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Bom dia, então vamos lá. Boa noite a todos, sendo bem-vindos. Hoje então é o último dia do nosso encontro aqui e nós desceraríamos como esta sessão está sendo transmitida para todos os alunos do COF e não só para a plateia do encontro propriamente dito. Eu queria fazer um resumo do que nós discutimos nos outros dias porque talvez vêm interessar outras pessoas e depois podem ouvir pelas gravações. Então no primeiro dia nós estudamos antecedentes históricos que debilitaram de algum modo a consciência intelectual brasileira facilitando a obra de destruição que se viu nas últimas décadas. Então nós podemos remontar e até o período colonial nós não podemos esquecer que o Peru tinha universidade em 1525 e o Brasil foi ter a primeira universidade na década de 30 do século 20, quer dizer, a coisa foi atrasada que já mostra um certo descaso pela cultura superior. E aqui quando o governo Vindo de Portugal começou a incentivar algo do ensino superior, ele se concentrou nas matérias de sentido mais prático e imediatamente, medicina e direito. De modo que a intelectualidade brasileira do século 19 foi toda constituída de médicos e bachareis. Sem contar evidentemente a escola militar, também tivemos que levar em conta as sucessivas ondas de formalismos que foram em ponte às suas camisas de força, forçando as pessoas a adotar certos maneirismos de linguagem que só atrapalham a comunicação, tornam tudo mais difícil. Então nós vemos primeiro a irança maligna da retórica parlamentar do século 19 cheia de floreios, depois o parnaseanismo, que já era o culto da forma sem conteúdo nenhum, depois veio o modernismo paulistano, que é a mesma coisa. Bom, o modernismo nollestino não está nessa, ao contrário, a ênfase dele era, ao contrário, na documentação da história real da sociedade brasileira. Depois a geração de 45, novo formalismo, depois com o advento do new criticism, que foi copiado aqui do Estados Unidos, a crítica literária se torna uma atividade eminentemente universitária, os grandes críticos desaparecem da mídia, aqueles que eram verdadeiros professores de literatura como Otto Maracarpou, Álvaro Linz, Sergio Milier, tantos outros, que mantinham o público afinado com um padrão elevado a exigência. Tudo desapareceu e a atividade da crítica se refugiu na universidade, profissionalizando e burocratizando. Daí então tudo que se escrevia com o nome de crítica literária, ou eram estudos técnicos, muito pretensiosos, mas em geral também vazios, ou então eram puras resenhas. Depois disso veio o concretismo que levou o formalismo às últimas consequências, que é que quando a gente critica essas coisas no Brasil elas não correspondem exatamente aos modelos estrangeiros que elas copiaram, elas vêm sempre com o elemento de inepis, elas não são extensões de escola de exigência, são caricaturas. Se você for ver o concretismo, se você acompanhar aqueles artigos que o Bruno Tolentino escreveu sobre o concretismo, você vai ver que não era a questão de que eles tinham a concepção errada, não era a questão de que eles eram incompetentes mesmo, além de vir com a ideia errada, são incompetentes. Daí ainda veio a onda de desconstrução, estruturalismo, desconstrução, estudos culturais, etc. Tudo isso são modas que vêm e se impõe e criam camis de força, as modas são adotadas no Brasil, com um dogmatismo que elas não têm nos seus países de origem, nos seus países de origem elas são alternativas, novas modalidades que competem e coexistem com as outras, mas no Brasil não, estão no brigatório para todo mundo. Eu me lembro quando apareceu o Bruno Tolentino, que é um camarade que acompanhou o desenvolvimento da poesia modernista na Europa e que seguia os modelos do modernismo europeu, quando ele chega no Brasil, o Análises Rabour escreve um artigo sobre ele no Globo, um artigo muito elogioso, mas com o título assim, Bruno Tolentino traz de volta a peste clássica. O que era peste clássico? Era a metrificação, a metrificação tinha sido proibida no Brasil, mas todos os poetas modernistas do mundo usavam a metrificação, então era uma moda local, quer dizer, um provincialismo local que se impunha, quer dizer, é um pseudo pedantismo, né? Os seres não têm do que ser pedantes, mas ele finge que é pedante. Tudo isso são deformidades, tudo isso vai criando uma atmosfera, vamos dizer, debilitante. Daí, no segundo dia, estudamos o problema da linguagem, o estado da linguagem do Brasil, sobretudo com a contribuição do Carlos Nadalim, com a análise que ele fez dos processos de alfabetização que estão aí em uso ao 40, 40, 50 anos, e que realmente desmantelam a inteligência linguística das crianças desde pequenininho, de modo que o indivíduo passa a vida sem ser capaz de entender o que ele mesmo está falando, sem falar, vamos dizer, a perda completa do senso da forma estética, as pessoas não têm mais nem ouvido, às vezes as pessoas melhores que estão aí na praça, escrevem cheio de cacófato e não percebem, tá? No terceiro dia, então, estudamos jamais a ação própria política, essa intervenção de grupos políticos na educação, tentando instrumentalizar tudo para criar, vamos dizer, a planar o caminho da sua ascensão ao poder, e isso era o único objetivo, na verdade. Vamos ver que o, o, o, ontem mesmo eu estava lendo o livro do, do, do Ricardo Velho Rodrigues, a grande mentira, e ele já no primeiro capítulo, ele lembra o fato fundamental, estava falando, o PT lançou a candidatura Lula, na primeira leção, ele tinha dois programas, um feito pelos marqueteiros para o uso do público e outro feito pelos estratégistas para o uso dos próprios políticos petistas. Carta aos brasileiros e a carta de Olinda. Isso, a carta do Brasil e a carta de Olinda, então, quer dizer, que essa duplicidade já estava de certo modo, dada desde o início, quer dizer, o pessoal, acreditou na proposta da carta aos brasileiros sem ler a outra, porque, por um burrice, burrice e desinteresse, indolência mental, né, e eu estou explicando para os caras a século, falar, olha, todo movimento como isso, ele tem dois andares, ele tem um andar público, um andar clandestino, é sempre assim, e o comando está sempre no clandestino. Então, o que eles estão falando para o público não interessa realmente, interessa o que eles estão falando para eles mesmo, como fazer para saber o que eles estão falando para eles mesmo, vai sim, você tem que ler os documentos internos do partido, que não são secretos, são apenas discretos, eles não precisam ser secretos, por quê? Porque sabe que no ambiente de indolência mental geral, ninguém, ele é nada e todo mundo vai seguir, quer dizer, o discurso puramente publicitário, acreditando que aquilo tem alguma substantividade, quando é evidente que aquilo é só uma espuma. Então, desde o início já dava para saber o que que o PT ia fazer, quer dizer, por um lado ele promete, não, nós vamos manter a democracia, as instituições, etc., etc., eles respeitaram o mercado, patatipatada, e por dentro, então, falamos, bom, nós vamos criar uma política tremendamente intervencionista, nós vamos contratar tudo, nós vamos fazer como Hitler, que botou empresária de joelhos, fazer todo mundo trabalhar para nós, vamos aumentar imposto, vamos estrangular todo mundo, vamos controlar, instrumentalizar todo o Estado e transformar tudo numa agência para a glorificação do poder do partido e dos seus associados, evidentemente, inclusive associados internacionais, como o Ford de São Paulo, não pode esquecer que, na primeira eleição do Lula, o Ford de São Paulo já estava em plena atividade. Então, isso quer dizer que todo o sistema de cultura nacional de educação foi instrumentalizado, ele foi colocado para servir um segundo objetivo, qual é o segundo objetivo? É aquele do Antonio Gramsci, de tornar o partido um poder onipresente e invisível, como se fosse um imperativo categório comandamento divino, eles fizeram isso e conseguiam. Felizmente, isso não atingiu o povo, atingiu só da classe médium, atingiu já as elíteas, como eles chamam, e você vê pelos protestos de março, começaram em março, você vê que o povo, a massa, estava muito consciente de tudo que acontecia, mas os líderes, que eram pessoas teoricamente mais educadas, não estavam, isso quer dizer, a educação está servindo, por de fato, para imbecilizar, isso não é um modo de dizer, quando você vê que os testes mostram que 50% dos formandos da nossa universidade são analfabéticos funcionais, você quer dizer que isso é um processo imbecilizante, não é um hiperbolo, não é uma figura de linguagem, é a descrição literal do que está acontecendo. Então, em parte, havia todo este ambiente prévio, já debilitante, um certo tipo de preconceito nacional contra o conhecimento, ou pelo menos desprezo ao conhecimento, e ao mesmo tempo, um amor aos títulos e aparenças que eu represento, tanto que eu não sei, no Brasil é um impunto importante, o diploma é essencial, o conhecimento é só conveniente, às vezes até inconveniente, aquele negócio do Dr. Cegadas, que você lembrou, para que tanto os livros ele não é nem Baixaléu, então você vê isso voltar, voltar, voltar, são elementos recurrentes na cultura brasileira, parece que nunca impediram que houvesse uma alta cultura nacional. O efeito é assim, que a intelectualidade ficava isolada da massa, então você tem toda uma problemática do intelectual brasileiro, que aparece por ano no livro do Olígenes Lessa, o Feijão e o Sonho, o cara tem que viver em dois planos, aqui a vida literária dele, aqui tem embaixo um treco que ele chama de vida real, que é a bela porcaria. Então, todos esses problemas existem, quando você vê o fenômeno como Lima Barreto, isolamento desesperador, que esse cara viu, tudo isso aconteceu, mas esse isolamento e essa depressão não chegavam a desestruir, não chegavam a impedir que houvesse alta cultura, porém a partir dos anos 80 começou a impedir mesmo, se você comparar o panorama literário do Brasil nos anos 50, literário no sentido mais amplo possível, nos anos 50 e o que veio depois de 80, 90, não há nem como descrever o fenômeno, que não tem paralelo no mundo, isso nunca aconteceu em país nenhum. Você vê nas piores situações, povos em guerra, revolução, uma fome desgraçada, sempre que não existia alta cultura no Brasil, desapareceu. Então, o que houve foi, vamos dizer, uma ação política muito maliciosa, que agiu sobre um ambiente que, de certo modo, já estava preparado pela progressiva debilitação da cultura nacional. Então hoje o que nós queremos fazer é discutir, vamos dizer, as possibilidades, sementes de futuro que nós temos, novos autores, novas ideias, está certo? E para onde podemos ir? Qual é o espaço de margem de manobra que nos resta? Então, vou passar a palavra a vocês para que comecem. Nos informar do que vocês sabem de coisas que estão acontecendo, começando a acontecer. Eu lembraria, de cara, de cara no nome que me ocorre, o da Lorena Miranda. A Lorena Miranda, bom, aqui também a gente fala de novos criatores, aqui tem dois. O Seneguian que repor o conto brasileiro no nível que já tinha atingido em outras épocas. E o Érico Nogueira e a Lorena Miranda estão fazendo uma poesia que é digna daquilo que havia nos anos 50. As manabodeiras, caras do mundo andráfico, bom, então nem tudo morreu, está começando a aparecer alguma coisa, mas está começando agora. Então, vamos lá, digam aí as novidades que vocês conhecem. Bom, eu fiz aqui um rápido levantamento de algumas coisas que eu acho que são importantes que estão acontecendo. Não só na área da literatura, mas na vida intelectual em geral. Bom, eu acho que em