que simboliza, contrastando-os, explícito e impristamente com as misérias factoais brutas do acidente materialista. A coisa chega até a ser um pouco ingênua, só até uma criança percebe que comparar as virtudes de um com os defeitos do outro, em vez de virtudes com virtudes e defeitos com defeitos, não é justo. Ou seja, esses três livros, ele assume a forma de propaganda ideológica mesmo. Vocês veem, eu desde o início aqui e também no discurso de teoria do Estado, eu disse o seguinte, a ciência política começa no instante em que Aristóteles faz a distinção e todo discurso do agente e do discurso científico. Então vocês veem ter uma ideia, acho que o exemplo mais maravilhoso que eu já colhi na história para ilustrar isso aqui, é o seguinte, Napoleão, é jovem ainda, jovem em geral, no cerco da cidade de Mântua, tinha o exército austríacular resistindo e se saindo mais ou menos bem contra o Napoleão. E entre os vários generais austríacos, tinha um que era notávelmente incompetente. E o Napoleão escrevia elogio atrás de elogio para esse cara, mostrando como um inimigo temível na esperança de que o comando austríaco não o demitisse. Eles não precisam que esse cara seja mantido no posto que desse aí nós damos jeito. Isso é um escrito de agente, o escrito do agente político. Ele não está descrevendo a realidade, mas produzindo um efeito. Esse efeito pode ser o contrário do que ele está dizendo ali, porque depende na orelha de quem vai cair isso. Então eu vejo que esses três livros são discursos de agente carregados daquela terminologia metafísica muito bonita e etc. Mas isso aqui é propagnia de diológica, sobretudo, agora que saia esse estudo dos mexicanos, mostrando que a címbria de ação hispano-árabe não foi nada daquelas beleza que o burca está descrevendo, mas ele tinha aquelas beleza também, mas tinha horrores na mesma tempo e que depois outros historiadores mostraram que a cultura da Espanha anterior, a invasão islâmica já era muito superior que você depois. Tudo isso torna difícil, tanto ao leitor recém-chegado, quanto às vezes aos próprios portavósios do perennialismo, admitir o óbvio. A óbvio de René Guénon pode ter todo o caráter salvador que se deseja com a condição de que se admita o óbvio que, no fim das contas, ela jamais ofereceu outra via de salvação por ocidente, exceto a islamização. Também é certo que qualquer questão inteligente, católico ou não, pode tirar prefeito os ensinamentos de René Guénon sem aderir ao projeto Guénoniano, mas como recusar adesão sem sequer saber ou querer saber o que o projeto existe, todo idiota útil é idiota e útil na mesma medida em que nega a existência daquele que utiliza. Se você não compreende o projeto Guénoniano, você acaba servindo por quê? Porque não há outro projeto mais abrangente, preta atenção, não é que você aderiu, você gostou da coisa, fala não meu filho, toda ação humana, a indivídua, ela se encaixa dentro de correntes macroscópicas. E se você tem só uma corrente macroscópica dominando o cenário, as suas ações vão convergir para lá inexorablemente, mesmo que você não queira, mesmo que você odeie isso. Muitos cristãos, católicos ou não, sentiram-se tão indignados antes dos ensinamentos de René Guénon, que fizeram várias tentativas de refutá-lo e até de achim calhado. Se você pega o livro da Marie-François Jammet, por exemplo, que não é um livro mal no fim das contas, que é esvaterismo e ocultismo em torno de René Guénon, que é acompanhado aliás do dicionário dos personagens, muito bem pesquisado. Você vê que a intenção ali de achim calhar é notória, é a altura católica. Essas tentativas só aprovavam a superioridade intelectual do adversário e caíram no ridículo no esquecimento. Como esse aspecto, os discípulos de René Guénon não estavam totalmente errados ao considerá-lo insuperável, a