primeiro lugar a gente precisa lembrar dos três livros que saíram no último ano. O livro do Bruno Garchag, o par de acreditar no governo, o livro do Flávio Morgens tem por trás da máscara e o livro do Martín. A poeira lá da coinha. A poeira da coinha. A poeira da coinha. Agora, tem outros nomes que, ou ainda não publicaram, ou já publicaram, ou escrevem muito na internet, que eu acho que merecem ser lembrados. Por exemplo, no Facebook a gente tem o Alexandre Borges, que é um cara que faz umas análises políticas muito boas, tem um texto muito ágil, e tem feito uma análise da mídia também, muito boa, de como a mídia se comporta em relação aos fatos políticos e tudo. Depois tem dois blogueiros muito bons, um deles inclusive, que é o Flávio Gordon, que está preparando um livro para recorde, que vai se chamar A Corrupção da Inteligência. E eu conversei com ele recentemente e ele me disse que esse livro dele é inspirado em três obras. O Atraição dos Intellectuais, o Julien Benda, o Hitler e os Alemães, do Erick Wögeling, e no Inverseo Coletivo, seu. De maneira que eu acho que ele já tem feito, tem uns textos no Facebook, no blog, dele que são ótimos, de análise, política, eu acho que é uma promessa. Você tem um endereço do blog aí? Aqui não tem, aqui não tem. Aqui não tem. De cabeça. Mas é pelo nome, sei lá. Flávio Gordon. Flávio Gordon, Flávio Gordon. E tem também um outro blogueiro muito bom, que é o Elton Mesquita. Ele infelizmente, ele poderia escrever mais, mas ele tem um texto magistral, que é só você procurar aí no Google, chama-se Outro Dia Eu Visitei a Casa do Gregório do Vivier. É ótimo esse texto. E assim, é um texto maravilhoso, não só em termos de análise literária, é fantástico. E fora toda a crítica satílica mesmo que ele faz do Gregório do Vivier e dos limites que esse pessoal que faz esse humor esquerdista tem hoje. Bom, eu tinha separado também a Lorena, Miranda, que está fazendo uma poesia linda. Essa é a Orson Curie, essa fantástica. Claro. E junto com o Mérico, claro, mas eu acho que melhor não falar das pessoas que já estão aqui. Preciso. Claro, não é para isso. Ficar insensando você, não é? Não. A minha mulher já me insensa bastante, não precisa. A bençoada mulher, poxa, amigo. Eu lembrei também de um rapaz do Rio Grande do Norte, que é o Arthur Dutra, que edita o Poyote, aquele jornal que inclusive você publica textos seus, ele também escreve, é muito bom. Lembrei de dois escritores que escrevem ficção, que é o Luis César de Araújo, que tem um livro de pontos interessante, e o Carleno. O Carleno agora inclusive ele revisou completamente o romance dele, as almas que se quebram no chão. Eu notei assim, eu só dei uma imaginação de ficcionistas altíssima, mas a linguagem dele era deficiente, então ele melhorou aquele excelente. Deu um grande salto. A gente fala, não é para desestimular, é para encontrar para estimular. Claro. E é uma crítica que eu faço ao Martín. Sem dúvida. O Martín é o intelectual, mas ele ainda não é um escritor. Ele não sabe, ele pensa que é um escritor, não é um intelectual, mas ele como estudioso, ele é ótimo. Claro. Mas a linguagem ainda não está, ainda reflete os fenômenos que nós estudamos aqui. Depois tem um rapaz do Rio de Janeiro que é um tradutor, é quem está traduzindo lá Lionel Trillin aqui no Brasil, que é o Hugo Langone. Ele lançou um livro de poesia, não sei se chegou ali, é o do Nacer ao Pôr do Sol, um sacrifício perfeito. Eu acho que eu vi uma resenha sobre ele no Estadão. Exatamente, uma resenha aliás surpreendentemente enogiosa. Claro, claro. Surpreendentemente enogiosa. Mas o livro é muito bom, gostei muito do livro, poesia linda, e ele está fazendo um trabalho de tradução excelente. Eu quis lembrar o seguinte, lembrei da crônica jornalística. Claro, quer dizer, o primeiro que a gente não pode esquecer é o Felipe Moura Brasil, que está lá na Veja fazendo um trabalho excelente. Mas tem outras duas pessoas que escrevem no Facebook sempre e estão na mídia fazendo um trabalho interessante, que é o Guilherme Macalosse, que trabalha na Rádio Sonora, que é no Favopilha no Sul. Mas que hoje com a internet, quer dizer, o programa dele é visto, é ouvido no Brasil inteiro. Ele faz um trabalho muito bom, tem umas tiradas ótimas. No Twitter também ele faz grande sucesso, porque tem um poder de síntese muito grande. E lembrei do Flávio Quintela, que lançou o Mentira e muito para mim, que um livro que fez um, ainda faz um sucesso tremendo, e ele também escreve, acho que pro Correio do Povo de Campinas, e está no Facebook também escreve muito bem. E lembrei também da questão da tradução, que a gente não pode esquecer dos tradutores. E aí lembrei do Elpírio Fonseca, que está fazendo um trabalho... Claro, o trabalho extraordinário. Faz um trabalho extraordinário, uma pessoa extremamente culta, um sujeito extraordinário. Além da figura humana, uma pessoa ótima. E tem um rapaz que a gente que está começando, ele tem um blog também muito bom, em que ele está publicando, ele publica umas traduções da Fláneria Oconor, que se chama William Campos da Cruz. Um rapaz muito bom também, um jovem excelente, está fazendo um trabalho admirável, de maneira que... Bom, esses foram no vacino, no exercício rápido são os nomes que eu que eu levantei. E eu lembraria também da tradução, o Tiago Tondinelli, que acaba de... Tiago Tondinelli. Era uma boa tradução, do Andí das Cali, quando o Hugo Tondinelli. É verdade. A própria situação do Brasil, a situação de urgência do Brasil, faz com que o primeiro gênero que começa a ser revegurado seja justamente a crítica política, né, de política. Claro. Que é o tema de 70% dessa aí. Mas ao mesmo tempo você vê um trabalho de aprofundamento nos estudos clássicos, que nós temos um exemplo vivo que é o próprio Eri Togueri. Que é o Eri Togueri. O Tiago Tondinelli. Claro. Agora, a parte que ainda está mais prejudicada é a ficção. Sem dúvida, né? Sem dúvida. Porque a ficção se baseia na experiência que você tem da sociedade humana. E você não tem sequer as fontes. Exato. Se você for basear, por exemplo, né? Thomas Mann usava muito o Noticiário de Jornal. O Noticiário de Jornal hoje, ele não expressa a vida real da sociedade. Ele é só formalismo, ele é só aparência. Ele é propaganda, na verdade. Propaganda camuflada. Então não serve como fonte. Então fonte, só se você for no lugar, né, para ver o que está acontecendo. Mas como é que você vai fazer isso num país do tamanho do Brasil, meu Deus do céu? É isso. Então, a coisa, eu acho que o grande desafio aí é a literatura de ficção. Sim, exatamente. É um indivíduo por falta, vamos dizer, de um contato mais profundo que a sociedade. Tende a se refugiar no intimismo. Então é literatura do eu. Eu, aconteceu isso, minha mãe bateu, minha infância diminuiu o pobre no Nordeste. Sim, por isso. E isso é uma desgracia. Uma outra desgracia que acontece é o seguinte, o pessoal da crônica política começa a analisar as coisas e dá um fã-niquito de tentar fazer alguma coisa. Deu um nego logo se inscreve num movimento, se inscreve num partido e daí vira um porta-voz daquela ideologia. Daí, é isso. O que o liberalismo e libertária estragou de cabeças humanas nos últimos anos é uma grandeza. Porque deu um nego e ficou obrigado a defender sempre aquela posição fixa. Olha o escritor, isso é uma desgraça. Não interessa se ele vai defender o socialismo, liberalismo ou conservadorismo cristão. Se você tem um programa para defender, você não vai ser o escritor nunca mais na sua porca-vida. Você tem que estar livre para dizer, inclusive, coisa contradiitora. Você tem que escrever contra você mesmo, meu Deus do céu. Se não, não funciona. É o negócio do Sao Bélo, quer dizer, ou você vai pelas ideologias, você vai pela impressões genuínas. E as impressões genuínas, elas não vêm como um tratado de loja, elas vêm cheia de contradição. E você tem que captar, aceitar e trabalhar essa contradição. Exato. Você sabe, Alavo, que pegando o gancho dessa relativa escassez no que diz respeito à pródita de ficção no Brasil e concomitantemente a uma espécie de, enfim, de voga de traduções diretas de línguas que até ontem eram intermediadas em português via francês, ou seja, traduções de obras rusas ou obras alemãs, ou até outras línguas menos conhecidas ainda como o japonese e o árabe, etc., etc., que hoje são feitas. Essas traduções são feitas diretamente e antigamente eram traduções, tinham uma língua de permeio aí. Existe um teórico israelense chamado Itamar, Even-Zohar. É coisa de estruturalismo, formalismo russo, estudou com o pessoal Lawaishenbaum, Utynianov e outros, mas desenvolveu, não é? E aí ele bolou uma teoria que chama Teoria dos Poli-Sistemas, que, enfim, como disse, é um desenvolvimento do formalismo russo. E aí nessa teoria, a testa dele é a seguinte, a tradução num poli-sistema literário rico, vigoroso, vivo, a tradução normalmente via de regra, no mais das vezes, ocupará posição periférica. Certo? Ora, quando é que a tradução migra para o centro do poli-sistema literário, como no caso da prozifixão, é o que está acontecendo no Brasil e até no caso da poesia. A poesia tem um ou outro, tal, babá, mas também, enfim, não se compara o que aconteceu nos anos 50. Então quando é então que a tradução ocupa o centro do poli-sistema literário, quando o poli-sistema literário é fraco, pobre ou está em crise? E é o caso do Brasil. O concretismo foi, exemplo, mais claro. Exatamente. 100 dúvidos. Ele colocou a tradução, claro. A tradução no centro do Brasil. Certo. Assim, vamos dizer assim, avaliou e praticou e teorizou sobre a tradução, segundo aquilo que ela tradução merece, claro que ela merece ser bem cuidada e bem praticada, evidentemente bala... Ninguém tem que dizer que não. Não corta o topo, né? Não corta o topo. Mas é o centro. Então assim, esse fato, assim, quando eu li esse teórico e Tamar Evans-Oir, está disponível online, é só colocar lá a teoria do poli-sistema theory, aí você baixa e lê e está lá. Então assim, quando eu li isso, eu falei, olha, isso aqui é um retrato muito objetivo e muito pespicado daquilo que está acontecendo na literatura brasileira, né? E até no caso da... Vamos dizer, no caso da poesia, o que aconteceu? De 20 anos para cá, ou 30, uma profusão de tradução, e sobretudo dos clássicos, sabe, latinos e gregos. Mais gregos que latinos até. Então o que acontece? Toda livraria de esquina que você vai, tem lá uns três homérgios e um virvílio traduzido, traduções novas. Por quê? Porque não tem poesia nova que está ocupando o centro do poli-sistema. Então assim, se as traduções novas e ricas e interessantes e enfim, e desafiadoras estão sendo publicadas, como é bom que sejam publicadas, por um lado é bom, por outro lado elas denunciam então esse estado de peru, traqueza, etc. Pragilidade. Pragilidade da criação de obras originais. Mas olha, 90%, 95%, 98% do que se produz em termos de ficção, que é o que eu concordo, é ilegível. É ilegível. E é ilegível. E não é só essa questão do solipsismo, né? Mas nós ainda estamos apegados, estamos apegados àquela ideia do formalismo, de que o texto precisa ter esses malabarismos linguísticos, entendeu? Isso ainda precisa ter sempre. Assim, a impressão que você tem é que os escritores se sentem na obrigação de fazer a vanguarda renascer a cada dia. A cada frase. A cada frase. E aí, nossa, mas acontecem coisas assim, sabe? É, o outro dia eu tava ali, o outro dia eu tava lá, aquele, né? É porque o amanhecer amanhecendo, olha, pelo amor de Deus, qualquer amanhecer amanhecendo. É dura a vida, né? Entendeu? Se o sujeito escreve aquilo e você que critica, aí vem o colega dele dizendo que você é um pedante. O pedante é ele, o pedante que escreve amanhecer amanhecendo, porra. Percebe esse tipo de coisa? É essa coisa da inovação técnica que virou mesmo um fetichismo. É o fetismo, é o fetismo. O que terá que ter que estar usando, o que terá que ser como você conseguir fazer com ela? O que terá que ser resultado da técnica? Não, de novo é a mesma coisa, né? Não é que não pode haver inovação técnica, né? Mas ela tem que ser funcional, né? Exato. Não, e ela sobretudo não vale por si. É claro. A técnica é que é um meio de fazer alguma coisa. Qual é a coisa que você fez? A coisa é uma bela porcaria. A técnica é linda, mas o resultado é mais graça. Mas não adianta nada. E participando disso tem aquilo que eu chamo de narratofobia. As pessoas têm medo de contar uma história. Como se fosse proibido contar uma história com começo meio-fim. Você tem que fazer uma coisa confusa, incompleta, reticente, lacunada, entendeu? Olha, é terrível. Terrível. Eu estou lendo, eu trouxe pra cá, né? Eu estou aproveitando e em serviço de estar aqui. Eu trouxe o livro de... O escritor americano que se matou em 2008 chamado David Foster Wallace. Eu trouxe o livro de contos dele, o último livro, chamou Blivian. Aí tem o último conto do livro. Aí começa o conto assim, o sujeito ligando pro editor dele. Você tem que ver isso, ele trabalha numa revista de... Enfim, meio de artes, de espetáculos. Então você tem de ver, é um cara que... Comprei, não dá palavra, ele consegue cagar em formas. Ele caga já uma casinha, uma senhora. Ele caga, já sai na forma específica, né? Daí eu... Daí eu falei, não, mas você tem que ver, isso é fenomenal, é incrível. Daí o editor dele fala, mas ainda continua sendo merda. Então... Olha isso, é exata-vida. Exata-vida. Uma forma que ele passa e que continua sendo merda, né? Claro, exata-vida é isso. Então assim... É o cagar cagando. É o cagar cagando. É isso. Então é complicado. Então olha, enfim, eu não sei, no caso da poesia, eu não gostaria de fazer uma recensão exaustiva, porque eu certamente esquecerei uma, uma, outra, então se eu esqueci você, meu amigo, se você me desculpa, eu vou falar aqui, porque aqui está um papo descontraído, tranquilo, e eu não vou... É, ser exaustivo. Aquilo que eu tenho para dizer a respeito disso é que lá nos meados da década de 90, pegando em sede o que o Olavo falou, quando o Jabouro escreveu o artigo sobre o Bruno, né, dizendo que o Bruno Terrentino traz de volta para a Pestica, clássica, etc., ao meu ver, o que aconteceu é que abriu-se aquilo que o Olavo fez para a cultura em geral, né, o Bruno fez para o mi-specifo da poesia. Ele abriu a possibilidade de uma poesia que não estava encontrada, que ainda existia, e não estava encontrando um canal de expressão, né, ou seja, uma poesia mais... Eu vou usar clássica, mas enfim, não é isso, não é, uma poesia mais poesia no fundo, né, uma poesia mais, sei lá, mais tradicional, mais com perna tradição, mais sei lá, não é? Eu não quero usar uma etiqueta aqui. Então, abriu-se a possibilidade de uma poesia não, aí sim, não vanguardista e que pudesse distoar, pudesse não seguir os cânones, né, do João Cabral de Neto Universitário, né, porque, olha, o João Cabral de Neto é um dos maiores poetas da língua portuguesa de ontem, hoje ou amanhã, disse-no à dúvida. Agora, a poesia dele, que ele não não, é facilmente matematizável num conjunto de regrinhas, porque é uma poesia objetiva, uma poesia, né, da concreção, etc., etc., né? Não por outro motivo, adorado pelos concretações. Claro! Eu lá caí entre nós, eu por fim, mil vezes a mulher dele é a Mali do Rio de Janeiro. Eu já vou a muito melhor do que eu. Mas não sim, mas é uma grande poesia, sem dúvida, mas sim, ou seja, aí, nos anos 90, gente, eu comecei a escrever poesia anos 90, era terrível, você tinha o Cabral ali e aquilo, ou era aquilo ou não era nada. Então assim, o Bruno, quando ele abriu esse espaço de uma poesia mais metafísica, mais filosófica, mais classificizante, sei lá o quê, isso aí, começou assim, ou seja, muitos poetas saíram dali, entendeu? Então, na verdade, eu vejo hoje o cenário poético brasileiro, assim, na verdade, um pouco, bastante mais rico do que a 20 anos atrás. Sem dúvida, sem dúvida. Então, eu não quero falar. E aí, o Bruno que deu esse imporão, né? Sim, foi que... Não, disse que não tem dúvida. Sem dúvida. O Bruno que estaria completando agora, 75 anos. 75 anos. É. E fez isso em duas frentes, fez isso escrevendo boa poesia e fez isso se contrapondo... Com certeza. Com certeza. A Ocânone que ainda hoje luta para se impor. Ah, os artigos da Brabo. Esse Cânone formalista, concretista. Sem dúvida. Entendeu? Mas ele foi o primeiro a ter coragem a romper com tudo isso publicamente e ridicularizar tudo isso inclusive, né? Não, era um... Enfim, não. Um palhaço no bom sentido. Era um cara muito ironico, muito engraçado. É. Enfim. E grande coragem. Grande coragem. Os artigos da Brabo, realmente... Enfim, eu acho isso. Aí tem pessoas experimentando com formas fixas, não é? Eu citaria o Claudio Deves. Eu gosto muito do Claudio Deves. O livro Isto A Que Falta Um Nome. O Poeta consegue ser... Tem um poema lá, uma série de poemas notas para um livro das constatações. Uma coisa assim, uma primeira série de sonetos do livro Isto A Que Falta Um Nome. Olha, aquilo ali é altíssima poesia. Então, aí tem... Tem o João Filho, que ganhou o prêmio agora. É verdade, não é? Da biblioteca nacional, Fonsa Guimarães, João Filho, grande poeta baiana, João Filho. Aliás, tem o colega dele, o Silveiro Duque. Silveiro Duque, é verdade. As coisas voltaram a acontecer, né? Sim. Uma longa noite das trevas, né? Claro. Eu gostaria de lembrar também aqui, não posso deixar de mencionar o Vladimir Saudanha, o último livro dele, o penúltimo, assim, o que eu mais gostei de todos, é o Lume e Cardume Chama. Olha, se você não leu leia, porque é um poeta aí que vai pela... Também tem poesia metrificada, mas nesse livro, a tônica não é essa, e aí, se você quer ver um verso livre, um tíssimo bem feito e construído, Vladimir Saudanha, Lume e Cardume Chama também. E tem outros. Tudo esse pessoal está ausente do círculo oficial da democracia. Ah, não é? É feira de interesse para ti, não é? Totalmente. Esse fechar, em torno de 10 ou 29, era completamente chaquete, você for o medir, o que? Claro. É que eu tinha que ver uma escritora da Irlanda para explicar que o Cheiko Borg não é um problema da candidatura. É de nobra, hein? É? É exatamente, é. Não, você me viu, é. Foi finalista do Prêmio Jabuti. Vê se o seu livro recebeu alguma desenha. Não, nada, nada, nada. Eu disse o Lavo, a única pessoa que fez uma manifestação pública a respeito do meu livro, a quem agradece o mensalmente, é o próprio Lavo. É o mínimo, o mínimo, né? Eu lia aquele, quase caí de costa, falou, isso não existia mais há quanto tempo, né? Porto. Agora, esse círculo oficialista, ele tem que ser quebrado e desmonalizado, tem que ser humilhado em público, tem que acabar essa palhaçada das fenas literárias, suplemento, né? A influência da mídia, né? É tremendamente destrutiva, porque ela está impondo esses padrões imbecilizantes, né? Você veja só, acho que foi na última, ou na penúltima, Flip, fizeram lá uma mesa para debater o romance. Quer dizer, um romance, né? É o gênero. O gênero, literalmente. Eu suponho, então, que seja uma mesa central dentro da festa literária. Na verdade, muito bem. Qual autor brasileiro convidado? A Fernanda Torres. Quer dizer, uma moça que, como romancista, é uma grande comediante. E que na época tinha lançado um romancinho, lá que é o primeiro romancinho da vida dela, fazia o quê? Um seis meses? Apenas seis meses. Aí põe a menina, né? Menina, não é uma senhora já, né? Mais de quarenta já. Para falar na principal, uma das principais mesas, sobre o principal gênero literário. Uma de intervalação, de uma facção política, sem sobredúvida. Então, não é que a gente esteja se opondo políticamente, não, se tiver um bom escritor comunista. Ninguém vai, cara, rejeitar um graças ao ramo. Que eu ia falar aqui. Que sujo, um bom brasileiro. Mas esses caras que tem aí, falam, pelo amor de Deus, é uma vergonha. Isso é uma imposição. Nem medio-cridão, medio-cridão é médio. Esses caras estão submedindo. Agora, um outro fator, que acho muito destrutivo, foi que o pessoal parou de ler em francês. Eu também acho. É verdade. Eu também. Olha, você pode aprender a escrever em português e ler em francês, mas você não pode aprender a escrever em português e ler em inglês. Não dá. Aliás, isso é de uma forma... Porque as estruturas não se adaptam, então você vê o cara escrevendo em inglês com palavras portuguesas. Acontece. Sem dúvida. O que? Uma coisa impossível. Exato. A boa disciplina da gramática francesa não é que ajudava... Ajudava? Ajudava. Ou essa que eu olho aprender a escrever em português e ler em francês. É uma coisa... Eu também, se você quer saber. Não, porque é claríssimo, né? É uma coisa... E parece que você estuda português do latim. Pronto, você já tá. Olha, eu vou contar uma coisa para você. Eu não que estudei gramática português. Eu que estudei gramática português, eu já tinha 30 anos. Tudo que eu fazia era baseada na gramática latina que eu sabia do Napoleão, mas de alguém. Tudo. E não erava. Não tinha um erro. Meu escrito não tinha nenhum erro, português. Sem saber gramática. Eu não sabia nem a nomenclatura. Eu sabia os novos que o Napoleão usava, que já estavam fora da nova nomenclatura. Gramática portuguesa. Eu não fiz falta nenhuma. Quer dizer, o latim, a gramática latina e literatura francesa me ensinaram a escrever em português. Com certeza. Sim, Sim. Mas do inglês isso é impossível. Sobretudo os autores não. A pessoa que aprendeu a escrever em português, Leandro Thomas Pinter, não vai dar. Não vai. Até a Eru James atende. Mas desaprenda. É tão mais antigão e tudo bem. É, o Eru James ainda que é muito latinizante, períodos longuíssimos, subordinações, até até alguma coisa. Eu gosto muito de muitos autores americanos. O outro, eu estava comentando, o Hilbert Selby, o John Cantur, outro. Mas eu não vou aprender a escrever com eles. E jeito nenhum. Ah, sei lá. Vejo, e também para os nossos ouvintes, o pessoal público, não é que a gente, não é questão de serranzinhas e de... Só contrário, todo mundo aqui é muito bem humorado. Pelo amor de Deus, não é? E estamos abertos a ler coisas novas. Queremos ler coisas novas. Mándenos. Claro, queremos. Mas que sejam legíveis. Que sejam legíveis. Agora, não deixa de ser uma irônica coincidência que no período de maior anti-americanismo da nossa história, o pessoal só lê o tour americano. E copia também o jornalismo americano. Mas, se você pegar o jornalismo americano, se você pega o colunista americano, essa Ann Coulter, Mona Sharon, etc., nossa, a riqueza de vocabulário, de construção delas, é uma coisa que no Brasil é inimaginável. É, é uma prazer. Eu acho que... Espero que... Tenho amigos aí que estão fazendo boa poesia. Ah, não posso esquecer... Eu não quero esquecer o trabalho do editor, esse editor Gustavo Felicíssimo, que publica dois dos que citamos aqui, né? Publica três, né? Publicou João Filho, publicou Vladimir, e publica a Lorena. Ele já teve uma nova literatura presidiana. Que é também um caso raro, porque o trabalho do editor literário, do verdadeiro editor literário, ele está praticamente desapareceu, né? Não, ele mesmo escreve também, o Gustavo sabe, ele sabe escolher os seus autores, sabe? O editor que escreve, que passa caneta no texto do original do escritor, né? Que aponta caminhos, tem uma relação