bússola infalível, como diz Michel Vauters. Pim, insuperável, porque a proposta é insuperável porque não tem outra. Dá para entender? Mas Guénon não precisa ser combatido nem vencido. Isso é o ponto mais importante. Ao adotar o pseudônomo de Esfinge nos seus primeiros escritos, ele sabia que aqueles que não decifracem a sua mensagem seriam engolidos e reduzidos à obediência. Pouco importa se gostando ou não. Você não entendeu? Eu estou mandando a você. Por que? Eu estou aqui impondo não um poder político. Não é que eu quero que você vote em mim e pôr na presidência? Eu estou disputando autoridades espirituales. E autoridades espirituales é hegemonia intelectual. Aqueles que esperneiam entre gritos de revolta não deixam de prestar a sua obediência. A contragosto é o mesmo inconscientemente, porque você está forçando conflitos dentro de um quadro que ele já abarco, organizou e está dirigindo. Uma vez decifrada, porém, a Esfinge não tem remédio, se não soltar gentilmente a presa, a qual sairá das suas garras não somente livre, mas fortalecida. Então, o Guenon não pode ser combatido, ele pode ser vencido, simplesmente decifrando. A proposta é dizer não, não quero. É só isso, na verdade. Mas se você não entendeu a proposta, você fica abrabinho com isso aquilo que ele disse, não adianta nada, mesmo também. Mas não é isso, sei lá, o Júlio Severo brigando com o René Guenon, meu Deus do céu. É uma coisa tão desesperada, tão patética, que dá vontade de chorar. Então o que é para fazer com o René Guenon? Eu acho que é para fazer o que eu fiz. Você vai absorver tudo, você vai aprender tudo, até você entendendo o que se trata, até você decifrar a Esfinge. Antes de você decifrar a Esfinge, o que você faz? Você não faz nada, porque você só vai se fazendo palhaço. E é hora que decifrou, você está livre dela automaticamente. Ela não pode devorar, o que é o devorar mais? É incorporar no seu organismo, é fazer de você a parte dela, tá entendendo? Então se você decifrou, ela não pode devorar mais. Então é esse que é o truque. Agora isso requer paciência. É requer a tolerância para o estado de dúvida que desde a primeira aula eu insisti, que é a condição cinécoa, não da vida intelectual. Exige a confiança no guiamento do Espírito do Santo. Me diz, o que? O Deus vai me guiar nisso aqui, eu vou entender esse negócio. O custo é o que custar. Pode levar 40, 50, 60 anos, mas eu vou chegar lá. E é a abstensão de atitudes emocionais antes de você ter certeza do que você está fazendo. Então é assim, é uma questão de tempo, paciência, boa vontade e honestidade intelectual. É só isso. Se você tiver isso, não tenha renegino que vai te engolir, não tem esfinge que vai te engolir. Então é só isso que eu negocio. Então de qual é a possibilidade de haver um projeto cristão mais abrangente que o duguanão? Eu acredito que existe essa possibilidade de acreditar também que eu não peri tempo de desenvolver. Ou seja, isso não é para a minha geração, isso já é para a próxima. Mas se você nem desifura a proposta e não conseguiu pular fora dela, então aí você está dentro. E você está de alguma maneira trabalhando para a islamização querendo ou não. Então aqui eu acho que a partir daí, a partir do momento em que você chegou a esta compreensão, primeiro lugar, toda a obra do Guenon se ilumina de uma maneira absoluta e extraordinária. Quer dizer, tudo aquilo que era mistério deixa de ser falado, agora entende o que ele quer. Então, esta é a chave da bóbada, esta é o objetivo final e portanto é o princípio de tudo. E isso explica também por que ele escondeu o que as coisas que escondeu. Isso explica por que ele não pode, por exemplo, aceitar a descoberta do Chlond que os sacamentos tinham poder iniziático naquele momento, pareceu a ele que isso contraditava o projeto dele. Na