de sinceridade com o senhor. Aliás, a própria Luciana Vilas Boas, que trabalhou anos na Record, ela tem uma entrevista, uma mesa que ela participa, que está aí disponível no YouTube, muito boa, que ela mostra como o editor de texto, aquele editor que lia o original, que fazia interferências, que discutia com o autor, simplesmente desapareceu do sistema editorial, do sistema literário brasileiro, do mercado editorial. Não existe mais. Quer dizer, hoje os novos editores, ela diz que são profissionais especializados em acompanhar as listas de best sellers, no todo para ver o que é possível traduzir, acompanha também os blogs, para ver os blogs mais acessados, mais comentários, e é isso, mais interferência no texto, diálogo com o escritor, diálogo com o escritor. E quando interfere são para ser pagadas, não vou dizer o que, mas enfim, eu escrevi um texto aí, e aí a retardada que fez a revisão, ela cortou, eu falei filinha. Filinha. Saber, enfim. Bom, mas eu faço o seguinte, já existe uma nova inteira de trabalho, ela é pequenininha, mais alesinha. Ela está totalmente alesente da mídia literária. A tendência está descolada, completamente descolada. Então, a diferença entre o real e o oficial está ficando cada vez mais abissal, né? Sem dúvida. Você vê, para o Brasil inteiro, você tem uma publicação só que trata exclusivamente de literatura. Que é o rascunha. Tem um rascunha. Um conto que eu escrevi, aquele é o machista feminista, eu mandei para uns quatro, cinco sites, a gente não publica ficção. Aí um outro publicava, não, está grande demais, mas ocupa papel no seu site? É que é o surdo. Essa é a idiotice. Acha que texto para a internet precisa ser necessariamente curto. Você é uma bobagem. Esse trajeto todo que teve, entre os anos 60, o começo das guerrilhas e o Brasil de hoje, eu só vi um texto que documenta isso, que é o seu conto, o Homem do Miocão. Que é, eu acho, o seu melhor conto até hoje. Que é o sujeito que... O abominável Homem do Miocão. O abominável Homem do Miocão. Um cara que ficou escondido no Miocão pensando que a dita do Unida estava aí e depois ele apareceu. Então, isso marca uma transição histórica que passou no escuro. Não está documentado em parte ao Homa. Mudanças profundas da mente dos brasileiros. Essa coisa que acontece nas escolas, como é que os cães começaram a bater nos professores? Da onde começou isso? Que hoje é um fenômeno endêmico já. Violência, droga nas escolas. Você quer um trato fazendo suruba no pátio? Como é que começou a acontecer isso? O que houve? Não há documentação. Não há haver documentação? Outra barata de ficção fica difícil. Essas coisas, esses brasileiros que foram para Cuba, o que eles fizeram lá? Eles sempre tinham um raio de um documento. Por quê? Quem estava lá tem interesse em esconder. E quem não estava não tem interesse em investigar. Então ninguém ia ficar sabendo de coisa nenhuma. Nem a história do Furo de São Paulo, meu Deus do céu. Há uma organização política que já existiu na história do continente. O pessoal não quer saber. Se você não quer saber dos fatos, como é que você vai elaborar isso em ficção? Não tem como. A literatura pequena que está surgindo, ela está sendo vinculada por mesmos periféricos. Blog, amigos que se lerem, se criticam. Outra coisa que nós esquecemos. Tem a revista do seu aluno, Ronald Robson. Ah, na boca. Tá fazendo um trabalho interessante. O Ronald é um rapaz ótimo. Esforçado. Tem um livro chamado Labrinto do Zé Renato Kéu. Foi um aluno meu, pedidão atrás. Onde ele conta algo dos meios esotéricos paulistas, dos anos 70, 80. São acontecimentos fundamentais. Todo mundo deixou passar só o Zé Renato foi lá. E pegou. Não pegou com amplitude. Ele pegou só os meios que ele fermentou. História da revista do planeta, história da revista de parkas. O movimento esotérico de São Paulo foi um negócio monstruoso. Mudou a vida de milhões de pessoas. Parece que não tem documento, não tem um romance a respeitar e tem nada. Eu me lembro quando eu era adolescente, todo mundo lia a revista do planeta. Sim. Todo mundo lia a revista do planeta. Foi um dia que eu li o Olavo pela primeira vez. Eu também. Eu também li. Eu provavelmente li você, não me lembro. Porque eu li muito revista do planeta. Ele é muito besteira da planeta. Mas besteira é muito bem escrita. Tá bem escrita. É, besteira é de um progresso. Viu, Rodrigo, outra coisa que a gente conversou uma vez também sobre agentes literários que no Brasil não existem. Pois é, é um outro absurdo. Se você ver os agentes literários aqui nos Estados Unidos, é uma coisa de um profissionalismo fantástico. Eles, inclusive, aqui nos Estados Unidos, são os primeiros a conselhar os escritores, a ler os originais, a sugerir mudanças. O agente literário aqui tem um papel, não é só papel de vender o autor. Uma espécie de técnico do autor. De um bar de técnico do autor. No Brasil inteiro você tem três agentes literários. Acho que é Marisa Amoura, eu acho. É, Marisa em São Paulo tem a Riff, como é que é o primeiro nome dela? Me lembro do sobrenome Riff no Rio de Janeiro. E agora tem a Luciana que está aqui, né? Sim, sim, sim. Tem um tema filial, aqui o assédio aqui nos Estados Unidos, tem um afiliario no Rio, acho. Para aquele país imenso. Tem três agentes literários. É quando você conversa com deles, ah, mas eu já tenho um... Mas é claro, você imagina, se você tem 30 autores, ele não consegue dar conta de que há ninguém. Malabarismo com 50 bolas. Bom, mas eu acho que o que é mais sintomático do sistema literário, é um país que tem mais editoras do que livrarias, que não precisa falar mais nada. Não precisa falar mais nada. Você tem um monte de editoras, tem meia dúzia de livrarias no país inteiro? Bom, é um país onde os jornais vêm de hoje mesmo, no número de exemplares, que vêm de nos anos 50. Embora a população tenha decuplicado, e não exista, mas oficialmente, mais na alfabeta, todo mundo está na escola. O que está acontecendo? Houve realmente uma perda de vitalidade da inteligência das pessoas, dos grupos. Bom, nós podemos consertar isso. Como é que você conserta isso? Qual é a própria criatividade? Vai tirando o pessoal da letargia. Você lê uma coisa interessante, você se sente inclinado também, escreveu, afalar alguma... Vai colocando em movimento de novo. Isso está acontecendo. Quer dizer, muitos desses caras estão fazendo, eles aceitaram o desafio que eu coloquei para eles. Grande parte da literatura do Leste Europeu, e soviete, e da Rússia, depois de 1917, era uma literatura, ou de exílio, ou aquela literatura clandestina, de Zamiatin, que você fala. De certa maneira, está sendo criado, hoje no Brasil, um exílio. Todos esses autores, que foram citados aqui, até estava xingando aqui o Rodrigo, porque eu falei, pô, o Rodrigo... Peguei todos. Carleno Bocca, Felipe Moura, Lorena, eu xingando você aqui, porque está a minha lista, não deixou ninguém para mim. Mas não chegou a minha mãe, né? Eu lembrei de algumas pessoas que... Temos que reconhecer, o Percival Pudina. Esse é o escritor, mesmo, é um escritor, um cara muito bom, muito importante. Lá no Paraná tem o Marcio Antônio Campos, é um jornalista que escreve sobre a relação entre ciência e fé. Você tem um blog ótimo, o Tubo de Ensairo. É editor da Gazeta do Povo, um cara muito bom, tem um nível excelente, e tem trazido para o jornal, para a Gazeta do Povo, muitas dessas pessoas. O Silvio já publicou lá, o Silvio Grimald, publicou o artigo lá, o Flávio Quintela, ele levou para lá. Tem um rapaz chamado Marcelo de Paulus, no Facebook. É excelente também. Acho que é um cronista, pode ser considerado um cronista. Mas eu queria perguntar uma coisa para vocês. A gente falou só de... Nós estamos falando aqui basicamente de gente nova. Mas e quem já estava e tem um trabalho consistente? A gente estava falando, por exemplo, do Afonso Romano de Santana, um poeta. Pode ter seus problemas e tudo mais. Mas é um poeta consistente. Consistente e no atual cenário deveria ser mais lido e mais discutido, porque merece, porque fez. Um sujeito muito consciente do seu laboro e da sua... destacaria dois livros, o mais famoso, que é o que país é este. Você imagina um poema e um título que ficaram aí, o pessoal começou a escrever. Caia na boca do povo. Quando a poesia cai na boca do povo, você vê que é difícil isso acontecer. E o Afonso conseguiu essa proeza. Isso não é pouco. Não é pouco isso daí. E mais recentemente ele tem um livro, cometer com o Paulo, Vestígios. Um grande livro, viu? Isso não é... O Afonso, eu gosto muito da Catedral de Colônia, que é um poema dele, muito bonito. Inclusive, nós vamos visitar a Catedral de Ritmo. Foi lá que eu tenho essa camiseta. É aqui, tal, para. Camisa. Ele realmente é um homem. E outros, lá no Paraná tem o Cristóvanteza, que é um... Ficcionista. Ficcionista, um romancista, publicou um romance muito interessante chamado O Filho Eterno. Ele tem um filho, que hoje dá uns 30, 35 anos, e tem Down, tem síndrome de Down. Falando sobre essa história. Quer dizer, um tema menor, um tema da vida familiar, né? E ele fez um belo livro. Um belo livro. Um belíssimo livro. Então, tem gente que está... Miguel Sanchez Neto, por exemplo, é outro. Edith Ponta Grossa. Vamos ver o D.I.M. Vamos ver o D.I.M. Grande amigo do D.I.M. Tá faltando uma revista para a publicação literária, que reúne a Pijota. Que tem uma na transformação de gente. Sem dúvida. E deu uma ideia do que está acontecendo, porque o termo que você usou perfeito, a gente tem um exílio interno. Um exílio interno que tem que começar. Vamos, vamos fundar a revista agora aqui? Vamos, vamos. E o nome pode ser exílio mesmo, né? Exílio, os amiatos. O empresário que estamos assistindo. Olha lá. Aqui. Dá um dinheiro aí, dá um dinheiro para a revista. Vocês ficam dando dinheiro para a esquerda? Eles ficam alimentando revistas de esquerda aí. Mas não ainda não é o problema de ser descrida. Não, não, não. Mas o problema é que eles ficam alimentando os inimigos. Você perla. A revista que saiu em 1964, a revista civilização brasileira, a revista comunista. Comunista. Altíssimo nível. Comunista lêco-satisfação, até hoje. O problema não é esse, não. O problema é que os caras estão nos impondo, as aburrices. É aburrice presunçosa, arrogante, autoritária, na verdade. Olha, eles ônibus, você com a superioridade de cara na alfabeto. Claro. Nesse, para que esses maureases, esses safátiles, etc. Eles vão dizer, ah, isso aí é extremamente direito, tem olhado a conspiração. É, o que é isso, meu Deus do céu? Pessoal, tem um romance do recém-falecido João Baldo, um romance muito favorido dele, chamado Diário do Farol. Meu Deus. Um romance que trata do problema do mal. Do uma maneira... É verdade. E em par... Eu acho que nunca vi isso no Brasil. Muito, Baldo. Eu não vi isso, como é que chama? Diário do Farol. Diário do Farol. É fenomenal. É verdade. É uma coisa assim. Bom, o João Baldo é um escritor consumado. Não, isso não. Olha, tem uma época assim, na mídia, sobrava dois ou três caras que você me escreveu. Olha, o João Baldo, o cara dizia, tu conica e mais, dizia, dois ou três. Ah, o João Pedro Codinho, se não vale, porque é português. Exato. Exato. O resto, assim, se lê aqueles artículos da Folha de São Paulo, eu vou tentar lhe bater. Ah, não, não. Você vai assistir... E esse pessoal que está aparecendo também, para ser Leandro Narlok... É verdade. Eu estou me ensinando a vergonha, meu Deus do céu. Aliás, vou dizer uma coisa. Sacamoto. Ah, bem, porque é sempre o amor do Deus. Olha, a melhor obra de ficção de autor de língua portuguesa, que eu li nos últimos meses, foi de um