verdade, não contradiz nada, mas pareceu. E assim também por que ele ocultou as suas fontes tão bem? E ele mostrava um domínio dessas coisas que é absolutamente extraordinário, muito acima do que qualquer orientalista de universidade. Então ele fala, de algum lugar ele tirou isso, quem ensinou o cara? Onde que ele aprendeu? E ele nunca dizia. A coisa só começa a aparecer depois que ele vai pro Egito, ele casa com a fila do Sheik e daí você começa a perceber que este Sheik já estava presente ali na vida dele, fazia muito tempo. E este Sheik não é este Sheik, este Sheik é a ponta de uma tradição de 7, 8 séculos. Muito bem, espero que tenham entendido, quando as pessoas sempre diziam que se deviam ler Reneginó, eu não dizia nem que sim, nem que não. Eu disse, agora você tem uma perspectiva na qual você pode mais ou menos encaixar o Reneginó, agora você entende o que é chegar. Com isto, a Esfinge perdeu os dentes, ela não vai te fazer mal nenhum. Então vamos fazer uma pausa para que a gente volte. Então vamos lá. Bom, as perguntas estão realmente mais centradas na aula de hoje. Bruno Botino, grangelo da Silva, pergunta. Os melhores maçons franceses têm compreendido a grandeza da extensão do Guénon? Irene Mangui, eu entenderia bastante, não conheço essa autora, mas os livros melhores que eu respeito, Jantuniak, T-O-U-R-N-I-A-C. Eu acho que eles compreendem perfeitamente bem. Só que é o tal negócio. A maior parte de desconverso encobre este ponto. Olha, a maçonaria não vai resolver o Progresso do Ocidente, o dívio não vai resolver o Progresso do Ocidente, só que ele está propondo e é a islamização mesmo, não tem outra. Bruno Botino, de novo. Já agora eu poderia tratar com algum detalhe como descifrar o caráter iniciado do Sacrament Catorca, não é necessário descifrar-los. O padre, Juan González Arintero, em dois livros chamados Questiones Místicas e La Evolução Mística, matou esta questão de uma vez para sempre, quer dizer, o Sacrament Cristãos. Destino-se à Cristificação do Fiel, destino-se a transfigurá-los na pessoa de nosso Senhor Jesus Cristo. Portanto, isto é iniciado quando mais alto grau. Isso não é só um ritmo de agregação, pelo qual você, quer dizer, é aceito numa comunidade de modo que as suas preces serão atendidas através, é assim que se explica a ritmo de agregação. Existe a mente coletiva da comunidade, que se chama de Gregora, e as suas preces são atendidas através da Gregora. Se a sua prece entra lá na Gregora e chega até Deus através da Gregora, seria reta a agregação. Os Sacramentos Cristãos não são assim de jeito nenhum, eles já são diretamente para a Crisificação do Freguês. Lê lá no padre Arintero, e você vai ver que no fundo o Genom está nos vendendo, uma coisa que a gente já tem. Agora, se a gente perdeu a compreensão do nosso próprio patrimônio, não é o fato de um outro explicar esse patrimônio melhor do que nós, que lhe dá autoridade sobre esse patrimônio. Porque para ter essa autoridade, não basta ele entender intelectualmente isso. É preciso que ele pertença à linhagem de Pedro. Então, veja, funciona aí o mesmo princípio das iniciações Sufis, onde a iniciação pôr outro, que a iniciação pôr outro, que a iniciação pôr outro, e isso aí é a árvore genealógica da Tarica, que em geral eles fazem um desenho de atrás da porta da Tarica, está lá desde o primeiro cheio. Chama Circe Latta Corrente. Então, na Igreja Católica, você também é Circe Latta Corrente que vem de Pedro. Se você não está nessa corrente, você não tem autoridade espiritual nenhuma sobre o Cristianismo. Foi mais que você entenda. Então eu concordo que de fato, em muitos pontos, esse pessoal de Genom foi entender o Católico melhor do que qualquer autor católico que eu conheça. As coisas que ele escreveu sobre o Cúltero Sagrado Coração de Jesus, a própria obra do Luís Chavonó Lacec, que é um cara muito influenciado pelo Genom, o Lebestial do Cristo, as passagens majestosas do Frito Afrou sobre Nossa Senhora, tudo isso aí você vê, nem um teólogo católico me explicou isso aí. E eles de fato entendem melhor, só que isso não adianta. Você não tem autoridade espiritual, você tem, no máximo, você tem, digamos, uma envergadura intelectual que ninguém nega, de certo. E de fato, tudo que eles mostram de compreensão do Católicismo, de certo modo, eles neutralizam ao inserir o Católicismo dentro de um corpo maior que não existe sem o próprio Católicismo. Quer dizer que a ideia da tradição primordial, o próprio Santo Agustínio se refere, ele disse o mundo já era cristão, muito ânsito do advento do Senhor Jesus Cristo e assim por diante. Então quem representa essa tradição primordial? Evidentemente, é agregatório, não é mais ninguém. O Islam que começa 700 anos depois, você vai dizer que Cristo nada em si não é insegredo, é certo para os carinhas que ficaram quietos e for aparecer lá no mundo árbio 700 anos depois ou for aparecer na maçonaria 18 séculos depois, não é possível. Então Cristo está mentindo, ele ensinou um monte de coisas em segredo, esses carinhas guardarem, estão contando agora. Então uma coisa é uma civilização, uma sociedade ter esquecido o sentido de certas coisas. Uma coisa é uma cena em segredo. Luka Lacerda pergunta, muito oportunamente, a concepção tradicionalista e abrangente é o ponto de abarcar intelectualmente os milagres de sãs cristãos? Como os tradicionalistas em termos milagres de sãs cristãos, especialmente sãs contemporâneos de que não chavam como Padre Pil, compreende maravilhosamente e bem que aí me chamou a atenção para o Padre Pil pela primeira vez, o Marco Pales, que ele já não era mais um membro da Tari, que era um ex-membro, mas ainda era um autor shouniano, genoniando, eu me correspondei com ele muito tempo, e foi ele que me chamou a atenção para o Padre Pil, jamais teria sabido desde o Padre Pil sem o Marco Pales, e que escreveu a respeito, um capítulo maravilhoso no livro, eu acho que Pixen Lamas, é um dos livros que ele escreveu, eu não lembro se foi nisso, se foi a Buddhist Spectrum, acho que foi a Buddhist Spectrum, ele é um capítulo sobre o Padre Pil, eles compreendam essa coisa perfeitamente, tão bem quanto qualquer católico, às vezes até mais, se não fosse isso, a simples pretensão de ter autoridade espiritual sobre o catolicismo, isso foi ridículo se eles nada tivessem a contribuir ao catolicismo, né? Então, eles têm a contribuir do ponto de vista da compreensão teórica, agora do ponto de vista da iniciação e da realização espiritual, eu digo, escuta, você quer me vender uma realização espiritual que eu já obtive através do sacramento, eu já tenho isso aí, é verdade que as coisas que você está me explicando podem me ajudar a realizar isso aí, mas não ajuda tão bem quanto o Padre inteiro, leu o livro do Padre inteiro e você vai mudar sua vida, né? Aqui, Gabriel Campos perguntou, o Duguin conseguiu também desvendar e compreender a Reneguenon? Aí o fluência do Reneguenon, seu projeto de rosa, manifesta desde o início, né? O Duguin confessou isso, né? E agora, o Duguin, o projeto dele não é o islâmico, ele pretende, por sua vez, abarcar o projeto islâmico numa coisa mais abrangente que ele chama o projeto euroaseano, o projeto islâmico euroaseano, junta tudo aquilo que é anti-ocidental, portanto, também absorve toda a crítica do Reneguenon, a crise do mundo moderno, rena a quantidade, etc., etc., tudo ali e absorve também o Évola que era talvez um crítico mais radical ainda da modernidade, né? Então, para falar modernidade, é claro que nós temos que perder ilusões sobre a minha modernidade, iluminir a democracia moderna, etc., etc., claro que temos que perder, mas