português. Quem? José Luiz Peixoto. É um livrinho que foi publicado agora, este ano aqui no Brasil, mas que já tem aí em Portugal, uns dez anos, chamam-se Morrestime. É o primeiro livro dele. Finalmente... Ó, o Portugal, os caras nunca perderam a inspiração. Finalmente foi publicado aqui no Brasil. Mas é uma coisa belíssima. Belíssima, o livro. Aliás, escrevi sobre ele, para a Folha de São Paulo. E eu disse assim, pelo que leiam para aprender o que é a sintasse da língua portuguesa. Tá vendo, gente? Não é que não é para ler o Lobantunes, mas não vai imitar, porque aquilo é só com Lobantunes. Você não vai imitar o Lobantunes. Imita o sujito. Imita os anos espiritual. Exatamente. Não é, o cara pega, faz uma sintasse toda no seu quê, você para um, para outro, você tem de aprender o Beabá primeiro. Isso, sabe o que me lembra? Quando eu estudei artes clássicos também na UAB, e eu dividi o apartamento com um amigo que fazia pintura, e um dia ele estava pintando um retrato, sei lá de quem era, mas parecia cubista, né? Aí eu falei para ele, você está imitando cubismo, fazendo cubismo? Um retrato realista. É mais ou menos isso. De um valor, né? É que é mais ou menos isso. Eu falei, você não consegue fazer um retrato, porque o Picasso começou a fazer rosa, fazer azul, ele sabia fazer um retrato da pessoa, e depois começou a fazer cubismo. O pessoal hoje já vai direto no cubismo. Eles não aprendem desenhar. Eles são dominados pela técnica, né? É o que eu falei para os pessoal que está começando agora, vocês pratiquem as formas fixas, de momento você tem que patender o dominar o negócio, depois você começa a inventar. Mas eu acho, grande parte das invencionistas que fazem em prosa, no fundo, essas invencionistas são tratadas, e são propagandeadas como opções estéticas. Mas não são. São desculpas das pessoas que não sabem, exatamente. Eliminam a língua, não conseguem escrever. Então, ficam escorando em falsas opções estéticas. Agora, a autoridade da mídia nessa matéria tem que ser quebrada completamente. Tem. Pensa bem, você pega na jornalista da Folha, a opinião dele é disseminado, ele vira o juiz, o juiz da produção literária, da produção cultural. É. Fora o fato que assim, se nós fomos seguir o que a mídia já fala, nasce um gênio a cada dia no Brasil. Claro. O sujeito escreveu dois, um livrinho, dois livrinhos. O sujeito já é, o cara já é o novo Manuel Bandeira. Tudo está pior. Agora, eu nem cometo o que acontece na área de Filosofia, mas nem cometo. É. É uma coisa assim que, chegou no indescritível, não dá nem para fazer sátria, nem para fazer piada, dá vontade de bater nos caras. É um país que até hoje você não tem a edição decente das obras do Mario Ferreiro, que foi uma ófiloso por ele de todos os tempos. E que a Aérea Realização publicou algumas coisas, mas muito mal feito, não é assim que se faz. Você não tem isso, o pessoal está lendo Marcia Tiburi, Vlad Vinsafatli, e ele vai vir ao dele o homem da teoria do parto anal. O que você quer? Você não pode caricaturar o cargulho, é uma caricatura viva, meu Deus do céu. Mas sempre falando naquele tom de arrogância. Professoral. É, Filosofia Acadêmica, realmente. Olha. Quer dizer, e você mereceu um fenômeno da burocratização universitária da cultura, existe um pouco por toda a parte. Claro. A diferença aqui no Brasil, os burocratas são anovabéticos. Então, se usa uma imitação daquele autoritarismo burocrático estrangeiro, colocar num contexto, todas as pessoas não terão realmente autoridade nenhuma, 0, 0, 0. É, aqui o sujeito faz uma tese acadêmica, pelo menos é competente, né? Tem que ser, né? Que pode ser uma coisa muito limitada, muito formalista, mas alguma coisa tem que saber. E no meio das ondas da porcareada que sai aqui, sai coisa monumentais. Não, não só aqui, como na França, eu penso em quase as questões filosóficas, que vale a pena ali, eu falo, tem um monte para ser espalhado na França, ou na Austrália, ou na Itália. Tá cheio, agora no Brasil tem nada, 0. E vira motivo de chacota, cara, só pra não esquecer que agora é o gancho. Esses dias eu estava lendo o estado de São Paulo, aí eu... a chamada era assim, criador do pago funk se baseia em Filosofo alemão. Daí eu fui ler. Vou falar, Robição, o criador do gênero incrível, chamado Pago Funk, mistura do pagode com o funk, ele de repente percebeu que as letras dele tinham muito a ver com o Filosofo alemão Artur Schopenhauer. E daí ele começou a estreitar essa relação que ele descobriu ao acaso, acho, entre as letras dele e a filosofia do Schopenhauer e aí produzi letras diretamente inspiradas na filosofia de Schopenhauer e isso, ou seja, a filosofia como motivo de chacota, não é? É, é, é. Mas letras, agora você está assim, meu pau, passa disso. Então não chegou no Anato ou Fisiológico. Pobre Schopenhauer. Robição. Pobre Schopenhauer. Eu não conheço, Robição, nunca tinha o prazer ainda. Isso aí está parecendo na macumba que eu fiz para passar na minha prova de mestrada educação, pedindo para fazer uma relação entre Paulo Freire e a teoria crítica de Adorno. Eu falei, pô, aí eu peguei um poeão do Vinícius e juntei as duas coisas no mês, foi adorável. Meu Deus do céu. Pelo amor do céu. Pelo amor do céu. Se eu zoa adorno, Ráber, mas... Adorno Ráber, mas... A nervura do real. Esse é o seu doente. Processor, eu tenho uma contribuição aqui muito modesta. Há um escritor no Brasil ele pediu para não citar o nome dele, eu vou citar que ele primeiro, acho que conheceu seu trabalho e se livrou das pragas filosóficas. Ele migrou para o site do Padipau e consertou também no campo religioso. E ele falou, pô, agora chegou a ver esse negócio de educação, que era o trabalho dele. Ele saia pelo Brasil dando cursos para professores, só que ele é um artista. E ele fez meu curso e foi a Londrina para conhecer o Paulo e eu comecei a analisar o trabalho dele. Desconsiderando coisas do passado e observando o talento dele para elaborar jogos de linguagem e essa coisa toda. Então ele foi meu aluno e automaticamente eu percebi esse o cara, que vai fazer o quê? Vai juntar a prática pedagógica que eu desenvolvi na escola com esse respaldo científico, porque faltava uma pitada de arte ali. Porque no Brasil esses metas eficazes chegam, mas com estruturas que parecem assim coisas para aplicar em clínica, com desléssimos. Porque o pessoal da academia, entendeu? Fazendo ciência, lá e tal. Então ele chamado Francisco Marx, ele é conhecido como Chico dos Bonecos. Então o que eu preciso na infância para que a criança depois tenha um outro desempenho eleitura? Eu preciso que ela escute muita literação, muita rima e assim, jogos de linguagem que você não encontra hoje nos materiais didálicos. Então nós estamos elaborando um material juntos. No material de curso autores também não sabem se ele também não tem ouvido. Não, você pega o... Eu nem está transmitindo a sua deformidade. O capovila da USP, né? Faz um excelente trabalho tem um pesquisador que pioneiro no Brasil você gosta de defender os métodos fônicos, mas eu pego o livro do cara lá, jogos de linguagem, de consciência, e porém daqui a pouco tem um texto da Xuxa, do CD da Xuxa, entendeu? E coisa do tipo, ou seja, eles não estão preocupados com o fim da leitura, mas apenas com a técnica. Com a minha técnica, lendo qualquer coisa. E não dá pra admitir isso aí. Então, eu com ele consegui elaborar um material de alcaldização no qual as crianças terão textos adequados para a idade com estruturas adequadas para gerar uma culturação favorável para que depois elas tenham desempenho nos jogos de linguagem. Então eu trouxe um livro dele com o senhor, que também colocou para não trazer, porque ele está fazendo uma limpa no trabalho dele peneirando tudo, né? Que é o céu da Pé-Rinha-Vígula, o Paulo Leo, esse livro? Muito bom. Estou exagerando? Não está exagerando de forma alguma. O Chib tem o seguinte, ele é tão, um cara tão humilde que ele, pela primeira vez, ele falou palavrão para o Carlos hoje. Ele falou, vai tomar no cu se você citar o meu nome no Cristão. Então já foi. Já foi. Agora é tarde. O livro é excelente, inclusive tem umas epígrafes do Shester Tom, o que ele mostra um pouco do que é o livro, né? O livro, ele trabalha com essa questão da sonoridade, com a musicalidade, mas também tem um fundamento espiritual, muito sólido, fundamento, tem lições morais aí, lições de espiritualidade nesse livro, personagens consistentes, né? Deixa eu ver, passa aqui. Ele o Chico tem condições hoje, professor. Ele tem, ele conhece todo o folclóide brasileiro, Portugal. Ele tem condições hoje de fazer uma peneira, depenerar tudo isso aí e deixar separar o joio do tribo. E também é criativo, né? Então agora com essa, com toda essa formação que ele recebeu nos últimos anos fica aí uma dica. Como se isso não bastasse, o filho dele é um talento assim, informidável. Ele participou daquele grupo, Palavra Cantada, que é muito conhecido no Brasil, mas hoje ele tem um trabalho próprio e ele sai mundo afora aí, dando aulas de percussão corporal. Ele é professor de música e segue uma linha pedagógica que é a do Orfe. E dentro do meu programa de música o Orfe é o único que dá pra reajustar, né? Então ele domina tudo assim, essa questão de movimento, corpo e ele também dá treinamento pra paz e professores tem vários livros, né? E no meu livro de alfabetização o Chico fez todas as letras de um CD e o o Steven Marx então, gravou tudo lá. Então eu estou aí andando com esses dois. Do outro lado eu tenho o Robson Porrelli que é um aluno do professor Olavo que está fazendo uma adaptação desse método de música que eu comentei aqui várias vezes pra pro Brasil. Então eu só coloco a minha mão no fogo com esse rapaz aí, sobre ensino de música. Porque também é uma catástrofe. Eu estou sentando aqui, alguém que vai elaborar um material didático, né? É o meu caso. Eu escrevi um material didático ali. Então, lembrei do nome do Chico. E sobre o que o senhor comentou professor da técnica e essa questão da forma, deixa claro que também, que os métodos ineficazes de alfabetização misturam essas duas coisas. Querem que as crianças domine uma técnica e ao mesmo tempo compreendam os textos. Então aí nós precisamos entender que ler não é compreender. Eu vou explicar. Ler... nós não lemos... leitura não é compreensão, nós lemos para compreender. Então a leitura é uma técnica assim, ok? Mas tem um fim, é compreensão. No caso, esse pessoal que trabalha com métodos fônicos estão preocupados apenas com a técnica. E aí eu também já presenciei essas bizarrices lá, né? Então, se esse pessoal é igual, vou contar aqui. Existe uma palestra de uma mulher de Portugal que entende tudo de método fônico. Ela foi falando como é que tem que fazer e tal, o que tem que aprender primeiro, depois... No fim da palestra ela apresenta então um projeto de literatura, né? Aquela desenvolve lá em Portugal, com a capa do livro, uma topeira que um pouco na cabeça. Entende? Olha, se for para ensinar criança a ler isso, é melhor deixá-la a mal-pavé. Mas não é de ponta grossa, não? Não é de ponta grossa, mas a bosta circula para todo mundo. Então... Vou contar um conclusão na cara. O meu trabalho é para dar sim um domínio técnico para as crianças. Mas eu também tenho a preocupação do para que se destina essa técnica. E quanto ao latinho, o professor mencionou aqui que ele não estudou gramática mas pelo latim, dominava o português. Hoje, eu já ouvi isso há muito tempo, hoje, praticando na escola com as crianças, o ensino do latim é verdade. É muito mais fácil uma criança entender genitivo do que a de junta de nominal restritivo. É óbvio, é. E é muito mais lógico para criança. E depois as crianças vão para o português e tudo fica muito mais fácil. Parece que o latim é um um alínguo assim que expressa com mais... O português é um latim estragado. Como diz o Borges do espanhol, este latim venido a menos. Então é português também. E só para concluir, eu sou amigo do Thiago Tondinel, estudei direito com ele e com o Robson, por ele. Como amigos de turma. E, professor, ele hoje é um tradutor, mas eu conheci o Thiago e ele tinha uns 20, e ele escrevia muita poesia. E depois ele caiu nessa tradução. Mas eu acho que ele deveria voltar e depois da sua análise, isso aí é muito real mesmo. O Thiago é um tradutor, mas que começou ali com a poesia. E depois acabou caindo na tradução. Mas é um talento também que poderia ser trabalhado. É, nós temos o Paulo Henrique Brito, que tem uma obra zígua muito competente em porias zíguas. E como tradutor, é forte sério, não? Você vê, a tradução realmente está ocupando o espaço que seria da criação original, não? Então, vamos fazer uma pausa, e a gente volta com perguntas depois, né? Segunda parte das suas perguntas, como na aula do Mar mal. Muito bem, então vamos lá, nós temos aqui várias perguntas, algumas dirigidas a mim e outras especificamente a alguns dos presentes, mas cada uma delas daria por sua vez uma nova roda de discussões, né? Então, eu vou soltar a pergunta no ar Alguém me pergunta, o que que você acha da coluna semanal das obras na área filosófica do Luiz Felipe Pondet? Li algumas como o Homem Sufficiente e gostei muito do trabalho dele. Qual são suas opiniões? Rodrigo, não. Eu só fiz um curso com Pondet, o curso sobre Nelson Rodrigues, gostei. Não, não. Não acompanhe as colunas e não li os livros, então não posso dizer. Bom, não li os livros, li algumas colunas. Eu acho sempre interessante, são boas, elas são... tem um efeito benéfico sobre as pessoas. O fato de que algumas análises dele me parecem insuficientes, bom, se eu acho insuficiente, eu faço a parte que está faltando e pronto que é boa, não tenho que ficar reclamando o que ele não fez. O que vocês acham? Não tenho opinião a respeito nenhuma. A pior coisa do sujeito é você não ter nenhuma opinião a respeito dele. Eu já não leio há muito tempo, mas com nenhuma razão específica. Como disse a aula dele, o curso que ele deu sobre Nelson Rodrigues, realmente muito interessante, muito bom. Ele tem algumas obsessões que, quando ele se dedica às obsessões dele, Nelson Rodrigues é um dos dos Toyevsk, quando ele fala desses temas prediletos que ele tem, ele vai bem. Ele também tem coragem de abordar alguns temas lá num espaço, na Folha de São Paulo, que realmente é louvável a coragem dele abordar alguns temas, principalmente no que diz respeito àquele mundinho intelectual. Ele consegue fazer o gênero de quem fala desde dentro desse mundo. Daquele mundo mídia, universidade de São Paulo. Ele consegue fazer uma descrição interessante desse meio. Bom, vamos falar outra pergunta. Que o Nando Castro pergunta. Para um jovem que entrou recentemente na Faculdade de Jornalismo e Infraninduramente a Manipulação Marxista, qual o conselho que vocês teriam para dar alguém que quer escrever livro e ter uma vida literária? Por onde começar? No primeiro lugar você já começou, faz você está fazendo segundo e já é começar. Mas o que mais vocês têm a observar? O que? Então, eu acho que tem que fazer o que o José Munir Nasser recomendava, ler os grandes autores, ler os clássicos. Eu acho que é fundamental ler os clássicos da língua, ler os principais autores da literatura, mas também, por exemplo, sempre acho que o estudante de jornalismo deveria ler na primeira semana os grandes autores da imprensa nacional. Que já citamos aqui, Ruben Braga, Paulo Medes Campos, José Carlos Oliveira, Davinássio, Carlos Lacerda, um grande prosador, um grande jornalista, talvez o maior jornalista que tivemos, hein? Nelson Gullwigs, Otto Lara Resende, Paulo Francis, todos esses aí têm que ser lidos, têm que ser lidos. Eu acho que é um bom começo. E depois partimos pros clássicos da literatura. Acho que é fundamental. Isso contra a formação, né? Mas ele também quer saber alguma coisa, como é que ele se defende do ambiente? Viver do ambiente. E eu acho bom, primeiro lugar... Sendo o melhor no que ele faz. Você tem que ser claro, você tem que ser o melhor do que o seu professor. E eu acho que uma primeira etapa, você tem que apenas se imunizar, quer dizer, você conseguir ouvir aquele bestial todo sem você ficar nervoso. Tem que ficar calminho primeiro, né? Encarar aquilo como um problema científico de sua mão. Depois, quando você estiver mais forte, daí você tem que limpar o ambiente, e limpar da maneira a mais brutal possível. Eu já vi esse conceito várias vezes, eu preciso do professor tentar tormentar com essas coisas. E se ele te pressiona, quer dizer, você tem que pensar do jeito dele, você reage com 10 pés na mão. O milho, o cara em público. Ele vai dar 10 até o fim do curso, ele não vai dispulsar. Você tem que deixar ele com medo de você, não é com raiva, tem que deixar com medo. Eu acho que essa é a única aula de defesa possível. Você tá um exemplo, por favor. Eu fiz minha estrada em educação na Universidade de Estado de Londrina. E geralmente, numa defesa de dissertação, você encontra ali familiares, né? Ou amigos. No meu caso, aconteceu uma coisa estranha. O Silvio, você estava lá, né, Silvio? Você não é defesa. Mais de 70 alunos dentro da sala, eles dispensaram os alunos do mestrado para assistirem a minha defesa. Porque eu estava ali numa linha de ensino de filosofia para crianças, falando que ensinar filosofia para crianças era algo enviado. E foi o que aconteceu. Coloquei os três na parede, entendeu? Não aguentaram mesmo, porque não tinham argumentos. Isso eu conheço há dois anos de... Não, um ano de lendo seus escritos, foi um suficiente para ninguém conseguir me controlar. Assinaram lá o documento com aquela cara amarrada, né? A minha orientadora assistiu a defesa com óculos escuros. Escuro. Com esse... E ainda para provocar um pouquinho mais, comecei com colocando uma imagem no Pantocrávor, falando assim que eu dedicava o inscrito ao nosso Senhor Jesus Cristo, que bandia até o 20 ano e tudo isso. É isso, eles não aguentam. Agora, não consenue pior. Você não reaja apenas com a ideia de você se sair bem. Você reaja com a ideia de você destruir a carreira daquele sujeito. Por quê? Porque ele não tem o direito de estar ensinado. Ser um intelectual, ser um professor universitar, não é um direito de ninguém. É uma coisa que o sujeito tem que conquistar pelo mérito. Sempre lembrando a distinção entre o que é neciência e o que é ignorância. Neciência é você não saber alguma coisa. Você não sabe quantos cabelos tem na cabeça. Você não sabe quantos patos existem no mundo. Ignorância é saber uma coisa e ignorar uma coisa. Você tem obrigação de saber. Então, se o sujeito está lá ignorando e dando aula, você tem obrigação de desmascarar, de quebrá-lo em público, etc. Quebrar a reputação do jeito de fazer aquele perco à vontade de trabalhar naquilo. Isso é uma obrigação de cada aluno consciente desse país. Nunca parte do princípio de que vou passar por aqui um tempo e depois isso vai continuar assim. Se você aceita que isso continue assim, você está aceitando que o outro pode ser a mesma coisa que está acontecendo. Quando você pode fazer alguma coisa e deve, não tem a dó, você é o melhor pessoa dessas, você está fazendo um benefício, você está salvando a alma dos graçados. Bom, outra pergunta. Selmo Urrich diz, não é uma pergunta, mas uma referência ao importante trabalho da fonsa Romano de Santana para desmascarar o mito da arte contemporânea uma série de artigos que foram condessados em um livro chamado Desconstruído do Chão e o Enígua do Vazio. Ele tenta recuperar a inteligência estética do brasileiro. Eu não conheço esse livro, mas eu apelo. Vocês leram? É, isso é muito bom. Vamos ler. E aquele que fazer com as rapões, vem depois ou antes desses? Que também tem esse, que é o que também segue nessa linha ali. Eu não sei, a cronologia. Mas eu também não conheço a cronologia. Muito obrigado pela dica em todo o caso, Anselmo Urrich. Vamos ver. Alguém te pergunta se vocês tem alguma visão sobre a literatura chinesa? Porque ele quer traduzir alguns textos para o mandarim. Para ou do? Para o mandarim. Eu não tenho. Eu não tenho a diferença de nada. Da literatura chinesa? É bom ele ler Língu Tang. Língu Tang faz um grande apanhado de escritores chineses e a importância de viver. A tradução do Mário Contano. Eu li isso há muito tempo atrás, não lembro de nada das coisas. Olha, aqui você está perguntando para um bando ignorante. É verdade? É verdade. Não sei nada disso. Infelizmente, foge a minha governabilidade. Aqui, Paulo Coutinho pergunta, com a intuito de criar grupos de estudos na minha paróca, para consentir a educatório para não voltar na parte de esquerda. O professor me sugeriu ler George Vananou, para se falar de morrer, que é gostar o corção. Qual é a melhor forma de divulgar atrás de pessoas para participar desses? Bom, é o seguinte, tem alguns desses autores que eles nem precisam ser divulgados. Por favor, morrer, que é o jeito de ler as cinco primeiras linhas, você não consegue parar até o fim do livro. Quer dizer, bastaria ter traduções boas. Eu acho que a tradução pode ser difícil, mas não é impossível. O próprio livro, o Leonardo V. Perro, o No das Libras, não dá para você ler ali, você quer saber o que vem depois. O Moviac é um mestre da narrativa, é impressionante. O Bernanouro já é mais difícil, o começo às vezes é meio complicado e tal, e precisa de uma pessoa com um interesse maior. Mas, olha, eu acho que uma boa maneira de você atrair a interesse das pessoas é o próprio Moviac. O Moviac, primeiro, o Corção Segundo, o Bernanouro e o Terceiro. O Bernanouro, os livros mais interessantes dele, para um público que está chegando agora, não são os romances, são os livros de polêmica. Ele inclusive escreveu um importantíssimo no Brasil, a Carto dos Inglês, ele teve lá no Brasil, morou em Barbacena, uma coisa assim, e são livros de polêmica de uma força que você não acredita. Às vezes parece a voz de Deus, falando, entendeu? Os romances já são mais sutis, mais difíceis, tem problemas técnicos ali, mas o Moviac não tem, o Moviac é uma narrativa linear, que prende mesmo o leitor, né? Se alguém puder prover uma tradução decente do No das Libras, o Terce Desquerrou, não, tem uma tradução do Carlos Mondé, do Carlos Mondé, não é exatamente... E foi, inclusive, reeditada há alguns anos. Como é o título que deram? Uma guta de vermelho, não é? Não, é Terce Desquerrou, é. É o mesmo título, Terce Desquerrou. A edição mais moderna, que é da Cosaque na Ife, é o título original, Terce Desquerrou. Então, esse é um livro interessantíssimo, um beijo aletroso, tudo que escreveu é interessante, não é? Não é só interessante, mas atraente, ele é tão atraente quanto se menou, com qualquer autor de romances policial. Acho que vale a pena também acelerar, aí, a Flannery, né? Flannery o Conor, claro, né? Que tenha tá com os contos, todos os contos, foram traduzidos também. O Cosaque na Ife, né? É aquele conto, um bom jeito de encontrar, é muito propício para o Brasil, porque é assim uma família de idiotas, que, por idiotice, caem na mão do assassino, por não acreditar que isso, exista um mal no mundo. Exatamente. É, entendeu, né? Alguém aqui tá falando do Zé Luiz Peixoto, no nosso sinal de fome forte. Você era esse por dúvida e consideração, primeiro a respeito de novos autores, de quem podemos