isso não quer dizer que nós temos que trocar a modernidade por alguma dessas outras propostas, porque você ver uma longa tradição de raciocínio anti-moderna e anti-iluminista desemboca exatamente no fascismo, é isso que vocês querem, né? Então, é você ver uma das coisas características do fascismo que atualmente todo mundo usa para falar fascismo só como insulto, você vê pessoa do PT e do PSDB, fica assim, você é fascista, o fascista é você, o fascista é a mãe, etc., o fascismo é um conceito científico, meu Deus, é um conceito descritivo que tem que ser usado de maneira apropriada. Então, uma das coisas características no estilo fascista é que ele mistura uma espécie de anarquismo individual com a pregação, vamos dizer, de uma rigidez autoritária na esfera política. Os autores fascistas são todos anarquicos de algum modo, se você ver o Iphirlenino Selin, Gabriel Danunzo, eram tipos altamente individualistas e individualizados, eles são personalidades únicas, por assim dizer, e ao mesmo tempo estavam favorecendo um regime de uniformização totalitária, eles são paradoxos, mas todos esses movimentos têm paradoxos, você não vê hoje feministas marchando ao lado dos islâmicos, machistas, o que também acontece? Então, essa mistura de individualismo romântico com a ideia de uma sociedade totalmente racionalizada, organizada e militarizada, é assim na cabeça deles, o que eu posso fazer? Você espera que todo mundo seja um dicionário de lógica? As coisas não são assim. Foi o bisicretino desse Ricardo Tim, ele deu uma entrevista, ele deu o recentemente e ele disse, não, entre os fascistas não existe individualidade, é tudo reduzido a pasta coletiva, e daí lá embaixo ele mesmo cita, não, no Brasil só tem, eu faço um tubo piniquinho, é ridículo, não tem grandes figuras como o Gabriel da Núngio e o Luífero de Nosselin e cita uma série de individualidades totalmente inconfundíveis, eu disse, quer dizer, você está citando esses nomes, então quer dizer, você não leu esses caras, você apenas conhece a fama deles, porque se você lê, você vai ver um camarada mais individual, mais irredutível com aquele discurso coletivo do que Luífero de Nosselin não existe, inclusive porque Luífero de Nosselin, os livros dele estão repletos de palavrões, cenas cabrosas e pornografia, etc., etc., que o tornaria inaceitável em qualquer ambiente fascista de certo nível social, né? Que é um camarada mais individualizado que Elra Pound, é? E no entanto, eu aderi o fascismo, não fazia, na Itália, discurso a favor de Mussolini, tudo isso é possível, né? Quer dizer, essa coisa, você é raciocinar a partir de termos genéricos, tipo facismo, socialismo, liberalismo, etc., isso nunca leva a nada, a gente tem que ir por fato concreto, onde nada é exatamente assim, nunca nada é exatamente assim. Fernando Golombieski, um curso de cosmologia simbólica que eles têm em grande escala junto com a restauração da alta cultura, ajudaria a fortalecer a cultura ocidental, ou no caso do Minóbras, sem dúvida, mas eu não me sinto qualificado num momento para fazer isso. Eu acredito, vamos dizer que todo o meu esforço é de tipo analítico explicativo e não construtivo doutrinário. Vai chegar um momento, vamos dizer, não, não, não é o caso, agora, agora a gente tem que tentar explicar o que está acontecendo. Isso quer dizer, antes de você descobrir para onde você vai, você tem que descobrir onde você está. Mateus Poulos, podia comentar sobre a sinceridade do catúlicimo de Jean Borella, olha, a sinceridade eu não sei, mas a ortodoxia dele é o dúvida, ele muitas vezes se aproxima da heterodoxia da heresia, embora sejam autores, de um valor extraordinário. Se a gente for jogar fora todos eréticos, e meu Deus do céu, olha, se você pegar a patrícia latina, a patrícia grega, está cheia de autores lá e