aprender muito, e nos quais podemos nos espelhar. Temos já citado o professor Lava, Roberto Ampoel Leonardo Padura, em Portugal temo, José Luiz Peixoto, que em livro, eles queriam ver um livro chamado de livro? Agora é próximo. Fala de experiência dos portugueses que migram para França nos anos 1950 e 60. Além de muitos outros em Portugal. Em Portugal romãs históricos, um tipo de romã bastante difundido. Que falta no Brasil, né? Falta muito. Como esse histórico aqui é visto sempre com um gênero menor, um desprezo. Esse é um romã bastante difundido, desde a época da Fundação Portugal. Maria Helena Ventura escreveu Afonso Conquistador sobre o Dom Afonso Henriquez. Até a época de Vezo do Século passado, como já mencionou, José Luiz Peixoto. Margarida Palma, veio depois à noite infame. A respeito da noite em que o governante da Primeira República e o português foram mortos em suas casas. Além desses dois, há muitos outros. Se tem como matar o governo, também é um tipo de português. Não pode dar uma força a Henriquez. Se tornou rei, pulando já. Ela tem cortado pescoço, né? Então, a dica é muito boa. Agradecemos o nome desse autor. José Luiz Peixoto. Maria Helena Ventura. Margarida Palma. Mais um para a nossa listinha. De quem é a observação? Fernando Carneiro. Agora que eu perguntei, Nelson Filho pergunta, o 15 de março de 2015, pode ser considerado o novo mito fundador do país a partir do qual eu construí o novo imaginário, um novo discurso poético para alimentar a literatura de ficção, sentimento patrotírico? Olha, é possível. A manifestação pública da nossa história. E, además, foi uma coisa totalmente imprevisível. Porque nos 40 anos anteriores, o pessoal de Queremosia tinha um total monopólio. Eles não só tinham monopólio do poder lá em cima, mas também dos movimentos de rua e barra. Aquela era a técnica comunista. Pressão de cima, pressão de baixo. Você é o governo, e você coordena o governo, o movimento de protesto também é um tempo. E essa coisa desses movimentos de março, não podemos esquecer, que começou com um protesto montado pelo governo, que era um negócio do Passe Liu. Eles colocaram esse band de agitador, Black Block, na rua, e de repente o povo sozinho saiu e começou a fazer o contrário. Tanto que o governo mandou rapidamente o Black Block para casa e deu errado. Volto para casa e vai ficar quieto. É um fenômeno extraordinário que mostra uma subida de consciência do povo brasileiro. Mas eu subi de consciência tão extraordinária que naquele momento me parecia que a massa nas ruas estava sabendo mais do que os seus pretensos líderes. Até escrevi um conselho para os líderes. Não lhe darei nada, sigo a massa porque a massa está sabendo o que está fazendo. Então você vai atrás. E eles não, eles estão tivendo grandes ideias, grandes teorias, pisar um negócio, reunir um milhão de pessoas na rua só para esperar aí que eu vou para a Brasília e a perra e volto. É só uma coisa que não é possível. Parece que eles filhos de comédia italiana, Roberto Sordi, né? Não pode acontecer, mas aconteceu. Então, tem aquele negócio de que quando o discípulo está pronto o mestre aparece. Mas aí tem um amigo meu que dizia, um toro Carlos Bola, dizia, o pior é quando o discípulo aparece o mestre não está pronto. E foi exatamente o que aconteceu. A massa está parecida, os líderes não estavam prontos. Mais de conremóvel, eu acho que é aquele momento, vai ficar como assim, é uma tomada de consciência nacional como houve, eu acho que só em três épocas da nossa história, fiz o 4 épocas na Batalha de Guararapes, na Guerra Paraguai, que o país inteiro tomou consciência da unidade nacional, se sentiu como um povo de um único país depois na Segunda Guerra, tá certo? Foram poucos momentos em que houve a consciência nacional, vinha a consciência nacional só no campeonato de futebol, né? Mas nesse momento aconteceu, então não sei se é um mito fundador, mas é um elemento do mito fundador. Desde que esse espírito não se perca e não se dissolva, porque todas as pessoas, as lideranças do movimento, estão empenhadas em dissolver a massa, dissolver o espírito da massa e transformar tudo numa manipulação político-jurídica. Agora seria importante que isso fosse transformado em ficção. E fundamental, é fundamental. É que o Brasil se escreveu isso, né? Isso dava um grande romântice em torno dessa, né? Involvendo os participantes. Agora que eu vi aquela massa de gente na rua com cartazes, com o Foro de São Paulo, eu quase caí de costas. Eu falei, porra, o jornalista não sabe o Foro de São Paulo. Generais não sabem do Foro de São Paulo. O Parlamento não sabe o São Paulo, mas a massa na rua sabe. Quer dizer que porcaria de líder, que não é esse tema, essa, porcaria de líder, que não lhe deram coisa nenhuma. Então, a massa foi pra rua exigindo o quê? A cabeça dos comunularápios. Todo mundo na cadeia, isso que a massa queria. Mas não dava, não dava, pede só impeachment da Dilma e daí nem isso. Diminuíram a reivindicada da exigência e nem isso conseguiram. Claro que não ia conseguir. Tem momentos que o demás faz pra você conseguir o mais do que o menos. Por exemplo, você imagina que a polsinha que está sendo estuprada por um cidadão fortão e ela tem uma faca na mão. Ela não pode vencê-lo, mas ela pode matá-lo. Quirar o cara da Lina não dá, mas dá pra matar os engraçados. Então, às vezes é mais fácil e o mais do que o menos. Eu digo, era mais fácil aquela massa se voltar contra certos pontos do poder. Não invarir as ilhas, mas pegar políticos em casa e forçá-los de óleo, você vai fazer o que nós estamos mandando, se não não vai acabar com você, porra. Fazer, por exemplo, pressionar a mídia. É muito mais útil ter sido você avançar em cima da Folha de São Paulo e intimidar aqueles que eram na redação de 100 pessoas. Você vai lá põe 2 mil ou na rua gritando contra eles, para de mentir desgraçado. Isso funcionaria mais. Tem meio coisa que podia fazer, menos ir pra Brasília. É certinho pedir a porcaria do impeachment. É tão modesto que dá até vergonha. Então, se você põe toda essa massa na ruídia e você faz uma reivindicação pequena, você mostra a fraqueza e a fraqueza atrai agressividade. Então, retratar esse momento com toda sua complexidade e até com todo esse desnível entre massa e líder, isso é importante. Alguém tem que escrever algo sobre isso. É, alguma coisa de fôlego, não? De fôlego, exatamente. Aqui é uma música que tem um treino de apoiamento, não é uma pergunta. Aliás, sou professor de história que não são de esquerda. Eu sou um. Envouro num ser historiador, eu sou um trabalho com história da arte e história da arquitetura. Faz 15 anos que trabalha em faculdades, aqui em Chápeco, Santa Catarina, e veja, acaba de ser denunciada por homofobia, por um professor da UFFS. Marxista por ministro público já analisou e teve uma audiência extrajudicial em que foi totalmente desestimada de denúncia. Faz 10 dias que estive com promotor. Ele considerou que não havia nada que pudesse indicar homofobia. Esse negócio de ameaça de homofobia já era blefe isso aí. Quantas vezes já não me ameaçaram por ah, vou te processar para homofobia? A processa é um favor que tu me faz. No fim, no fim, tu vai ter que pagar uma indenização e, não é agora que o general espalhaça ou a vida das boas. Ah, vou processar. Fala processa, vem aqui e não corte de um estado, hein? Eu poder contar tudo que você está fazendo, em favor da Venezuela, tá? Então, aí, é Leila Santos. Vai em frente, Corádio e Sangue Fresa. É... Janaína Maria Fabrício perguntou o que fazer quando o par do conhecimento foi perdido, mesmo contatando que a afabetização foi executada de maneira correta. Bom, isso acontece o tempo todo, né? O conhecimento perdido. Então, falando aqui primeiro, o conhecimento que não resistiu. Quer dizer, são aqueles fatos das sociedades brasileiras que ninguém retratou, ninguém observou, deixou passar. E já esqueceu. Eu não sei o que fazer com isso. Mas nós temos que pensar uma maneira de recuperar essas narrativas. Por exemplo, para a história oral, conversar com as pessoas uma por um, né? A gente sempre descobre com isso extraordinário. Isso aí, conversando com o José Curia, né? E aquele tradutor que traduziu as obras de em carduão. Ele diz que nos anos 50, o Brasil era um dos maiores produtores de literatura árabe no mundo. Onde foi parar tudo isso? Porque tem uma maciça imigração da Síria, não era um muçulmanão. Síria e Ibanéssica e Cristão. Ele diz que havia mais de 50 jornais árabes. E havia poesia árabe. Literatura árabe, narrativa. Desaparei. Isso aconteceu, pô. Não é uma coisa imaginária. Isso é uma realidade. Onde foi parar? E assim como isso, muitas outras coisas. Bom, mas um país que consegue sumir com Mário Feira do Santos, consegue sumir com qualquer coisa. Some com a Bahia da Guanabara, ninguém lembra que existiu. É que aqui é nada, não. Mas nós que estamos aí nessa coisa da cultura, é obrigação nossa ficar empurrando as pessoas. Conta o que você viu, Deus seu depoimento. Pergunte-me para formar documento, meu Deus do céu. E tem episódio que acontece. E daí faz de conta que não aconteceu. Quando aquele olivério medina disse, aí eu trouxe aqui 5 milhões das FARC para candidatura do Lula. Daí o pessoal da Avinda, esse tem o que não ia investigar. Assim, ah, eu não quero saber, não. Eu disse, mas que outra, mas você é devagar da minha inteligência ou de burrice. Então, essa coisa do não quero saber porque é feio, porque eu vou ficar chocado, porque vai me criar problemas, tudo isso é um medo, medo irreal. O pessoal tem. Aí você vai fazer isso, o que eles vão fazer comigo? Não vão fazer nada. Eles vão te olhar feios. Daí você tinga a mãe deles que é boa história, por favor. Uma vez eu olhei e falei, não, eu posso mais me chamar de meu fofinho. Não merece fazer um curso. Tá preocupado. Depois virou muito boa lua. Ele não é mais meu fofinho, nem fofinho de queijo. Aí tá bem. Muito bom. Você tá tocando um problema seríssimo, é o conhecimento perdido e aquele que jamais foi adquirido. Este é o grande problema do... Eu escrevi um Liga Noite das Trevas. A vida inteira poderia ter sido e não foi. E que agora já passou e ninguém lembra mais. Se nós não retomarmos o fio de continuidade da nossa consciência, a história que nós tomamos lascados. Mas como é que de uma coisa foi saindo a outra e a outra e a outra e o outro? Como é que nós chegamos aqui? Agora, a maior parte de pessoas nem sabe onde nós estamos. É até hoje, né, quando foi de São Paulo. Ontem mesmo eu recebi um recado que foi numa formatura de oficial de Forças Armadas e conversando com a pessoa e ninguém sabia o negócio de Força de São Paulo. E o outro não sabia e negava. É. Aí a situação... Tá aparentando, né? É a famosa frase do Cílio Bocaneira. Não ouvi falar, mas acho que não é. Na faculdade quando eu citava para os professores de história, o Polha de São Paulo, eles falaram que eu não consegui nem ouvir o negócio. O Coisa é um fórum de São Paulo. É fórum, né? É que dá prazer provo. Olha, modestamente e também na coisa da poesia que é diferente, não tenha o fôlego de uma elaboração profissional, eu escrevi um poema razoavelmente longo. Não... Antes de acontecer as manifestações, na verdade, uns seis meses antes que era a Fárra do Boi. Não é? Não, tem 250 versos e eu tenho mais coisa pra decorar do que os meus próprios coreanos. O papel é fazer esse trabalho por mim, né? E a gente escreve pra não pra decorar. É, é. E você fala o quê? Você é um... É isso, aí tem um cara lá que é a história do Jó transplantado pros dias de hoje, né? É o cara perto de tudo, ele sai na Avenida Paulista, um