disseram coisas eréticas, e daí fazem parte do patrimônio da igreja, nem todo mundo tem que estar certo em tudo. O senhor por vezes comentou com o Eric Vegner, se só percebeu a importância do islam, com certo atraso no fim da vida, assim sendo que faltaria incorporar a obra do Guénon, no que esteja o projeto de islam, exatamente o que a gente está fazendo. Várias coisas que eu fiz, elas se incorporam no esforço do Eric Vegner, quer dizer, eu estou tentando dar uma forcinha em certos pontos, onde ele não abordou o que, não abordou o suficientemente, a própria teoria dos quatro discursos é isto. Quer dizer, quando o Guénon, o Vegner fala, ou seja, da descompactação dos símbolos, como é que descompacta, como é que se dá isso concretamente através dos quatro discursos? Aliás, falar nisso, tem uma senhora que publicou a teoria dos quatro discursos como se fosse dela. É uma tese universitária, mais tarde de novo que ele foi. Eu fico com dó da pessoa quando faz isso, fico com pena de desmoralizar a pessoa, mas às vezes é obrigatório fazer. Felipe Riso pergunta sobre a cooperação entre islamismo e comunismo para destruir o Ocidente. Pode-se dizer que os partidos de esquerda no Brasil defendem o islamismo tendo essa cooperação muito em mente, ou são apenas idiotas úteis que agem dessa forma sem saber como. É claro que é a segunda alternativa. No Brasil são todos assim. Agora, o fato é que o comunismo tem o seu próprio projeto de globalização. Isso já foi explicado, já citei bibliografia e respeito, etc., etc. Desde o início ele é um projeto de globalização. E o islamo também tem um projeto de globalização que vem desde muito antes e que toma novo impulso no século XX. Então eu acredito que há uma concorrência, sobretudo, na esfera da hegemonia intelectual. E nesse sentido os muçulans estão ganhando, na concepção deles é muito mais abrangente do que marxista e até mais abrangente do que eurasiano. Eurasiano, por exemplo, eu não vejo que base a igreja ortodoxa russa poderia servir para um... Poderia ser fundamento de um globalismo. O islamo já mostrou que é exportável. E a ortodoxia russa está lá presa dentro do território, faz no século XX e não sai dali. Rubens Cardeiro, eu recomendo a leitura da crise do mundo moderno. Bom, se você estiver devido à perspectiva, quer dizer agora que eu já dei uma aba da mina aqui, eu acho que a obra de reggae não perde muito da sua periculosidade. Mas também é claro o seguinte, que na leitura muita gente vai se confundir. Eu já tenho muitas pessoas que gostam de discutir comigo, mas elas não refutam exatamente o que eu estou dizendo, elas dissolvem o meu argumento em algum aspecto particular. Ah, mas você diz tal coisa, mas ali está... Pega, pega algum detalhe, fica discutindo aquele detalhe, e isso desvia o foco. Está certo então, a escola tradicionalista é uma biblioteca inteira, gente. Para você se perder ali, é a coisa mais fácil do universo. Isso aqui, essas conclusões que eu tive, me custaram 30 anos da minha vida, não é só de leitura. Costaram até risco de vida, se você quer saber. Quando eu digo para fazer alguma coisa, você tem que fazer que nem os founding fathers arriscar a sua vida, seus bens, sua honra e sua liberdade, eu já arrisquei tudo isso muitas vezes. Depois eu acabei saindo inteiro, mas na hora da impressão que é o fim do mundo. O João Gabriel pergunta, ele faz a comparação com o Chester, tu é o que ele disse. A relevância existencial de você pertencer a uma religião e não pertencer a outra pergunta, o mesmo foi perguntado a Chester, porque o senhor é católico, eu opto por ser católico, não, eu fui batizada da igreja católica, eu tenho a foto lá, eu era um inocente bebê desse tamanho, gordinho. Então eu estou ali desde que nasci, interiormente jamais saí, o que eu ouvi é que o idepoito eu conciliado