dos mendigão da Avenida Paulista e daí começa um debate entre ele, um juiz, um... uma jornalista e um padre. E daí o sujeito vai pra essa rua e... e morta pra lado. É isso. Resumidamente. Resumidamente, esse é o enredo, mas enfim. Não tem a mágica, né? Sim. Quase não tem a mágica. No final... Aqui tem uma mensagem que tem a nada, veja uma pergunta que eu dou do Zoltan Paulines, né? Compôs uma música aqui, até inspirada nas minhas coisas e... Obrigado, eu vou ouvir, depois a gente comenta na próxima aula. Aqui, Leila Santos, também a própria Leila, perguntou se o pulso ritmo influencia na leitura, então também na leitura das formas da obra arquitetônica isso terá influência. Com isso também posso concluir com o ritmo desorganizado a vida de cada um, já informado pela estrutura da cidade, pelas músicas ouvindo o continente, contribuirão na desorda, na leitura das formas. Sem menor ou sobredúvido, mas isso tem que haver um estudo sobre isso. Leia o livro da Lubienska chamar a educação religiosa de crianças. Lá ela fala mostrando os efeitos das mudanças arquitetônicas das igrejas e as reações. Nós comentamos isso na sessão, não sei se ele lembra se ele dio ou não. Nós comentamos isso, mas não é basta comentar, só aí alguém precisa estudar, né? Se você pensar nos meus inscritos, estão repletos nas notas roda pé, estão repletos de teses universitários que alguém tem que fazer. São temas que falam, não vai dar tempo de estudar isso, nunca vou poder fazer isso, tem assunto aqui para 100, 200, 300 pessoas. E esse é um deles. Algum camaradeiro, ao mesmo tempo um arquiteto com uma formação em história ou talento, sem a mesma que não tem a formação universitária, que vocês tenham talento pra isso, tem que estudar como é que foi se decompondo, ou seja, com o ambiente visual de pelo menos uma cidade. Quando é que com base nisso, você é estudar aqui, mas aqui São Paulo já é um caso muito complexo, né? Mas pega uma cidade menor, a coisa foi decompondo, uma cidade que você tinha, pra uma harmonia de arquitetura colonial, e que foi, daí veio o seu falando, fez isso, o outro fez aquilo. E da onde vieram essas ideias? Ontem eu falava sobre o Neu Neu Preto, que na década, acho que até da década de 50, toda aquela parte central ali na frente do museu Tiradentes e tudo mais, era um modelo de organização urbana e tudo. Hoje você vai a Euro Preto, toda aquela parte foi transformada, virou um estacionamento. Um estacionamento. Contar, documentar essas histórias, quem fez isso, inspirado em que ideias? De que fontes ele tirou essas ideias? Tem um livro que chama Um Olhar Francês sobre São Paulo, são dois autores francês, mas olha muito tempo, fala sobre essa questão da arquitetura de São Paulo, que parece cogumelos brotando, morrendo e outros lugares, milhões de cílhos. Mas tem que ver o francês, bolheiros, e perceber isso que a gente está pensando todo dia. Então, eu acho que essa história é absolutamente fundamental, pra gente retomar o fio da meada. Se você, como dizia o Dr. Meere, a psicoteerapia reescreve a história do eu. Você vai preencher os pontos que estão faltando. Se você não tem esse senso de continuidade histórica, você está no ar. O pessoal querendo, por exemplo, agir politicamente, mas agir aonde? Qual é a sociedade na costa de agir? Qual é o ambiente? Qual é o ambiente psicológico? Qual é a retaguardia do psicológico? Ninguém sabe de coisa nenhuma. Daí fica essas tomadas de posição, quer dizer, coisa arbitraria. Eu gosto do liberalismo, eu gosto da monarquia, eu gosto de não sei o que, eu quero intervenção militar, eu quero introduzir arbitrário. Nós temos que pensar, sério, o que aconteceu. É por isso que eu achei até que as manifestações foram feitas. É já que o lação precoce. Porque a massa está indignada lá. Você não tem líderes preparados que saibam onde eles estão agindo. Esses líderes vão sair desse tipo de estudo que está propondo. Felipe Rindo, eu pergunto, poderiam me dizer o que acham do poeta Manoel de Barros? Alguém acha alguma coisa? Eu li muito pouco Manoel de Barros e acho não quero dar um. Você entende as suas virtudes, faz muito tempo que eu li? Seja empacada. Eu acho que é meio infantil. Acho que é meio infantil. Isso não quer dizer que deu a jogar tudo o que o sujeito fez. Eu acho um pouco infantil, só isso. É óbvio que é digno de leitura e de meditação. Eu lembro de que a minha viu um livro do Manoel de Barros na mesa. Eu acho que tinha uns 4, 5 anos. Eu pego, livro sobre nada. Ah! livro sobre nada. Deu muito tempo. Que física perfeita. Tem, tem. Tem musicalidade. Tem, tem. Não é isso, ponto. Acho que é pobre. É a percepção que está envolvida. Eu não quero também jogar Poesia pela Cosmovisão, mas o fato é que é tudo muito... É a Poesia do Menos. Se relaciona com essa coisa do João Cabral de fazer uma Poesia Valar do Menos. Quanto mais despojada, melhor. Quanto mais ou seja, daí para dizer fazer uma Poesia das coisas insignificantes que é o que ele quer fazer e faz isso um pouco. Isso aí também foi uma tendência geral que aparece na arquitetura, que é uma arquitetura moderna, tem que ser nuico. O pessoal que era contra qualquer tipo de adorno, adorno é feio, né? O arquiteto, você viu, adorno e crime. Então o ideal é ser um prédio de vitro com uma sala vazia. A despojada, então... O despojamento. No desenho dos jornais, no antigamento jornal brasileiros, eram desenhados por cara que tinha aprendido com a imprensa italiana, francês, etc. De repente começou todo mundo copiar o New York Times, o ideal era ser a página limpa. E todos os dias o jornal saía com a mesma primeira parte do igualzinho da Véspera. Esse tragô acabou de agronecer, né? Claro. Quer dizer, o despojamento. O despojado é fácil. Se você encontrar um trombadinha na rua, ele te despoja. É, mas o que é isso? Esse horror, a complexidade, seja do pensamento, seja sintática, isso aí... Eu acho que já deu. Acho que já deu o que tinha que dar. Nesse sentido, eu acho que um grande escritor, que foi o Graciliano Ramos, tem uma influência deletera. Não pode escrever frágico mais de três palavras. É, é, é, é... Ele sabia fazer isso, era o jeito dele. Agora não quer dizer que todo mundo tem que fazer assim. Nossa, a Luna não entendeu lá, eu falei, beija bem, isso é questão de... Quando duas obras estão no mesmo patamar de grandeza, aquela que é quantativamente maior, necessariamente tem de estar acima, entendeu? Então, se dois romances são igualmente... estão lá no primeiro time, o maior romance, o de mil páginas, tem de estar acima do divinhete, é óbvio, é uma coisa evidente. A Aristóteles já falou isso na poética, sabe? Então, se duas tragédias respeitadas as unidades, o poema trágico será tanto melhor quanto maior for. Se duas coisas são igualmente boas, igualmente de boas, a maior ganha. É claro! Então, assim, as pessoas... isso vale para o estilo também. Se dois estilos são igualmente competentes, sabe? Então, assim, aquele que é mais elaborado e complexo, talvez, saca. Aí cria um problemão, para a gente ver o tempo. Assim, o romance, hoje no Brasil tem 30 páginas. Eu vou ao banheiro. Não gosto de você. Eu estou no ponto. Realmente. O Pedro, quando tinha 7 anos de caricaturáveis, que eu podia dizer assim, eu te olhei, tu me olhaste, nós nos olhamos. É isso. É isso mesmo. Terminino e já pegava o palácio. Ah, o que? Meu Deus. Muita gente, eu acho que nós já comentamos assuntos suficientes. Espero que haja outros encontros como esse, que vão permanecer em contato e vão levar dentro essa ideia da revista. Ótimo. Ótimo. Muito bom. Então, Rodrigo, vai falar aqui uma coisinha. Eu acho que a gente não pode fechar o encontro sem agradecer pelo seu trabalho. O prazer. Pelo seu empenho, pela sua dedicação. Por tudo que você fez nos últimos anos você continua fazendo para toda a cultura não só para a filosofia brasileira que é muito o que você faz, mas para a cultura em geral. Eu tenho absoluta certeza que nós que estamos aqui e a absoluta maioria dos nomes que nós citamos se todos nós estamos realizando alguma coisa nós devemos muito a você muito. De maneira que nosso agradecimento a nossa gratidão pelo seu trabalho. E tenho a certeza de que nós estamos todos os dias rezando para que você continue trabalhando, produzindo você tem muita oferecimento. Nós precisamos. O Lava por uma certa humildade ele falou do 15 de março falou do principal slogan né que é de março e deixou de falar um slogan que foi visto pelo Brasil inteiro. O Lava tem razão. Que merda. Ação de Palmas, hein Lava. Aplausos. Aplausos. Muito que ele está fazendo a verdade que porcaria. Ora, isso eu prometi que ia fazer e fiz. Que é botar as pessoas, animais pessoas restaurar a confiança de cada um na própria inteligência. Primeiro eu preciso perceber que ele tem uma inteligência e o que mais ou menos o que é e que ele pode compreender as realidades tirar esse ceticismo dissolvente debilitante essa coisa dubitativa claro, a gente tem que conviver com o estado de dúvida mas não é para cultivar a dúvida né e fazer as pessoas em frente adquirir a autoconfiança e olha vocês todos são muito melhores do que essa porcaria que está aí vocês não respeitam esses professores não respeitam esses jornalistas que esses meninos estão fazendo é muito melhor porra já existe uma nova literatura brasileira ela vai crescer, nós vamos restaurar esta coisa e não devemos nada nem a USP, nem a Fora de São Paulo isso é uma cambada de vigarista nós temos que esquecer eles em frente tá bom, então que esta reunião sirva pelo menos para incentivar a garotada fazer o que tem de fazer viu lá, eu vou te mostrar outra coisa para falar que ano que vem outubro nós completaremos 10 anos das nossas gravações olha só de 2006, dos nossos bate-papos e a um ano atrás eu estava comentando com você na polícia um ano atrás eu pensei assim podia ser interessante encontrar o Olavo para o décimo aniversário disso, mas eu pensei nossa, eu estou numa crise profissional tão grande que eu não vou ter dinheiro nos próximos 15 anos em 9 anos eu estou aqui muito bom 10 anos para transcriver ah, transcriver, alguém transcriveu um transcriver publicar porque eu telefonava para você do Skype para o seu telefone, aquele telefone lá que você me disse é porque eu procurava no YouTube e não encontrava nada sobre você em 2006 e os caras chegando não tinha nada nem as entrevistas que já tinham dado para a televisão é o fone agora do Milton do Milton Temer né do Olavo Caban não se fala ele ficou todo quietinho, mas era isso que eu queria você fica quieto, não fala nada, deixa só eu falar não, não, não, não e aí tem lá as entrevistas ainda no YouTube até hoje e em outubro do ano que vem vão completar 10 anos e foi durante uma delas que você tem que terminar então olha, eu aviso, desligava, vou botar esse aviso por escrito, eu vou diminuir muito esse negócio em gato, entrevista, até porque eu tenho que terminar o meu livro do método filosófico, já tenho que trabalhar com a minha fila faz muito bem, muito bem então vou deixar ser um escritor para ser um falador primeiro lugar a sua obra então é o que tem que completar porque eu descobri que o livro tem uma força extraordinária muito mais do que televisão o que virou a cabeça dessa gente todo foi livro não foi televisão não eu estou falando tudo contrário do que eles falam na televisão e o pessoal ninguém saiu na roca artística, televisão tem razão não então é isso gente, muito obrigado a todos a gente não foi uma alegria imensa ter vocês aqui muito obrigado a todos que ajudaram o Alessandro, o Silvio o Xany, todos a Leila e até a próxima e até o próximo vídeo, até a próxima