batigando segundo, eu até que acompanhava as atividades da igreja até ser pro ponto, eu comecei a notar que a igreja tinha desaparecido, eu não saí da igreja, a igreja saiu de mim, entende, de repente eu ia nas igrejas, ouvi umas conversas quesitas idiota, então não é que eu rompio, não ia romper jamais, vai possível perder interesse durante 8 anos, e comecei a ler outras coisas. Agora por que ser católica, bom, é um motivo muito simples, eu vou responder de maneira mais genérica, por que ser católica, por que ser cristão de modo geral, por que essa resposta se aplica a todos, entende, bom, nós vimos que do ponto de vista do terreno metafísico, de fato, todas as religiões são iguais, essa teoria do Chuong está certíssima, só que é o seguinte, a do terreno metafísico não salva ninguém, né, isso, e, eu vou dizer, o caminho da salvação passa pela interferência real de Deus no mundo, e o que implica interferência no mundo da matéria, não só da matéria em torno aqui, mas no seu corpo também, tá certo, quer dizer, se não existe isso, não tem realização metafísica com existência nenhuma, então a marca da presença de Deus é a ação dele no mundo da matéria, quantas vezes será que você repetir isso aí? Então claro que os autores perinaliers são capazes de entender prefeitamente o que que o Padpio está fazendo, mas eles não são capazes de fazer o que o Padpio faz, então para quem que eu vou pedir a realização metafísica, para os caras que escrevem a respeito, que dizem coisas bonitas a respeito, ou para o camarada que atesta a presença do Cristo através da sua ação na matéria, quem me ensinou esse critério? Jesus Cristo, eu acho que é Mateus capítulo 11 versículo 6 ou vice-versa, em que pergunto para ele se ele é o Messias, se deve esperar o outro, ele diz, você vai lá e diga para João Batista o que vocês viram e ouviram, vocês viram o paralito, o andante, vocês viram o ceguinho, o enxergando, etc etc etc, então falei, olha, raios, este é o critério, ele mostrou para saber quem é o Messias, viram o que ele está fazendo na esfera da matéria, e não é fazer qualquer coisa esquisita, porque qualquer coisa esquisita todo diabo faz, vai fazer exatamente aquilo que foi pedido de maneira providencial, por caridade, esta ação, você tem que ver o amor de Deus agindo no plano da matéria, aí acabou a conversa, e isso aí de fato, se você quer saber, só o Criça de Entei, eu dei toda a convivência que eu tive com esse pessoal perennialista, eu não vi uma única pessoa, eu não digo uma pessoa que me parecesse santa, eu não vi uma pessoa que me parecesse boa, eu só vi fofoca, intriga, maldade, uma intenção, isso na tareca do João, e os inimigos na tareca do João são pior ainda, eles adoram uma fofoca, adoram esmiossar misérias reais e imaginárias da vida alheia, tem muito foi que eles parecem os irmãos viadas, então eu falei, mas o que é que essa gente tem pra me ensinar? eles tem, claro, tem muita coisa, mas se aquilo se resume de fato na esfera intelectual e numa presunção espiritual monstruosa, por isso que eu vi, então acho que podemos parar por aqui, tá bom, agora eu não gosto de sair falando mal da escola perennialista, porque eu aprendi muita coisa com eles, você não pode cuspir no prato que comeu, mas não quer dizer que você tenha que ficar preso dentro da redoma que eles construíram pra você, eu digo, se você descifre e aí esfinge e te solta, aqui a roxina dele não é pra qualquer um, de fato não é pra qualquer um, isso me custou 40 anos da minha vida, não é qualquer garoto que diz, ah, vou ler agora, não é qualquer, cai o rosa e chega lá, ah, vou ler aqui, vou entender tudo, quem que tá brincando, mas eu rodio com a Santino lendo essas coisas, dando palpite, espero que isso jamais aconteça, tá bom, então vamos lá, até a semana que vem, muito obrigado.